compras

1130 Words
Já era noite, Líli permanecia em seu quarto, a cólica havia aumentado um pouco e sua menstruação descido e mesmo assim a imagem de mais cedo não lhe abandonava a mente. — qual será a sensação de tê-lo dentro de mim? Ele é tão grande, bem diferente do Mike — Mike era um paquera que havia tido uns meses atrás e com ele tinha perdido a virgindade. — Lili — ela se assustou ao ouvir a voz dele logo atrás da porta, mas o mandou entrar. — entra Diogo. — como se sente? — com cólica — ela disse manhosa. — lhe trouxe chocolate. — obrigada — ela recebeu a bonita caixa que ele segurava nas mãos, colocou sobre a cama e deu um abraço nele.— estou emotiva demais hoje — ela sussurrou. — é normal, sua mãe também era assim, amanhã se quiser pode ficar em casa, decidi o destino de nossa viagem. — pra onde vamos? — ela questionou depois de morder um dos bombons. — Ceará, lá tem praias lindíssimas. — sim, quero muito conhecer jericoacoara. — sério? Pois é pra lá que vamos — disse ele se fazendo de surpreso. — você sabia, eu já tinha falado isso seu bobo. — eu tenho uma boa memória, amanhã mesmo vou tratar de comprar as passagens e reservar os quartos em um hotel — naquele instante Lili teve uma ideia para tê-lo muito perto ou pelo menos ver um pouco do corpo que tanto havia lhe chamado atenção. — reserva um quarto só. — um quarto só? — sim, sabe o que é, durante o dia a gente curte as praias e durante a noite comemos guloseimas, viramos as noites assistindo séries, podemos fazer até uma festa do pijama, lembra, como eu você e a mamãe fazíamos quando era criança, quero relembrar os velhos tempos — disse ela docemente. — tudo bem, vou reservar um quarto familiar com duas camas, quem diz que já vai fazer dezoito, ainda é uma menina — ele disse cutucando a barriga dela. — amanhã pode me levar pra comprar umas coisas pra viagem. — achei que ia querer ficar em casa. — sim, pela manhã é quando minhas cólicas são mais fortes. — entendo, a tarde te levo no shopping. No dia seguinte como o combinado ele a levou ao shopping, a primeira loja que quis entrar foi uma de moda íntima, ela amava o corpo que tinha e adorava comprar lingeries que realçavam suas curvas, mesmo que ninguém visse, fazia por si mesma, por que se sentia bem. — eu posso esperar lá fora — ele disse um tanto constrangido, ela permaneceu uns instantes calada, mas então se pronunciou. — claro que não, me ajuda a escolher, eu adoro receber opiniões, sempre venho acompanhada da Lívia, mas essa semana ela está bem ocupada e não vai poder me ajudar com isso, então vai ser você mesmo — ele suspirou em rendição então acatou o pedido dela, até então Lili não havia planejado nada, mas algo em sua mente dizia que ela devia tentar aproximá-lo de uma forma diferente da relação que tinham. — olha só, preto é minha cor favorita, fica divino com meu tom de pele — ela disse mostrando um conjunto de renda em que a calcinha era quase inexistente de tão pequena. — não acha que isso é pequeno demais? — tem razão, esse é p, o sutiã não vai me servir, uso m — ela olhou entre as araras e logo encontrou um igual em seu tamanho. — perfeito. — eu não estava falando do tamanho, bem eu estava...quer dizer, Lili é muito pequeno, quase não tem tecido aí e é transparente — ele disse reparando a peça.— você não tem por que usar essas peças. — se está preocupado que eu queira usar isso para algum garoto, não se preocupe, é por mim mesma, eu gosto de peças assim, me sinto linda quando me olho no espelho. — ela disse arrumando a gola da camisa dele, em seguida abriu um botão o deixando mais despojado. — se é assim, ainda sim acho um tanto exagerado, mas já que se sente bem. — escuta Diogo, vermelho ou branco? — ela questionou lhe mostrando dois conjuntos que pareciam ainda mais transparentes que o anterior. — vermelho é demais, branco. — quantos dias vamos ficar lá? — viajamos na terça pela manhã e voltamos domingo. — bem que você podia me dar uma lingerie para cada dia em que vamos ficar viajando — ela disse agarrando o braço dele. — alguma vez te neguei algo? — ela comemorou com uns pulinhos em seguida o deu um abraço e um beijo na bochecha. — também pode ter um biquíni para cada dia de praia — ele riu, então disse. — vai, hoje você pode escolher tudo o que quiser, vou te esperar ali tá — disse ele apontando para um banco que havia dentro da loja. — tudo bem — ela saiu pela loja escolhendo tudo que a agradava e ele ficou sozinho sentado no banco até que uma vendedora se aproximou. — posso ajudar em algo? — não, estou esperando uma pessoa. — enquanto isso deveria escolher algo, deve ter namorada ou esposa para presentear. — na verdade não tenho. — que desperdício — ele sorriu de canto, então seguiu com a conversa, de longe Líli olhou e notou o empenho no dialogo por parte de ambos e como já havia escolhido tudo que queria decidiu interferir ali. — já escolhi tudo que queria — disse ela que sentou ao lado dele e colocou o braço sob seus ombros. — ótimo, leva para o balcão, já estou indo pagar — ela levantou e seguiu, logo ele levantou também e a tal vendedora disse. — disse que não tinha namorada. — não tenho, ela é minha enteada. — então é casado. — não, sou viúvo. — tão jovem, sua enteada é uma mulher muito bonita. — sim, também muito inteligente e aplicada é meu orgulho, bom, vou indo. — aqui meu número, se quiser me ligue — disse a vendedora entregando um cartão a Diogo, em seguida se despediram e ele foi em direção ao caixa onde Líli estava a esperá-lo. Quando pagaram pelas compras decidiram dar mais uma volta pelo shopping, ela comprou algumas coisas mais como chinelos, protetor solar e uma mala pois havia lembrado de que a sua estava com a roda estragada. Já em casa Lili colocou as sacolas no closet em seguida se atirou em sua cama, havia tomado uma decisão e iria fazer de tudo para conseguir o que tanto queria. — eu preciso experimentar esse homem — ela era muito obstinada e estava decidida a fazer o que pudesse para conseguir.
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