Xavier olha curioso para seu chefe, ao ver o seu sorriso, ele já imaginava que coisa boa não devia ser já que ele estava sorrindo, ao que parecia aquele coquetel seria mais divertido do que ele pensava.
No meio do salão um homem segurava uma caixa aberta, o seu rosto estava pálido ao ver o seu conteúdo, erguendo os seus olhos eles se cruzam com os de Ricardo, e ver o sorriso nele não aliviou o pavor que ele estava sentindo.
_ Me diz que você não tem a ver com isso. - diz Sofia.
_ É melhor você não saber Sofia. - diz ele indo até o homem. Xavier estende o braço para Sofia com relutância ela aceita, e relaxa quando percebe que ele não havia feito nada para se aproximar dela. Eles acompanham Ricardo e param a uma certa distância, Xavier tinha uma ideia do que havia na caixa e sabia que o seu chefe não gostaria que a suas irmãs vissem.
_ É bom revelo Luciano, gostou do meu presente? - pergunta pegando um drink que um garçom lhe oferecia.
_ O que é isso? - pergunta o homem ao ver o dedo e o pénis do seu filho dentro da caixa.
_ Isso é o jeito que eu acerto contas, - diz ele como se aquilo não fosse nada, e para ele realmente não era. - Acho que sabe que o seu filho andou batendo na minha irmã, e sei que você pode imaginar a fúria que fiquei, mas ao invés de acabar com toda a sua família e negócios, resolvi ser misericordioso, então puni apenas o responsável.
_ Meu filho. - diz o homem branco como papel.
_ Acho que eu te fiz um favor, então, o que tem que dizer quando alguém te ajuda Luciano? - pergunta Ricardo encarando o homem com olhos frios, ele vê o medo estampado no rosto do homem, o que lhe dava muita satisfação.
_ O..o..obrigado. - diz finalmente. Ricardo se aproxima dele e lhe dá um tapinha nas costas.
_ Ora, não precisa me agradecer, quando chegar em casa vai encontrar o resto dele. - diz saindo e deixando o homem ainda parado no mesmo lugar.
_ Você tem noção do que fez! - diz o seu pai agarrando o seu braço com força.
_ A menos que queira levar um tiro no meio da testa sugiro que tire essas mãos sujas do meu braço. - diz Ricardo apontando para Xavier que já havia puxado a sua arma da cintura. Ao ver Xavier, Oscar o solta dando um passo para trás.
_ As coisas, não tem que ser assim Ricardo. - diz o velho frustrado.
_ Então deixe as minhas irmãs fora dessa sujeira toda, se não fizer isso mais corpos vão aparecer. - diz com um sorriso sinistro no rosto. Oscar sabia que o seu filho não estava brincando, Ricardo nunca brincava.
_ Tudo bem, garanto que não vou arrumar ninguém para elas por enquanto. - diz Oscar contrariado.
_ Agora estamos nos entendendo papai. - diz ele com desprezo.
_ Venha, sua noiva o espera. - diz Oscar mostrando o caminho, a vontade de Ricardo era de fugir dali, ele não queria ficar fingindo no meio daquelas pessoas esnobes. Antes de chegara até ela Ricardo a vê. Continuava a mesma que da última vez, os mesmos olhos azuis assustados olhando para baixo, era visível o desconforto dela naquele lugar.
_ Meu genro! - diz o pai dela estendendo a mão para Ricardo, ele não pega, ele se quer olha para o homem a sua frente.
_ Olá Estela. - diz ele fazendo-a erguer a cabeça para olhá-lo.
_ Olá senhor Ricardo. - diz ela em voz baixa.
_ Leve ela para dar uma volta filho, sei que vocês têm muito o que conversar. - diz Oscar animado, aquilo chama a atenção dele, mas ele não diz nada iria investigar depois.
_ Vamos Estela. - diz ele lhe oferecendo o braço, um tanto relutante ela aceita e Ricardo se afasta deles indo para um lugar mais afastado. - Não quer estar aqui, não é mesmo.
Ricardo era um bom interpretador das pessoas, e ele percebia o quanto a mulher a sua frente tentava se esquivar do seu toque.
_ É sempre uma honra revelo senhor. - diz ela sem olhá-lo. Ricardo para na sacada do salão os seus olhos a analisando com atenção.
_ Olhe para mim. - diz ele. Ela mexia nos seus dedos nervosa temendo encará-lo. - Eu disse para olhar para mim.
Lentamente ela ergue a cabeça os seus olhos cheios de lágrimas ao olhar para Ricardo, os seus lábios tremiam levemente.
_ Por favor, não me bata! - pede ela em meio a um soluço, Ricardo olhava chocado para ela, nunca tinha passado na sua cabeça que ela o temia a ponto de acreditar que ele a agrediria.
_ Eu não bato em mulheres, - diz ele de forma ríspida. - Se não acredita pergunte a minhas irmãs.
Estela encarava o homem a sua frente com medo, o seu pequeno corpo tremendo enquanto enfrentava os seus olhos frios sobre os dela. Ela havia sido criada apenas para obedecer, nada mais, e quando ficou sabendo que teria que se casar com o sádico líder da Fênix, ela havia imaginado que seria seu fim, mil coisas passaram-se na sua mente, mas ela não podia desistir daquele acordo, o seu pai havia deixado isso bem claro da última vez que a espancou, então Estela contentou-se com o seu destino infeliz.
_ Não bate? - pergunta, mesmo temendo a sua fúria, ela não havia conseguido conter a sua curiosidade.
_ Não Estela, jamais tocaria numa mulher desse jeito. - diz ele frustrado com aquela situação. - Seja lá o que tenha ouvido a meu respeito esqueça, não estou dizendo que sou um anjo, porque não sou, mas não uso desses métodos baixos para impor medo. - olhando fixamente para Ricardo, Estela acreditou nas suas palavras, ela não sabia dizer bem o motivo, mas ela não via mentira nos seus olhos.
_ Por que resolveu se casar comigo se tem medo de mim? - pergunta Ricardo, apesar de já imaginar a resposta.
_ Meu pai. - diz ela de cabeça baixa.
_ Já imaginava isso, ele tem-te ameaçado? - pergunta ele.
_ Sim. - diz ela num fio de voz.
_ Tudo bem, vamos fazer o seguinte, eu me caso com você, é bonita e gostei do seu jeito. Se tenho que fazer isso não quero um casamento de fachada, quero uma esposa de verdade Estela, - os olhos de Ricardo era intenso sobre ela, fazendo seu pequeno corpo se arrepiar. - Ou se você preferir eu posso simplesmente matar o seu pai, isso não seria um problema para mim. - diz ele dando de ombros.
Estela o olhava chocada, ela não esperava que ele fosse fazer aquele tipo de proposta para ela.
_ Não quero que ele morra. - diz ela assustada.
_ Você que sabe, assim que achar uma solução melhor resolvemos. - diz Ricardo dando de ombros.
Estela não tinha muita escolha, ela sabia que se não fizesse a vontade do seu pai as consequências para sua vida seriam drásticas, então tomando uma decisão ela levanta a cabeça pronta para dar uma resposta a Ricardo.
_ Eu aceito. - diz de forma decidida.
_ Tem certeza que sabe o que estou pedindo Estela? - pergunta ele puxando-a para si, uma da suas mãos envolvendo a cintura dela, enquanto a outra acariciava os seus lábios.
_ Tenho. - diz ela olhando fixamente no seu rosto.