CANETA (deixe seu like❤️ na obra?)

1479 Words
Cheguei no meu escritório e me deparei com meu irmão todo animado ao lado da minha secretária. Ele está literalmente sentado ao seu lado enquanto lhe mostra o celular. Me aproximo e Samantha me olha apreensiva com as bochechas vermelha. –O que você pensa que está fazendo? -falo firme olhando para Juliano. –Boa tarde mano, tudo bem comigo e com você? Já cumprimentou as meninas? Não foi essa educação que nossos pais te deram. -ele fala rindo. –Chega de palhaçada, me acompanha até minha sala e deixa Samantha trabalhar. -falo firme e caminho em direção a porta da minha sala. –O que eu te disse gatinha, ele é o mau humor em pessoa. -ele fala rindo e Samantha tenta se manter firme. Respiro fundo e termino de chegar em minha sala, ele vem atrás de mim. –O que você pensa que está fazendo? O que estava fazendo ao lado da minha secretária todo animado. Isso aqui é um ambiente de trabalho e não de paquera se você não sabe. -falo firme. –Porque não me disse que sua secretária era tão gosto.sa. -ele fala animado. –Vamos ter respeito com a moça. -falo sério. –Estou tendo, ela é uma gata. –Juliano chega. –Qual é, vem falar que não acha ela uma gata. -ele fala se deitando no sofá. –O que você quer, Juliano? Levanta daí. -sentei na minha cadeira e ajustei minha gravata. –Você também acha né, eu sabia, com certeza ela te deixa nervoso, mas não tem como te culpar, ela é mesmo linda. Se fosse minha secretária colocaria a mesa dela dentro da minha sala, só para ficar olhando ela o dia todo. –Deixa a garota em paz, não quero você de paquera com ela. –Tá afim dela? -pergunta curioso. –Chega de falar besteira. –Qual é Tomás, somos irmãos, quando eu coloquei os olhos nela também fiquei maluco. Que mulher gata meu irmão. -ele continua a falar da minha secretária. –Se você não tem nada mais para dizer pode se retirar, tenho muito trabalho a fazer e você está me atrapalhando. -falo sério e começo a mexer no meu computador. –Mano você precisa ser mais tranquilo, chama a Samantha que eu tenho certeza que ela vai saber como te acalmar. -ele fala rindo, eu olho para ele sério. –Já acabou Juliano? Então agora pode sair. -digo sem olhar em sua direção, ele se levanta e senta em minha frente colocando os pés na mesa. –Cara você é bem chato. Eu vim te convidar para um rolê. Você está precisando relaxar um pouco e eu sei o que você precisa. -ele fala rindo e eu o encaro sério. –Você me fez vir até aqui para isso. Eu estava com minha noiva. -falo firme. –Porque não disse antes, não sabia que ela tinha voltado. Fala com ela, aposto que ela não vai se importar. Mas você tem que ir sozinho, não vai levar carne pro churrasco, hoje às dez horas você passa lá em casa. -ele fala. –Dispenso seu tipo de diversão. -falo firme. –Você tem quantos anos mesmo, setenta. -ele fala. –Juliano, eu preciso trabalhar, se era só isso já pode ir embora. –Vamos cara, eu prometi a uma gatinha que você iria. –O que eu tenho haver com isso? Eu sou comprometido cara. -pergunto curioso. –A prima dessa gatinha já te viu e é louca por você. Então eu disse para ela que você iria hoje nesse rolê. Não precisa ficar com ela, só vai e bate um papo. Me ajuda cara. –Eu não vou em lugar nenhum, a Victoria chegou de viagem agora pouco e vamos jantar juntos mais tarde. -falo firme. –Janta com ela e come a sobremesa fora. Qual é cara, vamos comigo. -ele insiste. –Até mais Juliano, eu não vou em lugar nenhum. E pare de fazer promessas que não pode cumprir, não me envolva em seus rolos. –E você pare de ser tão cheio de frescura. Você tem 29 anos e age como se tivesse oitenta. -ele fala sério. –Não era setenta. -falo rindo. –Vou ir embora que eu ganho mais, aproveito para conversar mais um pouco com a secretária gostosa. Se mudar de ideia vou te esperar até dez horas. –Eu não vou mudar de ideia, tenho um jantar com minha noiva. E você vai embora agora, nada de parar para conversinha. -falo firme me levantando. –Vamos, vou te acompanhar até o