Já a noite Líli mais uma vez estava a se arrumar, ele que havia se aprontado primeiro admirava o processo, ela estava a usar uma lingerie preta e em sua mala escolhia o que ia usar, optou por uma saia preta e um e uma blusa que tinha uma certa transparente na região da barriga, ao terminar de se vestir colocou uma sandália rasteirinha, fez uma leve maquiagem e por último colocou perfume.
— estou pronta.
— e linda.
— obrigada, você também está muito bonito. — disse ela indo até ele, então sentou em seu colo e o deu um beijo na bochecha.— você fica muito bonito com aquelas roupas formais, mas com essas roupas mais despojadas fica um gato.
— agradeço o elogio.
— aposto que vai arrasar corações hoje a noite.
— não te incomodaria me ver com outra mulher?
— já faz alguns anos que minha mãe se foi, merece refazer sua vida e encontrar alguém que goste de você, mas confesso que só a ideia me deixa com um pouco de ciúmes.
— ciúme?
— sim, com outra mulher em sua vida não me daria tanta atenção como me dá. — ela disse manhosa recostando a cabeça no peito dele.
— a atenção que lhe dou é pelo carinho que lhe tenho, jamais lhe deixaria de lado por uma mulher, e para lhe tranquilizar o ciúme, não penso em me envolver com nenhuma mulher, não seriamente.
— vamos?
— vamos.— ela levantou do colo dele, arrumou a saia e logo em seguida saíram juntos.
Em um bar com mesas ao ar livre e uma banda que tocava animadamente, estavam eles, escolheram um lugar perto do palco e sentaram, logo um garçom chegou e perguntou o que iriam querer beber, optaram por caipirinha.
— Diogo, me deixa morar aqui? — disse ela mostrando o quanto estava encantada com o lugar.
— e eu como fico nessa história? De jeito nenhum que vou ficar sozinho.— ela cruzou os braços, fez bico fingindo está emburrada e ele riu.
— o pedido de vocês. — o garçom colocou os copos sob a mesa em seguida saiu, sem demora ela tomou um gole.
— aí Deus, isso é bom e muito forte.
— vai com calma ou vai acabar como ontem.
— ainda bem que tenho você pra cuidar de mim.
— lembro de ter ouvido certa moça dizer que nunca mais beberia.
— eu exagerei um pouco.
Uma, duas, três caipirinhas, estavam animados e a conversa fluía bem, Diogo disse que precisava ir ao banheiro, então foi por sua necessidade.
— olá bela moça.
— olá belo rapaz. — disse ela retribuindo o elogio.
— me concede uma dança? — no mesmo instante Diogo voltou a mesa e viu o galanteador rapaz.— ah, perdão, não sabia que tinha namorado. — disse ele ao ver Diogo sentar a mesa.
— não, ela é minha enteada.
— espero que não se importe que eu dance com ela.
— de forma alguma. — o rapaz estendeu a mão para ela que logo segurou e juntos caminharam para o salão.
— eu não sei dançar. — ela se pronunciou.
— mas eu sei e posso lhe ensinar. — ele a segurou pela cintura em seguida sua mão, a aproximou de si e começou a se movimentar.
— dois para um lado e dois para o outro o resto deixa comigo que eu te guio.
— tudo bem. — Lili logo pegou a manhã e se encaixou perfeitamente com a dança e os giros, de longe Diogo assistia enquanto tomava uma incontáveis caipirinhas.
— você é daqui mesmo?
— não, nasci em Fortaleza mas moro em gramado rio grande do sul, sempre que posso, venho prestigiar a beleza do meu Ceará.
— gramado é uma cidade lindíssima também, um dia quero conhecê-la.
— espero que quando for até lá eu tenha o prazer de usufruir da sua companhia.
— quem sabe.
— mas e você de onde é?
— sou de São Paulo, vim para comemorar meu aniversário de dezoito anos.
— que legal e meus parabéns.
— obrigada.
— está faltando algo.
— o que?
— descobrir seu nome.
— Liliana, mas todos me chamam de Lili.
— lindo nome.
— e você como se chama?
— Fernando.
Dançaram um total de quatro músicas, então Lili decidiu voltar a mesa, eles trocaram número de telefone e ela foi, Diogo estava um tanto entediado, mexia em coisas aleatórias em seu celular até que ela chegou.
— a dança estava animada. — disse ele.
— estava sim, Fernando é um cara bem legal, mas você, não tirou ninguém pra dançar.
— não sei dançar.
— nem é tão difícil, daqui a pouco vai ter que dançar comigo.
— aqui a bebida que pediu senhor — disse o garçom que colocou a garrafa sob a mesa e se retirou.
— que bebida é essa? Nunca tinha visto, muito bonita a garrafa.
— o garçom me disse que quem vem aqui não pode ir embora sem experimentar essa, se chama empalhada, e agora entendo o por que do nome. — disse Diogo olhando a garrafa revestida por um bonito trançado de palha.
— quero experimentar também.
— ok — ele encheu os dois copos, logo Lili pegou o seu e tomou um gole, ela fechou os olhos e assoprou, Diogo teve uma reação parecida.
— é muito forte.