— Pare de me assustar, seu maluco moral! Vamos! Corra! Reclame! Leve-me ao tribunal novamente! Lembre-se, bastardo, que também tenho algo a responder! Deixe-me escrever um relatório contra você por drenar trezentos mil da minha conta? Ou vou forçá-lo a me dar o carro novo pelo qual estou pagando?
— Você ficou mais ousada? Romanova? Não grite! Você esqueceu que, na verdade não tem direitos, nem sobre uma filha, nem sobre a segunda, e principalmente sobre...
— Cale-se! Cale a boca, seu bastardo...
Eu literalmente voo para cima dele com os punhos, esquecendo que há um carrinho com Alice por perto.
Gena rapidamente agarra as minhas mãos, literalmente torcendo-as.
— Você ficou mais ousada, va*dia?
Neste momento sinto um grande medo, porque não esperava isso dele. E no mesmo momento sinto que estou livre.
Alguma força desconhecida afasta Gena de mim.
Ah, não, não é nada desconhecido.
Muito familiar.
— Eh, o que você está fazendo? Você está completamente louco? O primeiro ataca o meu defensor aleatório, mas, A sua mão é imediatamente torcida nas costas.
— Jovem, você não foi ensinado que não deveria falar assim com garotas?
— Ouça, deixe-me ir! Ela não é uma menina, ela é minha esposa!
— Ah, esposa! Ele olha para mim, como se avaliasse a informação, depois se inclina para Gena. — Especialmente! Se ela é sua esposa, meu querido, você deve falar ainda mais educadamente com ela. Entendido?
— Deixe-me ir, escute! Vou chamar a polícia.
— Você quer deixar ele ir? Me fazem uma pergunta, mas não sei o que responder.
Eu me sinto desconfortável. Hoje esse defensor está aqui, e amanhã...
E amanhã Gena pode fazer ainda pior. Eu não pode deixá-lo com mais raiva ainda.
Até eu descobrir o que fazer com isso. Ou não encontrarei um advogado normal e barato que me explique com o que posso fazer.
Na verdade, fui a uma consulta gratuita. E procurei na Internet.
Eles me responderam um tanto vagamente sobre o dinheiro que Gena retirou da minha conta.
O advogado do escritório escondeu os olhos, explicando que o dinheiro é meu, mas somos uma família, e, em geral... Mas se estou pronta para dividir metade com o escritório gratuito deles, então puramente teoricamente...
Eu não estava muito pronta. Porque eles queriam o dinheiro na hora, mas quer o meu marido me reembolsasse ou não, eu teria que pagar eles.
Talvez ele estivesse errado e tudo isso estivesse errado, mas...
Infelizmente, não havia bons advogados entre os meus amigos.
Percebi que provavelmente é mais fácil esquecer o dinheiro.
Mas o resto, tudo relacionado à tutela...
Em geral, é melhor não provocar Gennady por enquanto.
— Deixe ele ir, por favor. Deixe ele ir.
— Entendi, beleza, vai ser feito!
O defensor libera Gena e, com muito “sucesso”, ele cai numa poça de lama. A neve recém-caída, que eles conseguiram borrifar com reagentes, derreteu.
— Ei você!
Romeu quer dizer alguma coisa, mas vê à sua frente um homem imponente, de cabelo curto, com um casaco bom e caro.
— É assustador ser rude com alguém assim. Ela não é quase sua ex-mulher, mais baixa que você e quarenta quilos mais leve!
Isto deve ser levado em conta. Ele diz.
E ele não vai receber uma resposta! Porque Gena, não se importa.
— OK. Ouça... Isto é para mim.
— Seja mais educado com a senhora, ou não entendeu alguma coisa?
Gena dá de ombros e ri.
— Vamos conversar de novo. Ele sussurra para si mesmo e sai, tentando evitar o homem de casaco.
Estou em silêncio. Envergonhada.