elevador. Você não vai ficar atrapalhando o serviço dela. -falo conduzindo ele para o lado de fora da minha sala. Passamos ao lado da mesa de Samantha, ele olha pra ela sorrindo e dando uma piscadela. –Foi um prazer te conhecer gatinha. -ele fala simpático e ela sorri. Sigo com ele até o elevador, as portas se fecham e eu caminho de volta para minha sala. –Senhorita Samantha, venha até minha sala por favor. -falo sem deixar de caminhar rumo ao local desejado. Ela olha assustada, se levanta rápido e praticamente corri me acompanhando. Ela fecha a porta após adentrar atrás de mim. –Senhor Tomás, fiz algo errado? Se eu fiz por favor me desculpe, não foi minha intenção. -ela fala amedrontada. –Sente por favor. -falo tranquilo apontando para a cadeira à minha frente. –Tudo bem, me desculpe. -ela fala apreensiva. –Fique tranquila, você não fez nada errado. Meu irmão estava te incomodando. -pergunto tranquilo. –Não, ele estava te esperando. -ela responde. –Por favor, se ele te incomodar pode me avisar. -falo firme. –Tudo bem, ele não me incomodou. -ela fala tranquila e eu olho para ela por alguns segundos sem dizer nada. Ela me olha confusa e quando percebo o que estou fazendo desvio meus olhos dela e pego meu celular para olhar o visor como disfarce. –Alguma ligação que eu precise retornar? -me viro para encarar o computador. –Não, reagendei toda a sua agenda e o senhor tem o restante da tarde livre. Pensei que não retornaria hoje. -ela fala tranquila. –Tudo bem, eu não ia voltar mesmo se não fosse meu irmão. Mas vou aproveitar que estou aqui e vou estudar alguns casos. Você pode pedir ao Éric para vir até minha sala, por favor. (Éric é meu melhor amigo e também trabalha comigo no escritório) –Sim. O Sr Cunha ligou pedindo para confirmar sua viagem na semana que vem. -ela fala calma olhando sua agenda. –Pode confirmar por favor. -ela faz uma breve anotação e me olha com a ponta da caneta repousada em seus lábios. –Peça para reservar mais um quarto, preciso que você me acompanhe. –Eu? -ela pergunta surpresa com a caneta ainda nos lábios, ela desliza o objeto de um lado para o outro e isso me incomoda. –Sim você! Pode parar de fazer isso por favor. -falo impaciente, ela está me desconcentrando com essa caneta na boca. Consigo imaginar perfeitamente ela colocando outra coisa nessa boquinha linda. –Me desculpe Sr Tomás, mas parar com o que? -ela pergunta curiosa. –De fazer esses movimentos com essa caneta, ela seria mais útil para anotações. -falo firme e respiro fundo desfazendo o nó de minha gravata. –Ah sim, é claro. Me desculpe. -ela olha para o objeto, abaixa a mesma e depois me olha firme. –Obrigado. Espero que a Mônica tenha te orientado que você teria que me acompanhar em minhas viagens profissionais. Isso está em contrato. -falo firme. –É... sim, ela comentou sim. Eu esqueci desse detalhe. –Está tudo bem pra você quanto isso ou seu namorado teria algo contra. -posso ter dito a última frase mais por curiosidade, não que eu tenha algum interesse nela, é só porque preciso conhecer mais a pessoa que trabalha para mim. –Está tudo ótimo, não tem problema algum, eu não tenho namorado. -ela fala tranquila e eu não posso negar que ouvir isso me deu um certo alívio, não quero ter problemas. –Então é isso, peça para que o Cunha reserve mais um quarto e diga ao Eric que venha até minha sala por favor. -falo tranquilo. –Ok, posso fazer mais algo pelo senhor? -ela pergunta sorrindo após fazer mais uma pequena anotação em sua agenda. Não consigo conter um breve sorriso, sem perceber ele surgiu em meus lábios quando imaginei jogando ela em cima dessa mesa... É, com certeza ela poderia fazer algo a mais por mim e seria algo bem interessante. Mas isso não é possível já que sou comprometido e ela é minha secretária, então zero chances. –É somente isso Samantha. Obrigado. -volto ao planeta terra, ela se levanta e se retira apressada. Essa mulher vai acabar me enlouquecendo sem mesmo saber.
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