Elaila Jones
Estava terminando de me arrumar, quando a porta do meu quarto abre, logo que percebi de quem se tratava.
O Furacão chamado Ângela.
- Vamos ? está pronta?
Olho para ela , e ela estava vestida com um sobre tudo preto e um batom vermelho.
A Ângela é linda , ela tem um metro 1,70 em média e ruiva , de olhos esverdeados.
Como você está linda !
- Olha só quem fala , uma loirona dessa de olhos azuis , falando de mim.
Temos nossas particularidades.
Promete que quando chegar lá , vai se apresentar e vamos embora ?
- Prometo - eu não suporto ficar muito tempo lá. - fala direcionado para mim um olhar triste.
Se te magoa por que você faz ?
- Você não entenderia.
Como não , Ângela?
- Vamos embora ?
Eu sempre soube que você me esconde algo coisa , hoje tenho certeza.
- Não é nada disso , vamos embora ou não ? - Fala com irritação na voz.
Só falta o perfume. Calma...
- Te espero lá em baixo. - Ângela fala batendo a porta.
Logo em seguida eu desço.
Tia não me espera acordada tá?
- Se cuidem meus amores. - Tia Simone fala com uma voz doce.
- Durma bem tia , Simone - Ângela a abraça e deposita um beijo em sua testa.
Vamos Elaila , o táxi já está nos esperando.
Um silêncio domina aquele carro.
Ei não fica triste comigo , amiga.
Eu só queria que me contasse tudo.
- Eu não me sinto bem, ainda .
Prometo te contar quando eu estiver pronta.
Prometo não insistir. - falo pegando em sua mão.
- Obrigada!
Chegamos.
Vamos em direção , a entrada .
- Vem por aqui , Elaila anda.
Eu nunca aprendo né ?
- É pelos fundos sua maluca.
A boate é toda preta com luzes vermelhas e azuis.
Um palco enorme, com polidences.
O primeiro andar e as mesas da frente são para os que pagam mais , digamos que para os sócios.
Carinhas bem escrotos costumam frequentar esse lugar.
Por aqui rola de tudo inclusive, já presenciei várias vezes casais frenquantando esse lugar.
E pessoas bastante ricas também, com salas privadas.
A Ângela nunca me contou quem comanda esse lugar , mas sei que tem gente muito poderosa por trás disso aqui, pela quantidade de segurança e sofisticação do lugar.
Os poderosos tem uma entrada diferente dos demais.
Eu sempre fico no bar para esperar minha a Ângela , fico aflita sempre que ela me diz que é dia dela dançar.
E sempre que posso tento acompanhá-la.
E enquanto a espero já consegui traçar o perfil de várias pessoas, aqui.
Consigo perceber quem está aqui obrigada vendendo o corpo. E consigo perceber quem está aqui por dinheiro.
Eu só não consegui ler ainda a minha amiga , que coisa né ? Algum motivo a trouxe aqui e é o mesmo motivo que a mantém.
- Que bom te ver aqui! Já estava sentindo sua falta - Rogério fala me entregando um drink.
Olá Rogério, como vai ?
- Eu vou bem , e você ? - me responde com um sorriso encantador.
Estou ótima , e formada!
- Que incrível, você é brilhante garota.
Esperando a Ângela né ?
Simm! - Falo entre os dentes.
- Já, já ela entra. Está quase na hora.
Tem gente que só vem aqui para vê-la.
Ainda não me acostumei com a ideia.
- Eu até entendo. Quem sabe não acostuma com o passar do tempo.
De quanto tempo será que preciso ? - Respondo sorrindo, e termino minha bebida em só gole.
- Calma, calma garota.
Eu preciso beber , só assim para ver minha amiga fazendo isso.
Dói em mim sabe ?
- Ela deve ter os motivos dela , acredite.
Porquê será que acho que você sabe de algo que eu não sei ?
- Isso só ela poderá lhe responder. Estou aqui apenas para te fazer companhia.
De repente as luzes do palco se acendem e a Ângela sobe no palco.
Com uma roupa extremamente sexy, e seus cabelos ruivos solto, e uma máscara.
Consigo ver através dessa máscara sua tristeza, e eu prefiro não olhar fico de costa para o pouco, olhando para o Rogério.
- Olha só quem chegou ! - Fala olhando para um rapaz alto de barba feito cabelos negros e cumpridos amarrado em um r**o de cavalo, vestido em um terno visívelmente caro.
Mulheres sentam em seu colo e ele as segura pela cintura.
Ele não consegue tirar os olhos da Ângela um minuto se quer.
O carinha que pega no pé dela , o tempo todo.
- Esse carinho é o braço direito do dono disso tudo aqui, as meninas aqui tem ciúmes da Ângela , que por incrível que pareça é a única que ele dá atenção.
Só vejo ele a distratando.
- Cada um gosta de um jeito diferente - Rogério sorri como se ele tivesse contado uma piada.
Vocês homens são estranhos.
- Não , agora é sério eu já notei . Ele só desce quando é dia das apresentações da Ângela , a não ser isso eu só recebo recados da parte dele.
E o chefe disso tudo se bem me lembro só o vi uma fez. Sei quando ele está aqui , quando os seguranças aparecem.
Aqui é cheio de segurança, maluco. - Eu retruco.
- Eu sei , se você olhar em volta, os dele são bem diferentes.
Olha em volta.
Faço o que o Rogério me pede, olho em volta.
E vejo que os seguranças realmente são diferentes, são mais altos e mais fortes e todos tem a mesma tatuagem no pescoço.
Meu Deus , é verdade Rogério.
- Estou de falando, Elaila.
As meninas acham que o Marcos, tem uma queda pela Ângela.
- Chegou a hora do show. - Rogério fala quando as luzes se apagam.
Ela terminou a apresentação! Tá maluco?
- O Márcos agora , tira as meninas do colo dele , vai até a Ângela fala alguma coisa no ouvido dela, pegando em seu braço.
Ângela se irrita com o que ele fala e puxa seu braço da mão do Marcos. Olha para ele com uma cara de raiva e segue para o camarim.
Marcos agora faz sinal com a cabeça para as meninas que havia deixado na mesa segundos antes, e elas vão até ele.
Ele sobe com elas.
Tudo que o Rogério narrou aconteceu, detalhe por detalhe.
Para onde ele levou as garotas?
- Certamente para sala dele, os comentários que circula aqui , é que como ele não pode ter a Ângela, ele se alivia com as meninas. - Rogério enche me entrega outro drink.
Como você ?
- Sei disso tudo ? - fala me interrompendo.
Simmm!
- Você aqui atrás desse balcão, passa a observar coisas que quem está desse lado ai , nem sonha.
Eu já observei várias coisas do lado de cá.
Só que você tem informações privilegiadas.
- Eu só monto o caso com elas.
Nos dois caímos na risada.
- Posso saber o que fez com minha amiga ? - Ângela chega.
- Nada ! Só conversamos e servi dois drinks para ela.
Como sempre faço.
- Eu vou te bater Rogério.
Vamos mocinha ! Vamos embora.
- Não , não leva ela. A conversa estava ficando boa. - fala esticando o braço sobre o balcão.
De jeito nenhum , fico nesse lugar mais um minuto.
Vamos ! - falo me levantando do banco.
Vamos a um barzinho , preciso de um lugar claro.
- Até mais meninas ! - Rogério fala sorrindo.
Nos despedimos dele e enfim, saímos daquele lugar.