Quando recobrou a consciência, Celina percebeu que estava no quarto, na cama de Luís. O viu na janela, fitando o nada, pensativo. Tentou se levantar e em duas passadas, ele estava a seu lado. - Não se levante. Você teve um colapso nervoso. Deixa seu cérebro se acostumar com a normalidade de novo. - Estou bem. Preciso ir pra casa. - Celina, vamos conversar. - Não, Luís. Não temos nada pra conversar. Acho que você tem um funeral pra organizar. De um pai que eu nem sabia que existia. - Meu amor! - Se ainda consigo pensar direito, se eu não sabia que você tinha pai, é porque ele era o chefe da organização, não é? - Sim. Gildo era o chefe da organização e não era meu pai de sangue. - Mas trouxe você e sua mãe pra São Paulo e te assumiu a partir daí. Em quais condições sua mãe morreu? N