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3095 Words
ALESSIA Acordar e ver o Lucca foi ótimo, me sinto viva quando estou perto dele. Ele ficou tão preocupado comigo, e eu achei isso tão fofo. Não imaginei que iria ver ele por agora, não depois de tudo. Quando acordei pensei: Putz! Agora nunca mais aquele homem quererá me ver. E ver ele aqui, com aqueles olhos iluminados, aquele sorriso lindo, todo preocupado e carinhoso comigo, foi como se tivesse retirado um caminhão de cima de mim, senti um alívio enorme dentro no peito. Eu preciso me resolver de uma vez por todas com o Miguel, isso não pode continuar assim. Eu não quero que isso continue, pra mim já chega isso acabou! Estou olhando para a tela do celular admirando a foto dele, quando vejo minha mãe entrando no quarto, ela leva a mão no rosto e começa a chorar, e eu não sei se é de alívio ou por outro motivo. Deixo o celular em cima da cama ao meu lado. Ela me abraça forte enquanto continua chorando, eu abraço ela firme. — Mamãe, não chora estou bem não faz isso, fica calma. — falo carinhosa, passando a mão em seu cabelo, e beijo sua cabeça. Ela levanta sua cabeça, segura em meu rosto e me olha com carinho. — Minha filha, você está bem mesmo meu amor? — ela me pergunta preocupada enquanto não para de acariciar o meu rosto. — Estou bem mãe, não quero ver a senhora triste e chorando. — falo com carinho olhando firme em seus olhos. — Eu não estou triste minha linda. Estou feliz em te ver acordada, fiquei tão preocupada com você Alessia. Nunca mais faça isso comigo meu amor. — ela fala em bronca com um pequeno sorriso. — Foi só um susto, mamãe, pode ficar tranquila, por que estou ótima. — falo tranquila. — Só não venha me falar que está pronta para outra, ou então eu vou te bater menina. — ela fala séria e eu sorrio. — Não ria Alessia, eu estou falando sério. Nunca mais faça isso comigo. — ela me olha preocupada. — Não estou pronta para outra mamãe, a senhora pode ficar tranquila quanto a isso. — falo com um pequeno sorriso, ela me abraça novamente, depois segura em minhas mãos com força. — Seu amigo não saiu desse hospital desde quando ele entrou aqui para dentro, ele ficou aqui firme e forte. — ela fala me olhando desconfiada. — Foi o Lucca que me trouxe para cá? — pergunto curiosa. — Ele mesmo, ele é Bonitão em. — ela fala sorrindo. — Ele é lindo. — falo sorrindo tranquila. — Vocês dois são apenas amigos? — ela pergunta com um pequeno sorriso imaginando minha resposta, meus olhos a encaram constrangida. — Eu não estou aqui para te julgar meu amor, você pode ficar tranquila, quem sou eu para julgar qualquer pessoa, ainda mais uma filha minha, só estou te perguntando por que eu penso que ele gosta de você. — ela fala carinhosa. — Mais pode ficar tranquila, não precisa responder se não quiser. — ela passa a mão em meu rosto enquanto me olha com carinho. — Na verdade, eu não sei se somos amigos. Não sei se o que temos seria apenas uma amizade. — falo com um pouco de vergonha sentindo meu rosto queimar. — Se for uma amizade, por acaso seria daquelas amizades coloridas!? — ela fala com um pequeno sorriso, eu sorrio sem graça. — É acredito que seria bem isso. — falo as bochechas queimando. — Achei bonito a forma que ele ficou preocupado com você, ele gosta de você, não saiu para nada. — ela fala firme. — Ele dormiu aqui? — pergunto curiosa. — Sim, dormiu! — ela fala firme. — Quer dizer ele passou a noite aqui, por que dormi eu acredito que ele não dormiu. Passou a noite inteira andando de um lado para o outro quase furando o chão. — ela fala sorrindo. — Ele é um bom homem, um homem incrível. — falo co carinho. — Parece ser mesmo, até para comer a Raíssa que teve que comprar e entregar na mão dele, ela quase obrigou ele a comer, por que nem isso ele queria, pensa o quanto que ela ficou brava. — ela fala rindo. — Foi você que deixou ele entrar primeiro? — pergunto tranquila. — Justo né, ele te socorreu, ficou aqui desde que você chegou, ele teria que entrar primeiro. — ela