Heitor pedala rápido. Sinto o vento bater contra meu rosto, então semicerro os olhos para poder enxergar melhor. Depois de dez minutos chegamos à ponte que passa por uma cachoeira. Em um primeiro momento penso que é para lá que ele está me levando, mas o sol já está se pondo e seria complicado andarmos no escuro, já que ele não está carregando nada que poderíamos precisar para caminhar no breu da noite. Quando atravessamos a ponte ele não vira para a esquerda em sentido àquela piscina natural, mas à direita, e cai em uma pequena trilha de areia que desce para a cachoeira. Preciso me esforçar para não cair e aperto o ombro dele mais de uma vez. Ele sente meu toque e suaviza a descida. Heitor para quase na cachoeira. Desço da bike e fico olhando para a água que segue seu rumo. Heitor apoia