Ricardo estava aproveitando aquele momento com a sua esposa, a mera menção ao nome fazia o seu sorriso aumentar e ele se repreende por estar agindo como criança. Ele sentia-se leve perto dele, sem o peso que carregava por ser chefe de uma organização,
Estela era seu equilíbrio para a realidade, e ele nunca se perderia enquanto ela estive-se ao seu lado. Ele sai dos seus pensamentos com um toque do seu telefone, era um número que ele não conhecia, mas mesmo assim decide atender.
_ Alô? - pergunta.
_ Nunca pensei que algum dia teria que ligar para o chefe da Fênix. - diz a voz ao telefone.
_ Quem é você? E o que quer? - pergunta de forma dura, Estela levanta a cabeça olhando preocupada para Ricardo, vendo a expressão dela ele levanta-se e afasta o telefone do rosto. - Continue a comer vou resolver isso e já volto.
Ricardo se afasta de Estela não desejando que ela ouvisse aquela conversa, quando já estava numa distância que ela não ouviria, mas que também ele não a perdesse de vista ele senta-se num banco.
_ Não tenho tempo a perder, diga logo o que quer. - diz ele de forma firme o seu rosto fechado.
_ Quero que pare de matar os meus homens. - um sorriso curva os lábios de Ricardo, ele não pensou que a Yakuza ligaria para ele tão sedo.
_ Me dê o que quero e paro na mesma hora. - diz sem tentar barganhar.
_ Me dê um mês Ricardo.
_ Você não está em posição de negociar, tenho pessoas preparadas em todo lugar esperando apenas uma ligação minha para mandar os seus negócios para o espaço. Nunca tivemos problemas, mas você resolveu tomar o partido errado e vai descobrir o preço por tentar tocar o que é meu. - Ricardo estava decidido a fazer da Yakuza um exemplo para quem achasse que poderia mexer com ele e quem estava sobre a sua proteção. Nos últimos meses a Fênix tinha conseguido expandir os seus negócios para outras partes, novas parcerias foram feitas e o poder que Ricardo tinha aumentou consideravelmente.
_ Você não vai querer fazer isso Ricardo. - ameaça a voz ao telefone.
_ Acho que você não entendeu, a maioria dos seus aliados tem negócios comigo, o que acha que eles farão se eu resolver os pressionar? - o homem fica em silêncio no telefone, o sorriso de Ricardo aumenta, ele não entendia por que eles desejavam George, mas iria descobrir, tinha algo que ele estava deixando passar.
_ Nos falaremos em breve Ricardo.
_ Não se preocupe, do jeito que tudo está indo, te farei uma visita pessoalmente, e espero que saiba o que significa quando tenho que visitar alguém. - novamente a pessoa não responde apenas desliga o telefone. Ricardo não tinha construido a sua reputação em cima de gentilezas, não, havia sido em cima de muito sangue e lágrimas e não seria uma ameaça que o faria recuar.
Selecionando outro contato no seu telefone ele faz uma ligação, estava na hora de demonstrar a Yakuza que ele não fazia ameaças vazias.
_ Fala chefe, como está a lua de mel? - pergunta Charles.
_ Estava boa, até minutos atrás. - diz frustrado.
_ O que ouve? - Ricardo ouve a mudança na voz de Charles, ele estava mais atento.
_ Yakuza.
_ Merda!
_ A aliança deu certo?
_ Eles tem uma condição. - Ricardo podia ouvir a tenção na voz dele.
_ Qual?
_ Eles querem uma aliança por casamento. - Ricardo suspira, ele não pensou que os seus prováveis aliados pudessem ir tão longe.
_ Não vou te pedir para fazer isso, respeito de mais você para isso.
_ Eu vou fazer isso. - a sua resposta deixa Ricardo surpreso.
_ Por quê? - Charles não era uma pessoa que tomava decisão sem pensar, o que significava que algo devia ter chamado a atenção dele.
_ Não vou negar, a garota é bonita e já estou na hora de sossegar. - diz ele rindo ao telefone.
_ Se é o que quer, então faça, me mande as informações da família dela para que eu possa mandar o presente.
_ Tudo bem. - Charles sabia que o presente do seu chefe seria provavelmente uma grande quantia em dinheiro.
_ Resolva tudo, preciso que os nossos novos aliados façam algo para mim, é urgente.
_ Imagino o que seja.
_ Onde você está tem alguns galpões de mercadorias da Yakuza, quero que eles sejam destruídos por completo. - a ligação que Ricardo tinha recebido havia inflamado a sua fúria.
_ Será feito. - responde ele.
Ricardo desliga o telefone e volta para a mesa em que Estela estava, o seu humor tinha melhorado depois de falar com Charles, os seus inimigos queriam jogar, ele lhes mostraria como se joga.
_ Que sorriso é esse? - pergunta ela.
_ Boas notícias querida. - responde ele pegando o seu cappuccino e tomando um pouco.
_ Posso saber quais são?
_ Sim, o meu braço direito vai se casar. - Estela fica surpresa com a suas palavras, mas ela não era i****a, sabia que tinha mais naquilo, mas não insiste, se ele quisesse que ela soubesse tinha-lhe contado.
Após terminar de tomar o seu café eles saem pela cidade para dar uma volta, o clima estava bom e Ricardo queria que Estela se diverti-se um pouco. A todo momento ele lhe perguntava se estava bem, demonstrando o seu cuidado com ela.
Enquanto passava por uma loja um homem correndo esbarra em Estela a derrubando no chão, Ricardo enxerga vermelho, ele abaixa-se preocupado com Estela.
_ Estela você está bem? - pergunta ele preocupado, procurando qualquer indício de que ela estivesse ferida.
_ Foi sem querer, eu não... - o homem não termina a sua frase um único olhar de Ricardo o cala.
_ As minhas costelas. - diz ela respirando com dificuldade os seus lábios pálidos. Ricardo se vira como um furacão sobre o homem que estava ao lado, quando os seus olhos encontram os dele, o homem treme diante da fúria no seu olhar.
_ Não fiz por m*l. - tenta se defender, mas Ricardo já estava sobre ele desferindo vários socos no seu rosto.
_ Como se atreve a tocar a minha esposa! - rosna enquanto batia no homem, Estela olhava assustada aquela cena, Ricardo estava fora de si.
_ Ricardo! Me ajude. - pede ela tentando tirar a concentração dele do homem.
_ Desculpe querida! - diz ele soltando o homem que cai com o rosto inchado. - Vou levá-la até o hospital.
Ricardo pega Estela nos seus braços e parte em direção ao seu carro, o seu coração disparado com a possibilidade dela ter se ferido ainda mais.