fala tranquila, eu sorrio tranquila. — O Miguel também está aí, todo nervoso querendo te ver. — ela fala firme, eu respiro fundo. — O que aconteceu minha filha. — ela pergunta curiosa. — Eu não sei direito, foi muito rápido, quando dei por mim eu já estava aqui. — falo tentando fugir da pergunta, por que não sei o que foi dito para ela. — O Miguel disse que discutiu com o Lucca, você entrou na frente bem na hora e ele acabou te empurrando sem querer. Mais jura que não foi por maldade. — ela fala desconfiada. — Eu quero acreditar que não foi mesmo. — falo sem firmeza. — Eles brigaram por sua causa? — ela pergunta curiosa. — Eu não queria falar sobre isso agora. — falo em pedido. — Quando você ganhar alta, vai para casa ficar comigo. Não acho uma boa ideia você continuar morando com o Miguel depois de tudo. — ela fala firme. — Penso que será melhor mesmo, eu também prefiro assim. — falo tranquila. — Será melhor sim! Você se envolveu com esse rapaz né. — ela fala firme olhando em meus olhos. — Gosta dele Alessia? — ela pergunta tranquila e o médico entra na sala. — Vamos mamãe, essa menina precisa descansar. — ele fala tranquilo. — Não posso levar ela para casa comigo, prometo cuidar muito bem dela — ela fala com um pequeno sorriso. — Eu não duvido disso, mais amanhã quem sabe. Hoje ela dorme por aqui, preciso acompanhar ela de perto. — ele fala sorrindo. — Mais para ela ir embora amanhã, eu preciso que você descanse Alessia, ou então não te darei alta. Estamos combinados. — ele fala firme. — Sim senhor, ficarei bem quieta e tranquila. — falo tranquila. — Em 15 minutos a enfermeira irá vir para te aplicar uma medicação, para aliviar mais a dor de cabeça. Ainda dói muito? — ele pergunta curioso. — Um pouco, mais nada seja insuportável. — falo tranquila. — Vamos cuidar disso. — ele fala tranquilo. — Ela está bem né doutor, bem mesmo. — minha mãe fala preocupada. — Continuaremos de olho nela, já orientei á ela se surgir qualquer outro sintoma, ou a dor de cabeça não parar, ela precisa voltar. Não se esqueça disso Alessia. — ele fala firme. — No momento está tudo bem, realizamos os exames duas vezes e os dois apresentaram bons resultados. Então é só descansar hoje, para voltar para casa amanhã e ficar com a família. — ele fala tranquilo. — Pode ficar tranquilo doutor, eu ficarei de olho nela quando ela for pra casa. — ela fala carinhosa. — Por favor faça isso. — ele fala tranquilo. — Agora liberarei mais uma visita, e você vai descansar, mais tarde liberamos mais tudo bem. — ele fala firme. — Então eu vou indo meu amor, sua irmã está doida para te ver. — ela fala carinhosa segurando em meu rosto entregando um beijo em minha testa. — A Karina também está lá fora, a Beatrice veio mais ela precisou sair com a mãe dela e foi embora, mais te deixou um abraço bem apertado. — ela fala sorrindo. — Manda um beijo para elas por mim, e avisa que eu estou bem. — falo carinhosa. — Pode deixar que eu aviso sim. — ela se aproxima de mim, beija novamente minha testa com carinho. — Você precisa descansar para irmos para a casa, dorme um pouco. — ela fala firme. — Pode deixar que eu vou dormir sim. — falo em obediência. — Está com o seu celular? -olho para ela com um sorriso pequeno, fazendo a mesma carinha de quando eu era mais nova e aprontava alguma. — O Lucca vai trazer pra mim mais tarde. Mais se precisar eu estou com o dele por enquanto. — falo calma sentindo minhas bochechas queimar. — A Raíssa tem o número. — falo apertando os lábios, ela me olha com um pequeno sorriso. — Entendi! Seu celular com ele e o dele com você. — ela fala sorrindo. — Tudo bem então! Eu vou indo pra Raíssa entrar, mais tarde eu volto. — ela me dá um na bochecha, e vai embora com um olhar tranquilo. Nossa, nunca imaginei ter uma conversa assim com minha mãe, e mesmo não dizendo com todas as palavras me sinto bem constrangida. Sei que o que eu fiz com o Miguel, não é certo. Eu não podia ter me envolvido com outro homem ainda estando com ele, isso foi errado. Muito errado e