TRÊS

2906 Words
“DORA” Eu estou tentando, juro que estou tentando ser uma pessoa melhor, menos egoísta, menos patricinha e mimada, mas esta difícil. Muito! Juliano não podia ter feito isso comigo. Eu sei que não somos nada, mas aquela cena me faz pensar nisso, pensar em para que ser uma pessoa legal? Pessoas legais só se ferram. Eu estava tomando meu banho me arrumando para ir trabalhar, pensando naquela cena deplorável aquela piriguete de quinta com a blusa dele, pendurada no seu pescoço! Aí que ódi0! No ápice da minha raiva jogo o sabonete longe ele atinge um jarro de flores artificiais que ficava bem em cima da caixa de descarga, fazendo um barulho terrível. Merda! - Isadora? – mamãe entra no meu quarto – Esta tudo bem? - Eu estou bem mãe. – grito do banheiro. - Então o que foi isso? – Belle pergunta. Me enrolo na toalha, e saio do banheiro. Não estava muito afim de conversas. - Vocês estão muito curiosas não acham não! - Hum. Está de mau humor hoje? O seu encontro de ontem a noite não foi bom? - Não foi um encontro Belle, somos só amigos. - Você saiu ontem a noite? – mamãe estava catando os cacos do vaso no meu banheiro. - É, fui ver o Juliano. Ele não estava bem ontem, perdeu uma paciente. - Ela levou uma garrafa de vinho. - Isabelle! - O que foi? Por que não assume logo que também gosta dele e acaba com esse joguinho, do eu te quero só como amigo. - Ele não me ama Belle, ele estava com outra ontem quando cheguei na casa dele tá legal! Então essa coisa que vocês fantasiam de que ele me ama, e tudo invenção dessas cabeças ocas de vocês. - Como assim ele estava com outra filha, vocês não estavam juntos? Ele te traiu? - Não mamãe, nós não estávamos juntos, então ele não me traiu – eu estava me irritando com todo esse interrogatório. - Mas ela gosta dele, só não quer admitir. - Que merd@ Isabelle! Eu não gosto dele, somos amigos só isso, agora saíam do meu quarto, tenho que me arrumar para o trabalho. Elas duas saíram do meu quarto e eu acabo de me arrumar, já estava atrasada, escolho uma calça jeans que abraçava todo o meu corpo, uma bata frente única de babados azul, sapatilha e bolsa pretos, deixo meus cabelos soltos uma maquiagem leve e estou pronta, antes de sair uma última olhada no espelho e amo o resultado. Não paro para tomar café, não quero mais interrogatório, sobre minha vida amorosa, paro no café da esquina e pego um capuccino com canela meu preferido, e dois rolinhos de maçã, eles são maravilhosos os experimentei quando estava grávida e não consigo mais parar de comer. Assim que chego na loja são tantas coisas para por em ordem, só esse mês temos onze casamentos, felizmente a loja estava sendo bem requisitada e no ramo de eventos estávamos bombando! E ainda tinha que manter a loja abastecida para os casais apaixonados, quase todos os dias vendia diversos buquês, são tantas as coisas que o dia passa e eu nem noto. - Dora estou indo almoçar, você vem agora? – minha secretaria bate na porta do escritório. - Já? – olho no relógio, já passava das duas – Deus! Eu perdi a noção do tempo, você pode ir Úrsula eu vou acabar de guardar esses papéis e vou logo depois – tinha um restaurante aqui perto que a comida era uma delicia, nos gostamos de almoçar lá. - Tá okay. Finalmente acabo de organizar tudo uns vinte minutos depois, estava morta de fome. - Nuno estou indo almoçar – interfono para a parte da frente da loja, vou sair por trás mesmo. - Dora, espera um pouquinho, Juliano esta entrando. O que? Como assim? Por que ele está aqui! Eu não quero falar com ele, não agora, não hoje. Eu estava entrando em pânico quando escuto as batidas a porta, e ele logo entra. - Oi. – ele entra meio sem jeito, fechando a porta atrás de si. - Oi. – um clima estranho se instala. - Vamos almoçar juntos? - Não vai dar... Er.. Eu estou muito