Já era noite, Líli permanecia em seu quarto, a cólica havia aumentado um pouco e sua menstruação descido e mesmo assim a imagem de mais cedo não lhe abandonava a mente.
— qual será a sensação de tê-lo dentro de mim? Ele é tão grande, bem diferente do Mike — Mike era um paquera que havia tido uns meses atrás e com ele tinha perdido a virgindade.
— Lili — ela se assustou ao ouvir a voz dele logo atrás da porta, mas o mandou entrar.
— entra Diogo.
— como se sente?
— com cólica — ela disse manhosa.
— lhe trouxe chocolate.
— obrigada — ela recebeu a bonita caixa que ele segurava nas mãos, colocou sobre a cama e deu um abraço nele.— estou emotiva demais hoje — ela sussurrou.
— é normal, sua mãe também era assim, amanhã se quiser pode ficar em casa, decidi o destino de nossa viagem.
— pra onde vamos? — ela questionou depois de morder um dos bombons.
— Ceará, lá tem praias lindíssimas.
— sim, quero muito conhecer jericoacoara.
— sério? Pois é pra lá que vamos — disse ele se fazendo de surpreso.
— você sabia, eu já tinha falado isso seu bobo.
— eu tenho uma boa memória, amanhã mesmo vou tratar de comprar as passagens e reservar os quartos em um hotel — naquele instante Lili teve uma ideia para tê-lo muito perto ou pelo menos ver um pouco do corpo que tanto havia lhe chamado atenção.
— reserva um quarto só.
— um quarto só?
— sim, sabe o que é, durante o dia a gente curte as praias e durante a noite comemos guloseimas, viramos as noites assistindo séries, podemos fazer até uma festa do pijama, lembra, como eu você e a mamãe fazíamos quando era criança, quero relembrar os velhos tempos — disse ela docemente.
— tudo bem, vou reservar um quarto familiar com duas camas, quem diz que já vai fazer dezoito, ainda é uma menina — ele disse cutucando a barriga dela.
— amanhã pode me levar pra comprar umas coisas pra viagem.
— achei que ia querer ficar em casa.
— sim, pela manhã é quando minhas cólicas são mais fortes.
— entendo, a tarde te levo no shopping.
No dia seguinte como o combinado ele a levou ao shopping, a primeira loja que quis entrar foi uma de moda íntima, ela amava o corpo que tinha e adorava comprar lingeries que realçavam suas curvas, mesmo que ninguém visse, fazia por si mesma, por que se sentia bem.
— eu posso esperar lá fora — ele disse um tanto constrangido, ela permaneceu uns instantes calada, mas então se pronunciou.
— claro que não, me ajuda a escolher, eu adoro receber opiniões, sempre venho acompanhada da Lívia, mas essa semana ela está bem ocupada e não vai poder me ajudar com isso, então vai ser você mesmo — ele suspirou em rendição então acatou o pedido dela, até então Lili não havia planejado nada, mas algo em sua mente dizia que ela devia tentar aproximá-lo de uma forma diferente da relação que tinham.
— olha só, preto é minha cor favorita, fica divino com meu tom de pele — ela disse mostrando um conjunto de renda em que a calcinha era quase inexistente de tão pequena.
— não acha que isso é pequeno demais?
— tem razão, esse é p, o sutiã não vai me servir, uso m — ela olhou entre as araras e logo encontrou um igual em seu tamanho.
— perfeito.
— eu não estava falando do tamanho, bem eu estava...quer dizer, Lili é muito pequeno, quase não tem tecido aí e é transparente — ele disse reparando a peça.— você não tem por que usar essas peças.
— se está preocupado que eu queira usar isso para algum garoto, não se preocupe, é por mim mesma, eu gosto de peças assim, me sinto linda quando me olho no espelho. — ela disse arrumando a gola da camisa dele, em seguida abriu um botão o deixando mais despojado.
— se é assim, ainda sim acho um tanto exagerado, mas já que se sente bem.
— escuta Diogo, vermelho ou branco? — ela questionou lhe mostrando dois conjuntos que pareciam ainda mais transparentes que o anterior.
— vermelho é demais, branco.
— quantos dias vamos ficar lá?
— viajamos na terça pela manhã e voltamos domingo.
— bem que você podia me dar uma lingerie para cada dia em que vamos ficar viajando — ela disse agarrando o braço dele.
— alguma vez te neguei algo? — ela comemorou com uns pulinhos em seguida o deu um abraço e um beijo na bochecha.
— também pode ter um biquíni para cada dia de praia — ele riu, então disse.
— vai, hoje você pode escolher tudo o que quiser, vou te esperar ali tá — disse ele apontando para um banco que havia dentro da loja.
— tudo bem — ela saiu pela loja escolhendo tudo que a agradava e ele ficou sozinho sentado no banco até que uma vendedora se aproximou.
— posso ajudar em algo?
— não, estou esperando uma pessoa.
— enquanto isso deveria escolher algo, deve ter namorada ou esposa para presentear.
— na verdade não tenho.
— que desperdício — ele sorriu de canto, então seguiu com a conversa, de longe Líli olhou e notou o empenho no dialogo por parte de ambos e como já havia escolhido tudo que queria decidiu interferir ali.
— já escolhi tudo que queria — disse ela que sentou ao lado dele e colocou o braço sob seus ombros.
— ótimo, leva para o balcão, já estou indo pagar — ela levantou e seguiu, logo ele levantou também e a tal vendedora disse.
— disse que não tinha namorada.
— não tenho, ela é minha enteada.
— então é casado.
— não, sou viúvo.
— tão jovem, sua enteada é uma mulher muito bonita.
— sim, também muito inteligente e aplicada é meu orgulho, bom, vou indo.
— aqui meu número, se quiser me ligue — disse a vendedora entregando um cartão a Diogo, em seguida se despediram e ele foi em direção ao caixa onde Líli estava a esperá-lo.
Quando pagaram pelas compras decidiram dar mais uma volta pelo shopping, ela comprou algumas coisas mais como chinelos, protetor solar e uma mala pois havia lembrado de que a sua estava com a roda estragada. Já em casa Lili colocou as sacolas no closet em seguida se atirou em sua cama, havia tomado uma decisão e iria fazer de tudo para conseguir o que tanto queria.
— eu preciso experimentar esse homem — ela era muito obstinada e estava decidida a fazer o que pudesse para conseguir.