ROMEU
Eu não conseguia me lembrar da última vez que estive doente.
Mesmo à noite senti que algo estava errado, mas não dei importância a isso.
Decidi que se bebesse um copo de conhaque iria me aquecer e tudo se encaixaria.
Não, primeiro nadei os quilómetros necessários na minha piscina pessoal e fiquei completamente congelado porque preferia que a temperatura lá fosse fresca. Aquecido na sauna. Mas não ajudou muito.
Então decidi pelo conhaque.
Em geral, o álcool não é minha praia. Absolutamente. Percebi isso plenamente pela manhã, quando uma dor de cabeça dolorosa se juntou ao nariz escorrendo e à tosse que irritou a minha garganta.
Sim.
Assim! Alguns andam no parque, com as pernas rígidas, e nada acontece. E eu? Eu fico resfriado.
Toda a minha alardeada força, força, saúde...
Deito na cama ouvindo as lamentações da minha governanta.
A nossa relação não é apenas comercial, Agripina é ainda mais m****o da minha família do que Rosa é mulher do meu pai.
— Precisamos de um médico, Romeu.
— Não mesmo. Dê-me uma aspirina, por favor. E um pouco de chá quente.
— Vou te dar chá, claro, com mel. Mas precisamos de um médico. E ninguém toma aspirina há muito tempo.
— O que eles bebem?
— O médico vai te dizer o que eles bebem!
Depois de algumas horas, desabo e concordo em convidar o médico de família.
É engraçado para mim, ele não se comunica comigo, mas com Agripina! Ele conta a ela o que eu tenho e como posso tratar!
Porém, talvez ele esteja certo, se ele disser para mim, eu nunca farei.
Começa um épico chamado. Romeu Igorevich deve ser tratado.
Agripina trás primeiro os remédios do médico, depois todo tipo de remédios populares em forma de sucos quentes de frutas, que, aliás, também foram recomendados pelo médico! Eu me pergunto desde quando os médicos começaram a recomendar não pílulas, mas remédios de avós?
No entanto, as bebidas de fruta ajudam tremendamente! Já no terceiro dia percebo que pareço uma pessoa.
É neste dia que o médico liga.
Não aquele que vem me tratar.
Aquele que está lutando pela vida do meu irmão louco nos Emirados.
— Romeu Igorevich, não temos as melhores notícias. Tentamos um novo tratamento, havia esperança, mas...
— O que?
— Por que esses hipócritas adoram puxar o gato para um só lugar?
Estou pronto para qualquer coisa. O meu irmão não está mais lá, ele morreu ou foi desconectado dos aparelhos por algum motivo. Eles não tinham o direito de fazer isso sem o meu consentimento.
— Nada ainda. Lutamos, esperamos. Mas... eu aconselharia a preparação para o pior. Você pode ter que vir aqui. Podemos resolver alguns problemas somente com você.
O meu coração fica muito pesado.
Parece-me que já perdi o meu irmão. É questão de tempo até eu finalmente entender que Félix agora é um vegetal, e nada vai me trazer de volta aquele folião alegre que tanto... amei. Que eu amo, até agora. Claro que eu repreendia ele. Eu menciono. Sempre estava chateado com ele. Insatisfeito com o seu comportamento e estilo de vida. Provavelmente insatisfeito com a própria natureza da sua personalidade.
Mas... Ele ainda é meu irmão! A pessoa mais próxima de mim.
Lembro-me de quando a minha mãe era viva ela dizia: valorizamos a família acima de tudo. Parentes. Entes queridos. Aqueles que são do seu sangue! Faça tudo por eles.
Mamãe não conseguiu mais ter filhos. Mais tarde descobri que ela tentou, mas houve problemas.
Aí a minha mãe morreu, e depois de algum tempo o meu pai trouxe Rose para dentro de casa...
Tentei ser tolerante com ela, mas, claro, continuei comparando.
Está claro a favor de quem a comparação foi feita.
Mas mudei em relação a ela no momento em que descobri que ela estava grávida.
Na verdade, fez uma grande diferença!
Eu queria ter um irmão ou irmã. Muito.
Sempre fui solitário. Amigos, namoradas, sim, tudo aconteceu. Havia até primos. Mas aqui está o meu próprio irmão! Talvez só por parte do pai, mas mesmo assim!
E fiquei muito feliz quando ele nasceu!
Tentei ajudar Rose. Em algum momento ela até ficou com medo do quanto eu me preocupava com o pequeno Felix...