atarefada aqui e... - Eu ouvi você no telefone Isadora, estava saindo para almoçar. – ele cruza os braços. Arqueado uma sobrancelha. - É mas.. - Qual o seu problema Isadora? Você sempre diz que não quer nada comigo, e quando parto pra outra você fica desse jeito me evitando. - Eu não estou te evitando, só tenho mais o que fazer hoje. E por falar nisso belo jeito de seguir em frente em, a Moly é – faço um sinal de “OKAY” pra ele com a mão. Me levanto, passo para a frente da mesa e me encosto nela enquanto falo. Juliano continua em pé na minha frete. - Você nem a conhece, ela e uma pessoa legal. - Há é mesmo! E você descobriu isso quando mesmo? Enquanto estava dentro dela? – digo irônica e desafiadora. - Qual é o seu problema? Você não quer nada comigo! Por que o ciúme? – dou uma gargalhada, mas de raiva do que graça. - Eu ciúmes, não seja ridiculo Juliano! - Se é tão ridículo assim, por que essa reação? – desta vês ele arqueia uma sobrancelha – E. Por que estava chorando ontem? – ele vem se aproximando de mim, me encurralando contra a mesa encosta sua testa na minha, seus lábios seu olhos, sua respiração tudo tão próximo, me deixando meio tonta. – Para de resistir linda, para de expulsar isso que sentimos Isadora... Me afasto dele e vou para o sofá que fica no canto da sala, minhas pernas estava bambas, minha respiração acelerada. Ele apoia suas mãos sobre a mesa, abaixa a cabeça e respira fundo. - Você está louco Juliano, eu não resisto a nada por que não sinto nada. - Tudo bem! – ele levanta a cabeça, depois anda até o sofá, senta ao meu lado, suas mãos agora estão uma de cada lado do meu rosto segurando firme – Olha nos meu olhos Isadora, e diz que não sente nada.. - Julianos eu... - Ou melhor, me diz que não sentiu nada ontem a noite? Se você me dizer que não sentiu nada e que não há a menor possibilidade de algo mudar entre nos dois eu saio da sua vida, você não vai mais ter que se preocupar comigo ou com o fato de me magoar de alguma forma, Eu sumo de vez! não vou nos encontros com o pessoal, na fazenda, o que eu puder evitar eu evito e você pode ficar tranquila... – sua palavras foram fazendo sentido. E sim, eu senti algo em relação aquela Molly não posso negar, e não eu não posso deixar ele sair da minha vida. Fecho meus olhos com força, tentando por minhas ideias no lugar. - Então? - Não Juliano! Eu não quero que você saí da minha vida tá legal! Eu não sei o que me deu ontem, só sei que não gostei nem um pouco de te ver com aquela vadi@ da Moly... Nem termino de falar e ele cola sua boca na minha, fui pega de surpresa por isso demorei um pouco para corresponder ao seu beijo, ele continuava a segurar meu rosto, sua língua pedindo passagem. Levo minhas mãos ao seu pescoço, abrindo meus lábios fornecendo espaço para que sua língua entrasse em uma dança erótica com a minha. Juliano lentamente vai me deitando no sofá, uma de suas mãos agora passava por baixo da minha blusa, brincando com meu mamilo. O meu primeiro pensamento foi que ele estava indo rápido demais. Mas estava tudo tão bom que não queria parar, não queria perder aquilo. Minha respiração estava acelerada, para falar a verdade eu não estava nem respirando direito ele não me dava tempo para isso. Eu já estava sentindo o volume no meio das suas pernas quando o barulho da porta nos interrompe. - Eu vou só deixar isso aqui na mesa para Dora e podemos ir... – Belle, Nik e Paty entram no escritório. Rapidamente empurro Juliano, mas já era tarde elas já tinham nos visto e olhando com aquela cara quem diz, eu sabia. - Belle? Meninas? – elas estavam todas rindo. - Achei que já tinha ido almoçar. – Belle fala sem jeito – Desculpem. – ela aperta os lábios reprimido o sorriso. - Er... Eu já estava indo. – respondo me levantando. - Estamos vendo. – Nik fala com uma cara de