Episódio 24

1100 Words
— Eu não quero. — Isso é ótimo. Quanto ao casamento, vamos pensar juntos. Não é uma má ideia. Você é atraente… — Eu sou muito atraente. Ela suspira convulsivamente. — Você já disse isso... — Sim e, você disse que o seu marido é um bruxo... — Não importa. Então pense no casamento, Anástacia. E... não brinque comigo. Sou um cara adulto e experiente. E pessoas como você quebram como loucas. Eu levanto. Jogo uma nota de cinco mil na mesa. Eu penso e adiciono mais algumas. Ela olha para cima. Pedimos uma xícara de café, que eu já estou pagando. — Isso não é para você, Anástacia, é para aqueles que você contratou para armar para mim. Eu sussurro no ouvido dela. — É para o café. Ilona se levanta e me pega desafiadoramente pelo cotovelo. — Prazer em conhecê-la, Anástacia. É uma maravilha por que Felix escondeu você, você é tão... incomum. Anastácia está pronta para incinerar Ilona. Eu a entendo. Às vezes eu também tenho essa vontade. Afogar ela num barril de caviar preto. — Até mais, Anástacia. — Não. Não vou ver você. Eu não quero que ver você nunca mais. — Infelizmente, agora sou inevitável. Como o crescimento do dólar. Conversaremos amanhã. Ilona e eu saimos. Caminhamos ao longo do caminho. Viro-me e vejo os mesmos uniformizados aproximando-se do café. — Ingenua! — Escute, ela estava mesmo com Felix? — Você também está surpresa? — Bem, sim… — Sem “bem”, Ilona, ​​​​sem “bem”... Sim. Anástacia... agora terei que lhe oferecer não dez milhões, mas cinco. E... o que ela disse sobre o seu marido? Ela realmente tem marido? Talvez valha a pena colocar Paulo mais próximo dela, com mais emoção. ANÁSTACIA Estou tremendo toda. — Estúp*ida, simplesmente estúp*ida! Por que decidi que com alguém como esse Romeu Vishnevsky tudo seria muito fácil? Vladimir Vladimirovich está sentado na minha cozinha, tomando café já frio, também insatisfeito, lamentando. — Sim, Anástacia, eu também achei... Mas eu tinha certeza que tudo ficaria bem! Eu não percebi que isso... acabaria sendo tão profundo que ele ainda... se esquivaria. — A culpa é minha, Vladimir Vladimirovich... — Apenas me ligue, Anástacia... — Eu me sinto desconfortável. — Não fique, não foi culpa sua. Fico em silêncio sobre o fato de ter cancelado dois alunos hoje e três mil rublos terem passado por mim. Vladimir não precisa saber disso. Ele realmente queria ajudar. Olho para ele e me lembro do meu casamento com Leo. Não havia nada de pomposo, claro, mas havia um restaurante, um lindo vestido e um brinde. O amigo de Leo ofereceu o brinde, ele é Vladimir Vladimirovich Utin. Sim. Esse é o nome dele. E muitas pessoas perguntam como ele consegue sobreviver com o nome e um sobrenome assim. Mas, ele sempre tem uma resposta. — A vida é boa. Sou, por assim dizer, um dos simples. Policial. Como gostam de dizer aqui. E com esse nome, por incrível que pareça, tanto o meu próprio povo quanto... estranhos me temem. Ofender Vladimir Vladimirovich Utin, você sabe, não é engraçado. Ele é um homem alegre, simples, de ação e de palavras. Se ele se comprometeu a ajudar, então ele ajudará. Mas, como sempre, tenho vergonha de perguntar. É por isso que não conto nada sobre Gena e o fato de ele ter pegado o meu dinheiro. Seria inconveniente. Estranho. Acontece que me casei com Gena seis meses depois da morte de Leo. Eu tinha certeza de que os seus amigos não me entenderiam. Não porque eu tenha que sofrer e lembrar pelo resto da vida, mas... pelo menos por um ano? Deus… Preparo uma nova porção de café para Vladimir e penso. Tenho apenas trinta e dois. Quantos erros já cometi na vida? Um monte. Infelizmente, muitos. E como esquecer? Despejo o café em xícaras e coloco sobre a mesa. Eu adiciono leite e açúcar. Tiro um novo lote de biscoitos. Maria e eu mesma fazemos, caseiros, sai mais barato do que comprar, e enquanto estamos ocupados na cozinha temos tempo para conversar muito. — Wow, delicioso! Lembro-me da minha mãe assando isso. Rolando a massa num moedor de carne. — Sim, e nós também... — Anástacia, vamos, sente-se e me diga como você se envolveu com um tipo de homem assim? — Que tipo de homem? — Do tipo que oligarcas, que compram filhos de você? — Não sei… Quero chorar, mas entendo que não posso. Não faz sentido colocar Vladimir numa posição incómoda. Ele começará a ficar nervoso, e não posso fazer ele se sentir assim novamente. Ontem, quando liguei para ele, não expliquei nada. Eu disse que Alice era filha do irmão do Romeu Vishnevsky e que ele estava me oferecendo um negócio lucrativo. E eu não sabia o que fazer. Foi ele quem já informou que, de fato, por tal proposta, de acordo com a lei, ele poderia ser gravemente punido. E como Romeu, pelo que ele sugeriu poderia ser preso em flagrante. E que ele me ajudaria. Eu concordei! E eu achei que caria fácil assim? — Como você conseguiu ter um filho com esse irmão do Vishnevsky? E onde está o seu marido? Ele deixou você? — Não fui eu. — O que? O que você quer dizer com isso? — Ela não é minha filha. Tenho muito medo de contar a alguém sobre isso. A verdade. Poucas pessoas sabem que Alice não é minha. Apenas quem sabe. Eu, Maria, meu ainda não ex-marido, Gennady, e... na verdade, os meus pais. Ou melhor, minha mãe. A minha filha mais velha, Anastasia Lvovna Romanova. Ela é a mãe da Alice. — Então... Bem, agora que você me diz isso? Ele solta um grunhindo meio como um velho, embora ainda não seja velho, tem uns cinquenta anos, esfrega o rosto com as mãos. — Sim. É hora de beber algo mais forte que o seu café. — Eu tenho conhaque, você gostaria de um pouco? — Sempre quero conhaque, mas nem sempre posso beber. Eu ainda tenho que ir para casa. — Sim, desculpe, esqueci. — Anástacia, vamos, fale as claras. Diga-nos o que e como. Como você conseguiu se envolver nisso tudo? Como você e Anástacia fizeram isso? E onde ela está se ela é a mãe? — Ela não anda por aí, ela... — O que? Ela realmente morreu? Ele parece chocado, mas não caio em mim imediatamente. — Não! Ela está viva. Estudos… ‎ ‌​​​‌‌ ​‌‌​‌​‌​ ​​
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