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Tão forte e tão perto

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Auroria é uma mulher forte, independente, guardiã de um dos 15 reinos, que teve que foi obrigada, por seu Capitão, a tomar o lugar de sua nobre princesa, como prisioneira do reino de Dominic para que seu povo desse território descontasse toda a raiva e o ódio adquirido pelo monstro do rei Eliel de Astúrias, pai da princesa Vitória. Nenhuma de suas tentativas de desfazer a usurpação forçada foi ouvida por qualquer pessoa e Aurória já não tinha mais esperanças de se ver livre de todos os ataques e vingança do povo, até que, um enganoso e possível casamento arranjado entre o reino de Antares e de Dominic faz com que a princesa escondida e Aurória cruzem seus caminhos novamente. Durante todo esse tempo, o regente Damien tem que lutar entre se vingar e rejeitar o sentimento, que a cada dia cresce mais, que nasce pela prisioneira.

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O que é isso?
Por quê toda essa movimentação aqui na cidade? E o que de tão importante o rei tem para falar com a gente? - Já não consigo esconder a minha impaciência me dirigindo ao soldado que caminha a passos largos do meu lado e cuspindo as boas novas. O rei não é um homem maleável, sempre tem o que quer e na hora que quer e para a minha desgraça, ele acaba de convocar a todos nós, aliás, todo o grupo de soldados. Aqui não tem muitas mulheres, mas as poucas que tem não conseguem ser rebaixadas à nenhuma benfeitoria de um homem, são guerreiras dedicadas e amam o que fazem. Meu nome é Aurória e tenho 20 anos, não faz muito tempo que faço parte dessa legião, mas os considero cada m****o como um da minha família, alguns mais do que outros, mas fazer o quê, as coisas nunca são perfeitas mesmo. São 3000 soldados no total, que tem a responsabilidade de proteger todo o reino de Astúrias e os territórios conquistados. A partir disso, somos divididos em grupos menores, com 50 soldados, e ainda, subdivididos em guarnições, cada um dentro de sua área delimitada dentro do Condado. O nosso grupo fica na cidade sede, onde a família real desempenha seus compromissos. Fazemos parte do oitavo reino num total de quinze. Cada um deve lealdade a seu rei e apenas a ele. Aqui, no reinado de Astúrias, servimos ao rei Eliel, um governador nada amigável, que trata a mãos de ferro, seus inimigos e por vezes até mesmo seus amigos. Não tem piedade, tortura por prazer e se delicia com o sofrimento alheio. Aqui, dentro de minha guarnição, somos responsáveis por fazer a guarda dos bairros que rodeiam o palácio, da nobreza que vivem mais próximos daqui e dos prisioneiros que tem sua amarga estadia nas masmorras do Palácio. Eu ainda, fora essa atribuição, fui designada para fazer a segurança particular da princesa Vitória. Ela é uma moça linda, muito linda na verdade, de estatura mediana, 1, 63m aproximadamente, perfeitamente magra em seus 52kg divinamente acondicionados em seus magníficos vestidos rodados. Seu cabelo é num tom loiro, bem clarinhos, ondulados e caem por suas costas até aproximadamente o começo do quadril. Quando caminha, aparenta flutuar, Vitória é realmente linda. Em certos momentos se empenha em ter o comportamento de seu pai, castigando os serviçais do palácio, ofendendo demasiadamente, ordenando que os prisioneiros sejam chicoteados, mas em outro, se comporta como sua mãe, a rainha Anne, alimentando os mais necessitados quando decide por caminhar pelo Condado ou ceder-lhe algumas moedas. Me lembro de ter ouvido falar sobre a rainha Anne em algumas ocasiões, uma mulher extremamente linda, determinada, cordial, gentil...que infelizmente morreu oferecendo sua vida para que sua filha pudesse desfrutar os ares deste mundo. Minha avó, a quem cuida de mim todos os dias porque não tive a oportunidade de conhecer meus pais, sempre me diz que sou muito parecida com a princesa Vitória e que o próprio rei concordaria se tivesse a oportunidade de colocar seus olhos sobre mim. Nosso uniforme de guerreiro é extremamente discreto, até demais, chega a ser muito conservador, pois não permite que os civis consigam identificar nossos rostos, eles ficam quase todo encobertos, apenas nosso olhos ficam a mostra e por isso, muitas pessoas não tiveram a oportunidade de confirmar o que minha avó diz, nem mesmo o rei. Por ser uma das guerreiras que fazem a segurança da princesa, ela é uma das poucas pessoas que conhecem minha fisionomia e concorda plenamente com nossa semelhança, já até chegou a dizer que poderíamos trocar de papéis se fosse necessário. Sempre achei graça dessa sua ideia, para uma pessoa extremamente inteligente como a princesa, as vezes apresenta uma genuína inocência. Fui criada com minhas duas primas, Valentina e Beatrice. Amamos tanto uma a outra que decidimos nos apresentar à guarnição juntas. Elas nunca tiveram realmente o sonho de crescer no meio desses homens, mas para me apoiar, caíram de cabeça e agora nossa cumplicidade não se resume apenas ao ambiente familiar. Ao contrário de mim, elas tem cabelos encaracolados e ruivos até a cintura, mas sempre andam com eles amarrados com r**o de cavalo e rodeado em sinal de coque. Agora estamos na praça principal do Condado, a postos e só observando a apresentação destes novos prisioneiro, porém a atenção recai apenas a um - É o regente Damien...é o burburinho que ressoa por toda a praça. No meio de todas aquelas pessoas com aparência m*l trapilha, com os rostos manchados pelas lágrimas secas, com o olhar triste, amedrontado e desesperado se via uma figura imponente, que não abaixava a guarda e cravava passos fortes e largos a frente de todo o povo. Sem dúvidas este era o famoso regente Damien. Em todos os reinos se comenta que o tal homem que se n**a a demonstrar submissão bem a minha frente foi simplesmente aclamado pelo povo como governador do reino de Dominic depois que o rei e rainha faleceram em uma emboscada enquanto viajam a serviço do reino. Seus olhos são negros, o que acentua a expressão de raiva e ele não muda um único músculo de sua face em nenhum momento. Seus também cabelos negros, agora todo bagunçado, não afasta a sua bela imagem em nenhum milímetro. Aparente estar na casa dos 30 anos e sua pele bronzeada, apesar de musculosa, ávida, atraente, não carrega marcas de combate como a maioria dos líderes dos reinados. Toda a nobreza de Dominic, assim como seu mais humilde m****o do povo estão à frente do rei Eliel e toda a alta classe do reinado de Astúrias neste momento, para serem apresentados como troféu de guerra. Rei Eliel - Povo de Dominic, olhem ao seu redor, vocês agora são meus prisioneiros e tudo isso apenas por culpa própria, porque escolheram um governador fraco, que não é sangue azul, que não faz parte da realeza, sem receber os mais altos ensinamentos e conselhos para poder governar a pulso firme O rei desfere suas palavras de humilhação e vejo o homem, o prisioneiro, se enrijecer em corpo. Acredito sim que, se ele pudesse, nesse exato momento, rei Eliel estaria cortado ao meio. Seus olhos passeiam pela multidão...e param sobre a figura delicada da princesa Vitória que está ao meu lado, juntamente com sua ama, a senhora Nira. A compaixão lhe fugiu, a empatia lhe deu adeus, o amor e compreensão também, ali só restou o ódio, o simples e puro ódio, mas ele deveria se lembrar, ele tem que se lembrar..."Você ainda é o regente e o povo será salvo por suas mãos"

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