Minha Protegida (Máfia)

França

Chloe de Santis

Eu estou no meu apartamento, deitada em minha cama olhando para o teto. Estou pensando em como a minha vida é maravilhosa aqui na França.

Não tenho dores de cabeça, não tenho que ficar me escondendo de ninguém e não tenho homens para pegar no meu.

Somente os seguranças do meu pai que me acompanham sempre, mas eles ficam longe, então eu me acostumei.

Saber que daqui duas semanas eu vou precisar voltar para a Itália, não me deixa feliz. Eu gosto muito de lá, gosto de ter a minha família por perto, mas eu não quero reviver o meu passado.

Eu não quero ficar trancada em casa, não quero a super proteção do meu pai e do meu irmão em cima de mim, principalmente não quero me encontrar com o Henry.

Embora já tenha se passado cinco anos desde o dia, que eu vi ele beijando a Vívian, eu nunca me esqueci dele.

O Henry nunca me deu esperanças, mas eu fui uma tola e achei que ele pudesse gostar de mim. Ele vivia brigando com os rapaz que se aproximavam de mim e isso me fez acreditar que ele tinha sentimentos por mim.

Nesses cinco anos eu não quis saber dele, não quis saber como ele está e nem se ele está namorando ou casado.

- Aiii… eu não quero voltar para a Itália… - eu falo colocando um travesseiro, em cima do meu rosto.

- Que drama é esse? - minha melhor amiga Mia, entra no meu quarto.

Eu olho para ela com cara de choro, eu queria tanto convencer o meu pai de me deixar morar, para sempre aqui na França.

- De novo essa história de não querer voltar para a sua casa?! - a Mia fala me olhando com cara de tédio.

- E você está cansada de saber os meus motivos. - eu falo fazendo careta para ela.

- Chloe, já se passaram cinco anos, nada será mais o mesmo. - a Mia me olha seria e eu fico pensativa.

Ela tem razão, as coisas devem estar todas diferentes. O meu pai não deve ser mais aquele homem durão de antes, agora eu sou uma mulher feita.

Bom, o meu irmão eu sei que mudou bastante, ele sempre vem me visitar e fica uns dias aqui comigo.

O Adrian está mais tranquilo em relação a minha proteção, mas ele se tornou um homem sério e só pensa em trabalho.

Já o papai, veio me visitar somente duas vezes, ele diz que não pode deixar a Itália, senão as coisas desandam.

Eu sei que ele só não vinha me visitar, porque ele odeia viajar de avião, mas ele me liga por chamada de vídeo, umas três vezes por dia.

O papai não me parece ter mudado muito, mas agora eu sou uma mulher e ele não pode mais mandar em mim.

- Eu não tenho outro escolha. Eu preciso voltar para a Itália, o papai já está me lembrando do nosso acordo. - eu falo olhando para a Mia.

- Isso mesmo, agora vamos aproveitar essas duas semanas, que ainda temos aqui na França, para nos divertirmos muito. - a Mia se levanta da minha cama e começa a bater palminhas.

Sim, eu consegui convencer a Mia, a se mudar comigo para a Itália. Ela não tem uma boa relação com os pais e me disse que quando terminasse a faculdade, ela ia viver viajando, gastando o dinheiro deles.

A Mia me diz que está normal em relação a isso, mas eu conheço a minha amiga e sei que ela está empolgada com essa mudança.

Eu confesso que também estou feliz, ela vai me ajudar bastante nos meus momentos de surtos com o meu pai. Ela consegue me acalmar e me sei que vai me ajudar com assuntos de mulheres.

Eu perdi a minha mãe muito nova e não sei o que é amor materno. Na casa do meu pai tem a Sara, ela é a governanta da casa, ela sempre deu amor e carinho para o Adrian e eu, mas não é a mesma coisa.

- Onde nós vamos? - eu pergunto para a doidinha da minha amiga, que já trouxe um monte de roupas para o meu quarto.

- Vamos naquele barzinho aqui perto, lá sempre tem uns boy pegavel. - a Mia fala me olhando com uma cara de safada.

Essa minha amiga é fogo na roupa, ela adora sair com todos os homens que dão mole para ela. Eu sou diferente, eu ja fiquei com alguns homens, mas da para contar nos dedos, os homens que eu levei para casa.

- Você trate de arrumar um boy lindo, para esquecer de vez aquele seu amigo. - a Mia fala me olhando com deboche.

Eu olho para ela franzindo o cenho, com cara de brava. Ela joga um vestido preto em cima de mim e da risada da minha cara.

- Se solta amiga. - ela fala séria e eu dou risada dela.

Eu preciso aproveitar mesmo, eu não quero ficar pensando no Henry. Eu estava vivendo tranquilamente aqui, sem pensar nele toda hora.

Não sei porque de uns dias para cá, eu não consigo parar de pensar nele. Eu acredito que seja por estar se aproximando, o dia de voltar para a Itália.

Infelizmente lá eu não vou ter como correr, uma hora ou outra, eu irei encontrar com ele e sinceramente, eu não sei o que esperar desse momento.

- Você é maluquinha, mas as vezes, só as vezes…fala algo que presta. - eu falo caçoando da Mia e ela me olha com cara de indignação.

Eu não aguento e começo a sorrir da cara dela e ela cai na gargalhada também. Nós duas nos divertimos muito juntas.

- Será que esse fica bom? - ela pega um vestido vermelho e coloca na frente do corpo dela.

Eu olho e acho lindo, ela tem a pele branquinha e o vestido vermelho dá muito destaque as curvas dela, além de ser bem justo ao corpo.

- Eu acho que vai ficar lindo em você. - eu falo dando um sorriso sincero para ela.

Nós duas continuamos conversando, terminamos de nos arrumar e seguimos até o barzinho. Chegando já demos de cara com dois rapazes muito lindos, eles também ficaram nos olhando.

A Mia e eu sentamos em uma mesa, do lado de dentro do bar, pedimos uma bebida cada uma e começamos a conversar sobre a Itália.

Ela está com dúvidas de lugares para visitar, lojas para gastar, eu nunca vi uma pessoa gostar tanto de gastar.

Embora eu tenha muito dinheiro para gastar e o meu pai tenha me mimado muito, eu não tenho essa vontade toda igual a ela.

Eu gosto de comprar, mas sem exageros claro, já a Mia gasta dizendo que quer acabar com o dinheiro dos pais.

Vê se eu aguento essa maluca?! Kkkk…