deboche rindo, Ela e Paty estavam amando a cena rindo bastante. Elas não vão me deixar em paz depois disso. - Bem meninas eu já estou de saída – ele se levanta e o volume da sua calça ainda era bem evidente. - Está andando armado agora Juliano? – ele olha para baixo todo sem graça, pega uma almofada do sofá e põe na frente. Todas caem na gargalhada ele fica vermelho feito um tomate. - Nik! Você não tem jeito. – Belle tenta dar uma bronca, mas tentando esconder sua risada não sai nada além de um balbuciou. - Eu tenho que ir – ele rir sem jeito – Bom almoço meninas. - Obrigada. – todas respondem. - É. Juliano – ele olha para Paty – Deixa a almofada – todas voltam a rir. Ele atira ela na minha direção. Assim que ele saí sou bombardeada de perguntas. - Podem parar! Não aconteceu nada demais. - Como não? Vocês estava quase transando no sofá do escritório – Paty retruca. - Foi uma loucura, um pequeno deslize. Ele queria se desculpar por ontem e acabou rolando um beijo, só isso. - Se desculpar? - É fui ver ele ontem, e ele estava com alguém! “Molly” – Belle não contou a elas essa é minha irmã – Por que não contou a elas? - Deixei para você falar ela da de ombros. - Como você vai na casa de um solteiro sem avisar Isadora? - Eu tinha falado com ele minutos antes, ele me disse que estava triste, tinha acabado de perder uma paciente, eu só quis ser amiga, levei vinho, pizza e sorvete. - Que merda em. – Nik parece chateada – Por isso, não me envolvo com homens, são todos uns canalhas. – ela pensa que nos engana, mas tem algo rolando entre ela o Caio. - E por que ele tem que se desculpar? - Por que a louca aqui surtou. - Como assim Surtou? - Vamos almoçar meninas, estou morrendo de fome. - Tá, mas vai ter que nos explicar que negócio é esse de “surtar”. Levo elas no restaurante ali perto mesmo que eu e o pessoal da loja estamos acostumados a frequentar, a comida é ótima. Eu pedi uma salada com salmão grelhado, Paty me acompanha na salada só que a dela era com camarões ao molho branco, Belle pede bife com batatas fritas, pois é! E Nik a acompanha nessa bomba calórica. - Dora, agora nos conte por que você “surtou” ontem? – eu sabia que Paty não ia deixar esse assunto morrer. - Isso mesmo! Eu também quero saber, já que você não gosta dele. – Nik também não ia esquecer. - Eu não sei dizer – apoio meus cotovelos na mesa escondendo meu rosto nas mãos. – Quando eu vi aquela ruiva ridícula pendurada nele com aquela voz ridiculamente irritante. Aí que ódio! - Isadora, eu vou te dizer pela última vez o que você tem, você está apaixonada! Simples assim, comigo foi assim quando vi Ale com Adriana, eu fiquei com muita raiva achei que o sentimento era de quem não queria ser enganada, mas na verdade eu já gostava dele e estava era com ciúmes, eu só não entendo por que você está resistindo a isso. - Belle, eu não quero me casar com um médico e levar essa vida de classe média, tudo bem, não é uma vida r**m e eu “tô” mudando estão todos de prova, mas. Eu não quero ter que passar o que passamos a alguns meses novamente. Eu não quero passar a minha vida me preocupando com isso. - É você quer passar sua vida dependendo de homem Isadora? - Não é isso Nik. - Fora o fato de que isso é ridículo os médicos ganham super bem! - É o que então Dora? Por que você não trabalha para ter o seu dinheiro. - É muito fácil falar Paty, você é milionária, não precisa se preocupar. Eu não sei fazer nada, não tenho grana para acabar minha faculdade e mesmo se acabar, moda no Brasil foi loucura. Parando pra análisar eu deveria ter focado mesmo em outro coisa. mais a boba aqui era deslumbrada demais para pensar nisso. e eu sei que os médicos ganham bem. mais não tão bem assim para que eu não me preocupe com dinheiro nunca mais. gente eu sei que não posso culpar ninguém pelas minhas