Episódio 12

1239 Words
— Pare de me assustar, seu maluco moral! Vamos! Corra! Reclame! Leve-me ao tribunal novamente! Lembre-se, bastardo, que também tenho algo a responder! Deixe-me escrever um relatório contra você por drenar trezentos mil da minha conta? Ou vou forçá-lo a me dar o carro novo pelo qual estou pagando? — Você ficou mais ousada? Romanova? Não grite! Você esqueceu que, na verdade não tem direitos, nem sobre uma filha, nem sobre a segunda, e principalmente sobre... — Cale-se! Cale a boca, seu bastardo... Eu literalmente voo para cima dele com os punhos, esquecendo que há um carrinho com Alice por perto. Gena rapidamente agarra as minhas mãos, literalmente torcendo-as. — Você ficou mais ousada, va*dia? Neste momento sinto um grande medo, porque não esperava isso dele. E no mesmo momento sinto que estou livre. Alguma força desconhecida afasta Gena de mim. Ah, não, não é nada desconhecido. Muito familiar. — Eh, o que você está fazendo? Você está completamente louco? O primeiro ataca o meu defensor aleatório, mas, A sua mão é imediatamente torcida nas costas. — Jovem, você não foi ensinado que não deveria falar assim com garotas? — Ouça, deixe-me ir! Ela não é uma menina, ela é minha esposa! — Ah, esposa! Ele olha para mim, como se avaliasse a informação, depois se inclina para Gena. — Especialmente! Se ela é sua esposa, meu querido, você deve falar ainda mais educadamente com ela. Entendido? — Deixe-me ir, escute! Vou chamar a polícia. — Você quer deixar ele ir? Me fazem uma pergunta, mas não sei o que responder. Eu me sinto desconfortável. Hoje esse defensor está aqui, e amanhã... E amanhã Gena pode fazer ainda pior. Eu não pode deixá-lo com mais raiva ainda. Até eu descobrir o que fazer com isso. Ou não encontrarei um advogado normal e barato que me explique com o que posso fazer. Na verdade, fui a uma consulta gratuita. E procurei na Internet. Eles me responderam um tanto vagamente sobre o dinheiro que Gena retirou da minha conta. O advogado do escritório escondeu os olhos, explicando que o dinheiro é meu, mas somos uma família, e, em geral... Mas se estou pronta para dividir metade com o escritório gratuito deles, então puramente teoricamente... Eu não estava muito pronta. Porque eles queriam o dinheiro na hora, mas quer o meu marido me reembolsasse ou não, eu teria que pagar eles. Talvez ele estivesse errado e tudo isso estivesse errado, mas... Infelizmente, não havia bons advogados entre os meus amigos. Percebi que provavelmente é mais fácil esquecer o dinheiro. Mas o resto, tudo relacionado à tutela... Em geral, é melhor não provocar Gennady por enquanto. — Deixe ele ir, por favor. Deixe ele ir. — Entendi, beleza, vai ser feito! O defensor libera Gena e, com muito “sucesso”, ele cai numa poça de lama. A neve recém-caída, que eles conseguiram borrifar com reagentes, derreteu. — Ei você! Romeu quer dizer alguma coisa, mas vê à sua frente um homem imponente, de cabelo curto, com um casaco bom e caro. — É assustador ser rude com alguém assim. Ela não é quase sua ex-mulher, mais baixa que você e quarenta quilos mais leve! Isto deve ser levado em conta. Ele diz. E ele não vai receber uma resposta! Porque Gena, não se importa. — OK. Ouça... Isto é para mim. — Seja mais educado com a senhora, ou não entendeu alguma coisa? Gena dá de ombros e ri. — Vamos conversar de novo. Ele sussurra para si mesmo e sai, tentando evitar o homem de casaco. Estou em silêncio. Envergonhada. O defensor me olha com interesse. Mas não como se eu fosse um macaco no circo. — Obrigado por isso. — Ele é realmente seu marido? — Marido. Só moramos juntos e isso já tem muito tempo. Decido esclarecer para não queimar de vergonha. — Por que você não se divorcia? Ele aperta os olhos, curioso. Gostaria de responder que isso não lhe diz respeito, mas ele está à minha frente. — Desculpe, entendo que isso não é da minha conta. — Não posso me divorciar. Existem razões. — Crianças? — E as crianças também. As crianças vêm em primeiro lugar, mas... o primeiro defensor que você encontrar não precisa saber disso. — Paulo. — Anastácia. Ele sorri, satisfeito. E estou surpresa comigo mesmo. Não disse o nome ao seu lindo chefe de casaco. E para ele, eu disse. Ou ele não é o chefe? Embora Paulo pareça suspeito... bem, não é um segurança e nem um guarda-costas. Então, o que ele é? Ele parece uma assistente pessoal, digamos assim. Ou o chefe do serviço de segurança. Nós sorrimos, é surpreendentemente fácil estar com ele imediatamente. Talvez porque ele me salvou de um feiticeiro malvado? Bem, isto é, meu ex-marido. Ainda não posso pedir o divórcio. Porque… Porque não sou mãe da Alice. E eu sou responsável por ela. — Você está sozinho hoje, sem patrão? Ele levanta as sobrancelhas e os cantos dos lábios. O que significa que adivinhei qie o outro, é realmente o chefe. — O meu patrão está com febre. — Uau! Ele estava no parque ontem, talvez tenha pegado muita friagem? — O seu chefe precisa se vestir com roupa mais quentes. — Isso é certeza. Por que você está brava com ele? — EU? — Bom, ele pareceu te cumprimentar, mas você nem respondeu? — Por que eu deveria responder? Nós não nos conhecemos. — Bem, talvez ele quisesse... conhecer? — Por que ele queria me conhecer? Vocês são engraçados... Por alguma razão esta conversa me parece muito estranha. E não por algum motivo... Não é uma situação muito clara. Briguei com um estranho no quintal, por um susto ele resolveu me dar dinheiro, eu recusei, aí ele procurou-me de novo, se apresentou, claramente na esperança de me conhecer. E isso não ficou muito claro para mim. Não, em geral, me olho no espelho e admito que ainda sou uma mulher muito bonita. Mas esse Romeu de casaco claramente não conhece e se comunica com pessoas como eu. E também não entendo por que ele iria querer me conhecer. De alguma forma, não acredito na paixão repentina do príncipe e da plebeia. Não sou mais uma menina e não tenho tempo para contos de fadas. E eu basicamente esqueci dele. Você nunca encontra um príncipe no quintal? Essas histórias não acontecem? O que ele estava fazendo ali no parque, com um casaco fino? Obviamente ele estava congelado? E agora, ficou doente... Talvez ele precise de uma enfermeira? Bem, isso não é da minha conta. Agora esse homem, do nada, diz que o seu chefe, ao que parece, Romeu, queria me conhecer... E o que esse Paulo está fazendo aqui, afinal? De alguma forma, há muitas perguntas. — Anastácia, que filmes você gosta? — O que? — Bom... queria te convidar para ir ao cinema. — Eu — Sim, você, o que há de estranho nisso? Você é uma garota bonita, muito mesmo. — Com dois filhos. Isso não te incomoda? — Bem… Não posso deixar de rir, é o “bem-ooh” dele... Em geral, ele era muito simpática e interessante. Algum tipo de... confiável ou o quê? Achei que qualquer garota ficaria feliz em ter um homem assim ao seu lado. Que não hesitará, em estar com ele, e até lhe dará a oportunidade de decidir o que fazer com ele a seguir.
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