eu sei disso. Eu estava tentando terminar com ele á tempos e nunca consegui. Por culpa exclusiva minha, por ser covarde e não conseguir ser firme com ele, me impondo quando eu me decidi por não querer mais. E deu no que deu, mais agora espero de verdade, que ele siga seu caminho e me deixe seguir o meu. Pode até ser que eu não fique mais com o Lucca, ele mora em vários lugares, então a qualquer momento ele pode ir embora. Mais me envolver com ele, me trouxe 100% de certeza que eu não amo o Miguel, mesmo que eu já soubesse disso agora eu não tenho mais nenhuma sombra de dúvida, por que se eu amasse não teria me envolvido com outro. Foi completamente diferente com o Lucca, foi intenso, quente, e com muito desejo. Faz muito tempo que eu não sentia nada igual. Pego o celular dele de novo, começo a olhar a foto dele sorrindo, quando eu me lembro da festa e depois dela surgi um sorriso em meu rosto sem esforço, só de pensar em suas mãos quentes sobre o meu corpo, começo á arrepiar. — Bom ver que você já está sorrindo de novo. — Miguel fala de repente fazendo com que eu me assuste, guardo o celular embaixo do meu corpo devagar, meu sorriso desaparece e meu corpo agora se arrepia de pavor. — Então, como você está? — ele fala firme se aproximando de mim. — Bem. — falo firme sem emoção enquanto engulo seco. — O que foi com o seu rosto. — observo seu rosto um pouco machucado. — Não se preocupe meu amor, isso não foi nada. — ele fala sorrindo levando a mão no rosto. — Só tive uma conversa breve com o seu amigo abu*sado. — seus olhos buscam pelos meus. — Miguel precisamos conver… -ele não deixa com que eu termine a frase. — Você sabe que o que você fez, não se faz né Alessia. — ele leva a mão em meu rosto, eu viro o rosto devagar tirando a mão dele de mim. — Mais tudo bem não precisa se preocupar, eu já te perdoei pelo que você fez. — ele fala parecendo que eu desejo o seu perdão. — Eu também tive culpa nisso, você é fraca para beber, e ele se aproveitou disso e abusou de você. — ele fala tranquilo como se fosse verdade, e eu olho para ele perplexa. — Ele não fez isso Miguel. E eu e você não estamos mais juntos. — falo tentando ser firme. — Você sabe que agiu como uma pu*ta né, você se deitou com outro como uma pu*ta dessas bem baratas que nós encontramos em qualquer esquina. — ele se apoia cama e me olha firme. — Pu*ta você tem que ser só comigo Alessia, nunca mais se esqueça disso ou vai se arrepender, e sobre nós dois depois da sua escapada, você quebrou o nosso acordo. — Eu não quebrei nada, não estamos junto Miguel. — ele sorri malicioso, sua mão descansa em minha barriga, e logo após desliza para o pé da minha barriga me fazendo tremer por dentro, rapidamente eu retiro sua mão de mim. — O que foi, vem me falar que não sentiu minha falta. — ele fala sorrindo. — Eu sei o quanto você é fogosa. — ele fala malicioso. — Por favor Miguel, não está vendo onde estamos. — falo firme. — Não ficou feliz em me ver meu amor. — ela fala sorrindo. — Cadê a Raíssa? Minha mãe disse que ela ia entrar. — falo apreensiva. — Você disse bem, ela ia entrar. Mais eu pedi ela para deixar eu entrar. — ele fala tranquilo enquanto me olha malicioso tentando deslizar sua mão em meu corpo. — Eu estava preocupado com você. — ele fala rindo. — Entendi. — falo sem emoção. — O que você queria com sua irmã? — ele fala um pouco mais sério e de repente para de insistir em colocar suas mãos em mim. — Nada de mais, eu só pensei que ela ia entrar para me ver. — falo tranquila. — Alessia, Alessia! Você e sua mania de pensar. — ele fala sorrindo. — Eu já te disse que a sua cabeça não foi feita para pensar meu amor. Ela serve só precisa obedecer, para mim, obedecer. — ele segura em meu rosto, eu viro mais rápido. — Tem certeza que não queria falar nada de mais com sua irmã? Não queria notícias do seu amigo. — ele fala curioso. — O que você quer Miguel. — falo firme. — Eu vim te ver, eu fiquei preocupado com você. — ele fala com um semblante debochado. — Então agora você já pode