atitudes mais o medo da falta do dinheiro me levou a fazer coisas absurdas. e sei muito bem que mesmo não querem posso vir a cometer erros novamente. não os mesmos e claro. mais sabe se lá o que faria. - Isadora você pode muito bem lidar com problemas do tipo. não é mais uma garotinha. - Eu sei disso, não sei também que sou uma pessoa influenciável e fútil as vezes. não prefiro evitar o que me leve a cometer erros. - Então faz outra faculdade de algo rentável sei lá, o que não vale e negligência sua felicidade por uma besteira dessa. – Belle parece irritada com a minha idiotice, e eu sei que é mas é minha forma de pensar. - Eu sei meninas que pode ser uma besteira, mas é a forma que penso e eu não vou mudar. Quero e vou me casar com um cara rico. Chega de viver aventuras amorosas com caras que não vão me levar a serio de verdade. - Como sabe que Juliano não te quer levar a serio? - Se ele quisesse Nik não estaria com outra ontem. - Mas.. – felizmente o celular de Paty toca interrompendo mas uma intervenção delas à minha forma de pensar. - Alô? – ela da uma pequena pausa, seu rosto fica branco – Caetano? – Caetano era meu primo, ele e Paty namoraram por alguns anos e depois meus tios mandaram ele estudar fora e eles terminaram, Belle os convidou para ser padrinho com Paty e creio que seja por isso que ele esteja entrando em contato ele chega hoje a noite. – Não Cae – ela aperta os olhos depois de ter chamado ele de Cae, era meio que um apelido carinhoso – Caetano não dá... Por que não... Eu já tenho planos essa noite... no casamento... Sim! Okay, tchau. - Tudo bem? – Belle pergunta depois de alguns segundos de silêncio. - Não. – ela ainda parece desnorteada, Paty sempre foi muito durona esconder o que sente sempre foi normal para ela. - Quer conversar a respeito? - Idiot@! Ele queria me ver, sabe simples assim depois de sete anos o canalha queria me ver. Como se nada tivesse acontecido e conversar!? - Eu meio que estou viajando no assunto gente? - Caetano é meu primo e ex namorado dela, meus tios o mandaram estudar fora e eles tiveram que terminar por conta disso. - Por que eles o mandaram para longe? – Nik pergunta. - Nos nunca entendemos isso direito. – Paty fica pensativa. Quando que com lágrimas nos olhos. - Por que ele era um babaca e quis ir. - Nossa... Er.. Eu sinto muito. - Eu preciso beber! Alguém topa? – ela diz se levantando. - Nossa perdi a noção da hora, quatro e meia, desculpem mas tenho que voltar a loja, muitas coisas para ajeitar antes de passar o fim de semana fora. – digo pegando a carteira. - Eu não posso beber então prefiro nem ir. - Nik? - Seu dia de sorte, estou com tempo livre. As meninas e eu estávamos pegando dinheiro para pagar a conta. - Podem deixar, essa é minha – Belle pega o cartão – Não vão beber muito em! meu grande dia está chegando não quero ninguém com algum problema. - E não perderia por nada deste mundo – nik se despede. - Não mesmo – Paty também se despede. Depois de Belle acertar a conta ela volta comigo para a loja, ela fica lá por algum tempo e depois vai. Eu continuo a por tudo no lugar, o pessoal que trabalhava comigo vem se despedir e eu continuo a trabalhar. Quando finalmente termino tudo olho no relógio e Deus! Como o dia hoje realmente voou. Já iria dar nove da noite. - Oi. – levo um susto e deixo um monte de coisas cair no chão fazendo uma bagunça. – Não acha perigoso estar aqui até essa hora com essa porta destrancada? Ele estava ali parado no batente da porta dos fundos com os cabelos todo cortejado da chuva que caía, me dou conta de que ele não era um homem simplesmente bonito como sempre achei, ele era lindo! E incrivelmente s*exy. Seu sorriso encantador, me deixam com as pernas bambas só de apreciar. Isadora! O que é isso?
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