Xavier suspira, um pequeno sorriso curvando os seus lábios, ele pensa que deveria estar louco por ao menos cogitar a possibilidade de ter algo com a irmã do seu chefe. Ele vira-se e deita na cama a puxando para seu peito.
_ Devia ficar longe de mim, não sou bom para você. - diz ele passando a mão pelos cabelos dela.
_ Quem decide o que é bom para mim sou eu Xavier, já sou de maior, se esqueceu. - diz ela erguendo a cabeça e fitando os seus olhos verdes com intensidade.
_ Você sabe que o seu irmão vai tentar me matar, não é mesmo? - diz ele com um sorriso de canto.
_ Não vou deixar, - diz ela sorrindo. - Gosto de você, ele jamais machucaria alguém que gosto.
A Fitando Xavier chegou a conclusão que valia a pena arriscar a sua vida para ver Mel sorrindo daquela forma outra vez.
Olhando fixamente para ela Xavier rola pairando sobre o seu corpo, os seus olhos acompanhando cada expressão que ela fazia.
_ Você tem certeza disso? - pergunta ele, Xavier não queria forçá-la a nada, ainda mais ela sendo tão jovem. Ele não era tão velho, mas sabia que havia uma certa diferença de idade entre eles.
_ Me deixe te mostrar. - diz ela segurando o rosto dele com as mãos e fechando os seus lábios sobre os dele com delicadeza.
Aquele mero contato foi como adicionar combustível ao fogo para Xavier, ele pressiona a sua boca contra a de Mel de forma possessiva, morde o seu lábio inferior e quando ela abre mais a boca ele mergulha a sua língua explorando com avidez, o seu corpo, se pressionando mais contra o dela. Xavier tinha uma necessidade de Mel que não conseguia explicar, tudo o que ele sentia naquele momento era seu doce aroma o embriagando.
A mão de Mel agarra a camisa de Xavier o puxando mais sobre ela, os seus lábios exigentes sobre os dele, ela gemia delicadamente na sua boca à medida que a sua língua exigente acariciava a dela. Mel mergulha uma das suas mãos dentro da camisa de Xavier, ela ouve um gemido rouco deixar os lábios dele e se delicia com aquilo, mas antes que ela pudesse tocá-lo mais ele se afasta dela saindo da cama.
Ela olhava sorrindo para ele, sua respiração ofegante, era bom saber que ele não era tão indiferente a ela quanto pensava.
Xavier fechava os olhos tentando se acalmar, ele não queria que Mel vê-se o tamanho da ereção que ele tinha, ele pragueja baixinho, estava se comportando como um adolescente cheio de hormônios. Mel o deixaria louco mais sedo do que ele pensava, se não se controlasse.
_ O que foi? Não gostou? - pergunta ela sorrindo, a suas bochechas coradas lhe deixando ainda mais atraente.
_ Gostei, esse é o problema. - diz ele olhando sem graça para ela. Mel se levanta e corre se jogando nos braços de Xavier, ele a pega a girando pelo quarto, a risada dela enchendo o espaço a sua volta.
_ Vamos! - diz ela animada pegando na mão de Xavier.
_ Não está esquecendo de nada? - pergunta ele olhando divertido para ela.
_ O quê? - pergunta.
_ A sua sapatilha. - Mel olha para baixo e enxerga os seus pés descalços e sorri. Ela havia se esquecido da sua cena mais sedo.
_ Tinha me esquecido. - diz ela sem graça. Xavier vai até a janela e pega as sapatilhas dela, se abaixando na frente de Mel ele coloca-as nos seus pés.
Mel sentia a sua pele se arrepiar com o contato da mão dele, e se perguntava se seria assim todas as vezes em que a tocasse.
_ Mel, posso te pedir algo? - pergunta ele olhando para ela.
_ Claro, o que?
_ Queria que você esperasse eu conversar com o Ricardo, não vou fazer nada nas costas dele. - o olhar de Xavier era intenso sobre os dela, ele tinha uma grande lealdade para com o seu chefe, e por mais que tive-se sentimentos por Mel se Ricardo pedisse para que ele se afastasse, ele faria.
_ Eu entendo, - diz ela observando a expressão seria dele. - Prometo não causar problemas para você até ele chegar.
Xavier suspira aliviado. Ricardo chegaria dali a dois dias, então ele esperava ter uma conversa seria com ele, e de preferência quando ele estivesse desarmado, Xavier sabia o quanto seu chefe podia ser c***l quando queria, ele só esperava não ficar na mira dele por muito tempo.
Xavier volta com Mel até a casa de Síria, ele podia sentir o olhar de Sofia queimar no seu rosto, a menina era perspicaz e sabia que em breve ele teria que enfrentá-la, ele podia sentir isso no olhar dela.
Depois de dar um beijo em Síria, Xavier sai as deixando sós, ele tinha certeza que a conversa que teriam ele não queria fazer parte.
_ Alguém está com problemas. - Xavier se vira em direção à voz e encontra Max o olhando com um sorriso discreto.
_ O maior de todos. - diz o cumprimentando enquanto voltavam a mansão. - Quando voltou?
_ Agorinha, vim ver os gêmeos. - diz Max sorrindo.
Xavier observava o quanto ele havia mudado em todos aqueles meses, Max estava mais forte e o seu olhar antes sempre brincalhão havia endurecido, ele sabia que o serviço deles tendia a transformar meninos em homens rapidamente, afinal, eles não podiam se dar ao luxo de errar. Mas Xavier tinha que admitir que Ricardo tinha acertado ao recrutar Max, a cada dia que passava ele tornava-se mais letal, algo vital na organização.
_ Deu tudo certo? - pergunta Xavier, Max estava fazendo uma limpeza nas últimas semanas, então tinham muito o que conversarem.
_ Sim, nada de novo. - Max já havia se acostumado com aquela rotina, matar não o incomodava mais como antes, naquele mundo era uma necessidade, agora ele tinha pessoas a proteger e quanto mais letal ele ficava, mais protegidos os seus amigos estariam.