O defensor me olha com interesse. Mas não como se eu fosse um macaco no circo. — Obrigado por isso.
— Ele é realmente seu marido?
— Marido. Só moramos juntos e isso já tem muito tempo. Decido esclarecer para não queimar de vergonha.
— Por que você não se divorcia? Ele aperta os olhos, curioso. Gostaria de responder que isso não lhe diz respeito, mas ele está à minha frente. — Desculpe, entendo que isso não é da minha conta.
— Não posso me divorciar. Existem razões.
— Crianças?
— E as crianças também.
As crianças vêm em primeiro lugar, mas... o primeiro defensor que você encontrar não precisa saber disso.
— Paulo.
— Anastácia.
Ele sorri, satisfeito.
E estou surpresa comigo mesmo. Não disse o nome ao seu lindo chefe de casaco. E para ele, eu disse.
Ou ele não é o chefe? Embora Paulo pareça suspeito... bem, não é um segurança e nem um guarda-costas. Então, o que ele é?
Ele parece uma assistente pessoal, digamos assim. Ou o chefe do serviço de segurança.
Nós sorrimos, é surpreendentemente fácil estar com ele imediatamente. Talvez porque ele me salvou de um feiticeiro malvado?
Bem, isto é, meu ex-marido.
Ainda não posso pedir o divórcio. Porque…
Porque não sou mãe da Alice. E eu sou responsável por ela.
— Você está sozinho hoje, sem patrão?
Ele levanta as sobrancelhas e os cantos dos lábios. O que significa que adivinhei qie o outro, é realmente o chefe.
— O meu patrão está com febre.
— Uau! Ele estava no parque ontem, talvez tenha pegado muita friagem?
— O seu chefe precisa se vestir com roupa mais quentes.
— Isso é certeza. Por que você está brava com ele?
— EU?
— Bom, ele pareceu te cumprimentar, mas você nem respondeu?
— Por que eu deveria responder? Nós não nos conhecemos.
— Bem, talvez ele quisesse... conhecer?
— Por que ele queria me conhecer? Vocês são engraçados...
Por alguma razão esta conversa me parece muito estranha. E não por algum motivo... Não é uma situação muito clara.
Briguei com um estranho no quintal, por um susto ele resolveu me dar dinheiro, eu recusei, aí ele procurou-me de novo, se apresentou, claramente na esperança de me conhecer. E isso não ficou muito claro para mim.
Não, em geral, me olho no espelho e admito que ainda sou uma mulher muito bonita. Mas esse Romeu de casaco claramente não conhece e se comunica com pessoas como eu. E também não entendo por que ele iria querer me conhecer.
De alguma forma, não acredito na paixão repentina do príncipe e da plebeia.
Não sou mais uma menina e não tenho tempo para contos de fadas.
E eu basicamente esqueci dele. Você nunca encontra um príncipe no quintal? Essas histórias não acontecem?
O que ele estava fazendo ali no parque, com um casaco fino? Obviamente ele estava congelado? E agora, ficou doente...
Talvez ele precise de uma enfermeira? Bem, isso não é da minha conta.
Agora esse homem, do nada, diz que o seu chefe, ao que parece, Romeu, queria me conhecer...
E o que esse Paulo está fazendo aqui, afinal?
De alguma forma, há muitas perguntas.
— Anastácia, que filmes você gosta?
— O que?
— Bom... queria te convidar para ir ao cinema.
— Eu
— Sim, você, o que há de estranho nisso? Você é uma garota bonita, muito mesmo.
— Com dois filhos. Isso não te incomoda?
— Bem…
Não posso deixar de rir, é o “bem-ooh” dele...
Em geral, ele era muito simpática e interessante. Algum tipo de... confiável ou o quê? Achei que qualquer garota ficaria feliz em ter um homem assim ao seu lado. Que não hesitará, em estar com ele, e até lhe dará a oportunidade de decidir o que fazer com ele a seguir.