Tentei explicar que o meu irmão significava muito para mim.
Em princípio, as relações com Rosae começaram a melhorar. Se ao menos ela não fosse tão frívola e não estragasse o filho!
Besteira…
Eu não poderia imaginar perdê-lo!
Félix, o que você fez! Para que?
É bom que tenha havido esse pequeno tópico que chegou ao meu irmão.
Garota Alice.
Isso é um absurdo?
Só precisamos resolver rapidamente o problema com a mãe da criança.
Enquanto estava deitado na cama, consegui planejar. Calcular.
Acho que dez milhões de dólares são suficientes para os olhos dela. Posso transferir imediatamente parte dele para minha conta pessoal. Vou ajudá-la a fechar a sua hipoteca. Empréstimos, se ela os tiver, e provavelmente os tem. Embora esteja claro que ela não gasta dinheiro e não vive ricamente, mas... talvez seja exatamente esse o ponto? Contratou empréstimos e não os pagou no prazo.
Em geral, entendo que os meus rapazes descobriram catastroficamente pouco sobre ela. É verdade que eu os apressei. O mais importante era importante.
Nome, sobrenome, quantos anos, onde mora. Como ela vive.
Vive m*al, muito m*al.
O meu dinheiro é como maná do céu para ela!
À noite, Paulo vem me ver.
Percebo que os seus olhos brilham de forma estranha.
E por algum motivo ele tem um telefone na mão. Não pareci notar a sua paixão por jogos ou por assistir vídeos idi*otas.
— Boa noite, Sagitário. O que há de novo?
— Nada, está tudo como antes. Como vai você?
— Bem saudável. Posso ir trabalhar amanhã. Por que você está tão feliz?
— Bem... eu estava num encontro.
— Sério? E como foi?
— Ótimo, fomos dar um passeio.
— Foram? Apenas andando? Sagitário, não te reconheço.
— Bem... Não no primeiro dia? E então... ela não é uma dessas pessoas.
Por alguma razão, sinto um gosto metálico desagradável na boca. E há algum tipo de sensação desagradável por todo o corpo.
Droga... sério?
— Interessante. Por que você está saindo com alguém como ela? Na nossa idade, é estúp*ido organizar todas essas festas de doces e buquês?
— Bem, pode ser estúp*ido para nós, mas as meninas gostam. Aqui está... a sua bastarda...
— Como ela está?
— Inteligente. Alegre. E muito bonita. Ele sorri. — Mesmo sem maquiagem. E modestamente vestido.
Droga droga droga...
Eu cerro os dentes. — Por que isso é tão desagradável para mim, hein? Tão desagradável, que você pode ser atropelado pela primeira pessoa que encontrar.
— Bem... pelo menos sou bom o suficiente para me beneficiar disso.
— É?
— Sim.
— Tudo bem. Vou verificar amanhã.
— Como?
— Vou poupar você da boca extra, Sagitário.
— Você acha?
— Você duvida?
Por alguma razão, Paulo sorri e balança a cabeça.
— Ok, luzes apagadas por hoje. Descanse. Amanhã eu mesmo irei até ela. Não foi suficiente para você ficar sob os seus pés.
De manhã vou ao escritório decidir alguns assuntos. Mas pensamentos... todos os pensamentos são apenas sobre como concluir a operação o mais rápido possível.
Chego na casa de Anastasia Romanova para almoçar. Estou sentado no carro, esperando que a senhora saia para passear com a minha sobrinha.
A certa altura saí do carro, como se sentisse que ela estava prestes a aparecer.
Ela aparece.
Me*rda. Por que ela me pareceu feia e até desagradável no primeiro encontro? Talvez porque ela teve a audácia de gritar comigo? Sagitário a chamou de bonita?
Fo8da-se.
Ela é linda.
Ela tem enormes olhos esmeralda-jade. Cílios longos. Pele macia…
A garota me vê e fica claramente desapontada.
Então ela estava esperando por Sagitário?
Olho para ela com arrogância, sem cerimônia, quero...
Atenciosamente... Só quero resolver o problema o mais rápido possível. Dê-lhe dinheiro e deixe-a sair da vida da minha sobrinha.
— Boa tarde, como você está se sentindo?
Ela se preocupa com a minha saúde?
— Obrigado, estou bastante saudável.
— Estou feliz. Desculpe, mas vou me abster de me comunicar com você. Você acabou de pegar um resfriado e eu tenho filhos, então... Tudo de bom.
E ela começa a andar, se afastando de mim!