Capítulo 19

1066 Words
Ricardo estava m*l humorado, desde a festa que ele não falava com Xavier, e agradecia por seu amigo respeitar seu espaço, ele não estava pronto para abrir mão de sua irmã mais nova, o mero pensamento o enlouquecia. Sentado no seu escritório ele olhava a pilha de documentos em cima da mesa, mas ele não tinha cabeça para lidar com aquilo no momento, então ele resolve fazer algo que já devia ter feito. Ricardo pega as chaves do seu carro e sai, ele não encontra Xavier enquanto deixava a casa e fez uma anotação mental de resolver os seus assuntos com ele mais tarde. Ricardo cortava a cidade tranquilamente, hoje ele não estava com presa, então ia de vagar, minutos depois ele para em frente a uma velha mansão numa parte nobre da cidade, assim que o segurança o vê saindo do carro ele corre na sua direção. _ Bem vindo senhor Algostini, posso ajudá-lo? - pergunta ele sem olhar nos olhos de Ricardo, talvez isso se desse por Ricardo estar extresado, ele tendia a ficar mais taciturno quando estava assim. _ Vim ver a minha noiva. - diz ele dando um passo em direção ao portão, o segurança abre sem fazer perguntas, ele conhecia a fama de Ricardo e poucas pessoas tinham a ousadia ou a loucura de desafiá-lo. Antes que Ricardo pudesse bater na porta, o pai de Estela aparece indo ao seu encontro. _ Ricardo! É bom vê-lo. - diz o pai de Estela sorrindo oferecendo a mão para Ricardo. _ Me diga quando eu te autorizei a chamar-me pelo primeiro nome? - pergunta Ricardo com um olhar gelado em direção ao homem, o seu maxilar contraído de raiva, ele olhava com desgosto para o homem a sua frente. _ Me perdoe senhor Algostini eu pensei que... _ Esse é seu problema, pensar, na próxima vez não tolerarei esse desrespeito. - diz ele fulminando o homem com o olhar. _ Entendi, por favor entre, vou chamar a Estela. - diz ele com ódio nos seus olhos, ele odiava ser tratado daquela forma, e se não fosse pelo poder de Ricardo ele o ensinaria uma lição por tamanho desrespeito. Ricardo entra na casa e observa o homem sumir pelo corredor, ele nem ao menos se senta o esperando em pé no corredor, minutos depois ele vê Estela sendo arrastada pelo braço até a sala, Ricardo podia ver o seu rosto pálido ao encarar o pai. Decidido ele vai até o homem e o segura pela garganta apertando o seu pescoço. _ Se eu ao menos sonhar que você encostou essas suas mãos imundas na minha noiva de novo, eu meto uma bala no meio da sua cabeça, não ligo para o ca**lho se você é pai dela. Eu fui claro? - pergunta ele com olhos furiosos, aquele não era o dia de sorte do homem a sua frente, Ricardo estava tendo uma péssima semana e precisava descontar a sua raiva em alguém, e neste momento era o homem que ele segurava pelo pescoço. George olhava o seu futuro genro assustado, pavor saia por todos os seus poros ao olhar nos olhos gelados de Ricardo, as palavras presas na sua garganta, ele nunca pensou que sentiria tanto medo na sua vida ao olhar para alguém como estava sentindo naquele momento, sem poder fazer nada ele apenas assente. Ricardo o solta e ele cai no chão segurando o pescoço com a mão. _ Vamos Estela! - diz Ricardo se dirigindo a ela com um sorriso cortes, Estela pega a mão que Ricardo lhe oferecia tremendo, por um minuto ela pensou que ele realmente fosse matar o seu pai. Ricardo abre a porta do carro e Estela entra, ele inclina-se e prende o seu cinto de segurança. Estela sente um arrepio percorrer o seu corpo quando sente o cheiro de Ricardo, a sua vontade era se inclinar mais e inalar aquela fragrância maravilhosa, Ricardo cheirava a perigo e de alguma forma, Estela gostava daquilo. Ricardo percebe o silêncio de Estela e imagina que talvez sua cena a alguns minutos atrás tenha sido de mais para ela, e se sente culpado por ter perdido o controle. _ Me perdoe pelo que você viu. - diz ele sem tirar os olhos da estrada. Estela olha para ele percebendo a tanto que ele estava rígido no assento, o que a deixa intrigada com o seu comportamento. _ Estou acostumada com aquele tratamento, não precisa se desculpar. - diz ela como se o que tivesse acontecido não fosse nada. _ Ele sempre te trata assim? - pergunta Ricardo chocado, a suas mãos apertando o volante com força. Na sua cabeça ele não entendia como um homem poderia tratar o seu próprio sangue daquela forma, mas ao se lembrar do seu pai ele bufa ao pensar que para esses homens tudo era possível. _ Sempre foi assim, mas é a primeira vez que vejo alguém enfrentá-lo. _ Ele não fará mais isso, a menos que esteja cortejando a morte. - responde Ricardo já pensando na visita que George receberia mais tarde, só o pensamento faz surgir um sorriso no seu rosto. O restante da viagem se passa em silêncio, até que Ricardo para em frente a uma loja, num distrito comercial renomado. Ricardo desce e abre a porta para Estela segurando a sua mão na sua, era um gesto tão natural que ele nem havia percebido, mas Estela estava atenta. Assim que eles entram uma vendedora vem até eles, e quando vê Estela vestida apenas com uma calça jeans e camisa faz uma careta. _ Acredito que tenham entrado na loja errada. - diz ela com desdém. Ricardo encara a mulher a sua frente com raiva, ao que parecia o seu dia seria infernal. _ Diga ao Luigi que Ricardo está aqui. - diz ele segurando-se para não fazer uma cena. _O senhor não está atendendo no momento. - diz ela encarando-os com raiva, ela examinava as roupas de Ricardo com desgosto, ele usava uma calça jeans e blusa de botões. Ricardo pega o seu celular e faz uma chamada. _ Te dou um minuto para aparecer na minha frente antes que eu esgane a sua funcionária. - diz ele de forma ríspida no telefone, a mulher o olha com horror por suas palavras. Alguns segundos havia se passado quando um homem baixo aparece na frente de Ricardo com um sorriso amarelo.
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