Nervoso

1192 Words
Henry Montanari Eu estou ficando muito nervoso, com a insistência da minha noiva Vivian, estamos vivendo tranquilamente do jeito que estamos, mas ela insiste em querer casar. Não sei se eu estou preparado para dividir a minha casa e minha vida com alguém, principalmente com ela que tem me irritado demais nos últimos dias. - Vivian eu estou de saco cheio dessa sua insistência, eu vou trabalhar que eu ganho mais. – eu falo nervoso. - Você sempre foge de mim, quando eu te cobro o casamento. Porque Henry? – ela fala me olhando com cara de choro. - Eu já te falei que estamos vivendo bem, da forma em que estamos. Porque complicar?! – eu falo tentando me acalmar, para não brigar novamente com ela. - Quer dizer que eu só complico a sua vida?! - ela fala chorando. Eu respiro fundo e caminho em direção a porta da casa dela. A Vivian me olha com cara de choro e indignação. - Eu prefiro ir embora, do que ficar aqui e continuarmos discutindo. – eu falo quase chegando na porta, mas ela segura o meu braço. - Porque você me pediu em noivado, se não tinha a intensão de se casar? - ela fala me olhando e chorando. Eu olho para ela indignado, mas ao mesmo tempo pensativo. Eu realmente não sei o porquê cedi aos desejos dela. - Eu não disse que nunca vou casar, só acho que agora não é o momento certo. - eu falo olhando para ela. Ela não me olha nos olhos e abaixa a cabeça chorando. - Você nunca me amou nem um pouquinho neh Henry?! Você nunca esqueceu ela. - ela fala agora me olhando aos prantos. Eu olho para ela franzindo o cenho, estou confuso, eu não estou entendo o que ela está querendo dizer. - Não faça essa cara… você nunca esqueceu a Chloe. - ela fala me olhando fixo. Eu fico olhando para ela sério e ela continua me encarando seria também. - De onde você tirou isso Vívian?! - eu falo sem tirar os olhos dela. - Você é um bobo mesmo… ela não pensou duas vezes em te deixar para traz... - ela fala autoritária. Eu olho para ela sério, ela está me irritando novamente, está me deixando mais nervoso. - Já se passaram cinco anos Henry e você ainda ama ela. - ela fala me olhando com convicção. Eu fico muito mais nervoso, olho para ela furioso. Passo as mãos entre os meus cabelos, na tentativa de me acalmar. A Vívian tenta se aproximar de mim, ela coloca a mão no meu braço e eu puxo o meu braço com força para traz. - Henry… eu sin… - ela começa a falar com cara de piedade, mas eu a interrompo. - Você nunca mais repita isso. - eu falo com sangue nos olhos, apertando o braço dela com força. Eu realmente nunca esqueci da Chloe, mas eu não quero saber da Chloe. Eu também nunca a perdoei, por ter ido embora sem mais, nem menos. - Você está… me… machucando… - ela fala com os olhos cheios de lágrimas. - Eu não quero nem saber da Chloe. - eu falo soltando o braço dela e me virando para sair. - Não vai… - ela fala chorosa. - Eu preciso de um tempo Vívian. - eu falo ainda de costas para ela. - Não me deixa Henry. - ela fala novamente chorando. Eu me viro de frente para ela, ainda estou muito nervoso. - Eu estou cansado dessas brigas fúteis. Eu quero um tempo Vívian. - eu falo olhando para ela, com certeza. Caminho até a porta e saio da casa da Vívian transtornado. Eu não sei o que está acontecendo comigo ultimamente, eu não paro de pensar na Chloe. Eu me obriguei a esquecê-la e nunca mais quis saber dela, mas de uns dias para cá, me peguei pensando nela várias vezes. Ela me magoou demais, eu nunca vou perdoa-lá por ter ido embora sem falar comigo, principalmente por não ter se despedido. Nós éramos melhores amigos, não nos desgrudávamos, eu sempre dava um jeito de ficar perto dela, contávamos tudo um para o outro, mas ela não pensou em mim quando escolheu estudar fora. Eu estou muito nervoso, eu preciso me controlar e me acalmar. Dirigo feito um louco, sem rumo e muito pensativo. Não posso ser fraco, não posso deixar ninguém tomar conta dos meus pensamentos e sentimentos novamente. Desde que a Chloe foi embora, eu jurei a mim mesmo que nunca mais deixaria ninguém entrar em meu coração. Eu a protegia, dava carinho e cuidava dela, mas ela nem se importou com isso, quando pensou em se mudar para outro país. Eu amei ela e ela me deixou sem dizer nada, ela não pensou se quer, em como eu ficaria. Freio o meu carro bruscamente, dou um soco forte no volante do carro, tento espantar esses pensamentos de mim. - Não… não quero mais… nunca mais, pensar em você Chloe de Santis. - eu falo alto comigo mesmo. Eu fico um tempo parado tentando me recompor, colocando os meus pensamentos em ordem e focando no meu real objetivo. Depois sigo dirigindo até o galpão do Don Carlos. Eu comecei a trabalhar para ele, desde que o meu pai faleceu. Meu pai morreu logo após a partida repentina da Chloe. Já faz cinco anos que eu me tornei um homem sem sentimentos e buscando por justiça. Eu quis me aproximar do Don Carlos e dos assuntos da máfia, para poder descobrir o que realmente aconteceu com o meu pai, pois eu achei a morte dele muito suspeita. Nestes cinco anos eu tenho buscado informações, meio escondido para não levantar suspeitas, mas até agora eu não consegui nada de concreto. Eu chego rápido no galpão, estaciono o meu carro e entro, logo avisto o Adrian meio atrapalhado com alguns papéis. - Ainda bem que você chegou. - o Adrian fala quando me vê entrando na sua sala. - O que está acontecendo aqui? - eu pergunto para ele. - O meu pai quer me enlouquecer. Ele quer que eu deixe, todos esses contratos prontos, antes de irmos viajar, daqui duas semanas. - ele fala mexendo nos documentos. Eu olho para ele confuso, para onde os dois irão em duas semanas, eu não estou me recordando de nenhum evento importante da máfia. - Você irão tirar férias? - eu pergunto olhando para ele com um sorriso no rosto. Ele solta os papéis e me olha sério, o seu olhar também está um pouco distante, ele respira fundo e continua me olhando fixo. - É a formatura da Chloe. - ele me responde com um pouco de receio. O meu sorriso se desfaz no mesmo instante, eu fecho a cara e olho serio para ele. Eu pedi para o Adrian, nunca mais me contar nada sobre a Chloe. - Eu te ajudo com esses papais. - eu falo disfarçando e pegando os papéis de cima da mesa dele. Eu percebo que o Adrian fica me olhando por um tempo, mas ele não fala nada e nem me pergunta nada.
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