ir embora, eu estou sentindo muita dor de cabeça, e preciso descansar para amanhã ir embora. — falo respirando fundo. — Isso mesmo descanse muito, e amanhã quando você ganhar alta, você volta comigo para casa. — ele fala firme. — Eu vou para a casa da minha mãe. — falo sendo firme. — Quem te disse isso meu amor. — ele fala rindo. — Minha mãe acha melhor eu ir para lá, e eu concordei. — falo séria e ele continua rindo. — Acredito que a pancada afetou seu cérebro meu amor, que seremos sinceros já não funcionava direito. Mais não tem problema. — ele fala firme, pega a cadeira e senta próximo de mim. — Você não tem que concordar com nada, quem manda em você é eu, e eu estou dizendo que amanhã você vai comigo para casa. — ele fala sério. — Ou então Alessia presta muita atenção no que eu vou te falar agora. — ele fala firme enquanto me olha. — Começarei a cumprir tudo o que eu te prometi, e amanhã você vai vir nesse hospital novamente, mais eu te garanto que não será como paciente, já á sua irmã eu não posso dizer o mesmo. — ele fala sério. — Não coloca minha família no meio da sua loucura Miguel. — falo séria olhando em seus olhos. — A decisão é sua meu amor, mais fique sabendo que eu não sei se ela terá tanta sorte como você. — ele fala em tom de ameaça. — Eu suponho que não em meu amor por que eu não terei piedade. — ele sorri. — Eu não tenho mais medo das suas ameaças Miguel, peguem elas e engole. — falo tentando passar firmeza. Ele se levanta irritado, segura forte meu rosto, apertando com força. — Se eu fosse você eu teria, mais eu teria muito medo Alessia. E sabe por quê? Por que eu não estou brincando, você ainda não sabe que eu sou capaz fazer. — empurro ele tirando sua mão do meu rosto. — Me deixa em paz Miguel! — falo firme. — Eu vou te deixar meu amor, eu vou te deixar por você precisa descansar para amanhã irmos embora, não se preocupe eu vou cuidar muito bem de você. — ele fala tranquilo. — Minha mãe não vai permitir isso Miguel, ela quer que eu vá para a casa com ela, e eu aceitei. — falo aflita. — O problema é seu se virá, a culpa de tudo isso é sua, foi você quem causou tudo isso. — ele fala firme. — Não foi esperta o suficiente pra dar sua bu*ceta pra outro, agora conserta o que você fez. — ele fala irritado. — Eu não vou voltar com você. — falo firme olhando em seus olhos. — O problema é seu meu amor, quem vai sofrer vai ser sua linda família. Eu não me importo quem eu vou machucar primeiro, no fim vai dar tudo no mesmo. — ele fala rindo. — Fique com a culpa para o resto dessa sua vida mise*rável, após ver o que eu vou fazer com a sua irmã e com a sua mamãe. — ele fala firme. — Sai daqui Miguel, me deixa em paz seu des*gra*çado! — falo perturbada, tentando segurar as lágrimas de ódio que escorrem no meu rosto. — Você tem muita sorte meu amor, tem sorte que eu gosto de você Alessia, ou então você não sairia daqui viva depois do que você fez. — ele fala me olhando firme. — Aproveite a oportunidade que eu estou te dando, amanhã quando você ganhar alta eu quero ouvir sua voz doce, me avisando que já posso vir te buscar. — Se você não fizer isso, você vai se arrepender amargamente. E eu vou começar com sua irmã, ela vai sentir na pele, as consequências da sua desobediência, e pode ter certeza que eu vou me lembrar de ter te visto com ele, e isso vai tornar tudo mais gos*toso. — ele se aproxima perto de mim, e pela primeira vez eu encaro ele com ódio nos olhos. — Eu tenho nojo de você. — falo firme e ele começa a rir. — Seja uma boa menina, eu estou esperando a sua ligação. Ou ao invés de você comemorar o seu fim de ano feliz da vida, você irá chorar e muito. — ele segura meu rosto e beija minha boca rápido, eu empurro ele com força, ele me olha rindo debochado. — Já está (100%) gracinha, isso é muito bom, até amanhã. — ele fala achando graça, eu fico em silêncio engolindo meu chor, enquanto vejo ele sair pela porta, antes de ir embora ele me olha e começa a rir feliz.
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