Capítulo 28

1037 Words
Estela queria poder acreditar, ela queria poder abrir o seu coração de forma a permitir que Ricardo enxergasse cada pequeno canto, mas a sua consciência não permitia. O que Ricardo pensaria quando descobrisse a verdade? Aquilo a assustava profundamente, mas Estela não era burra para não ver que Ricardo a cada dia ocupava um pedaço do seu coração. Aquele enigmático homem de olhos castanhos, estava a conquistando aos poucos com a sua gentileza, algo que Estela nunca havia experimentado na sua vida. _ Espero que algum dia você possa confiar em mim o suficiente para me contar o que te incomoda. - diz ele olhando-a com carinho. Ele não a pressionaria para se abrir com ele, mas esperava que ela fizesse. _ Algum dia. - diz ela com um pequeno sorriso nos lábios, Ricardo também sorri ao vê-la, ele amava aquele sorriso. Erguendo a mão ele acaricia o seu roto com carinho, Estela fecha os olhos apreciando o seu toque, a sua pele se arrepiando com aquele simples contato. _ Não consigo resistir a você. - diz Ricardo com a voz rouca puxando Estela para seu colo, sua mão segurando de forma firme a sua cintura, ele via os olhos dela arregalados o encarando. _ Ricardo. - diz ela tentando descer do seu colo. _ Shiiii! Me deixe senti-la Estela. - diz ele esfregando o seu nariz no pescoço dela. Ricardo sentia Estela segurando com força seu terno. Ele distribui beijos por seu pescoço subindo em direção ao seu rosto, o cheiro de flores de Estela o deixando louco de desejo. Ele beija o queixo dela, as suas bochechas até chegar aos seus lábios, que naquele momento estavam trêmulos. Com a outra mão Ricardo apoia a cabeça de Estela e a beija com ardor, esmagando os seus lábios com os dele, lentamente Estela começa a corresponder o seu beijo de forma desajeitada, e quando um gemido deixa os seus lábios Ricardo aproveita para aprofundar o beijo, a sua língua invadindo a boca dela de forma erótica. Ricardo sentia Estela se apertando mais contra ele à medida que seu beijo ficava mais possessivo. A sua mulher era um verdadeiro vulcão em erupção, antes que as coisas fugissem ao controle Ricardo se afasta dela a abraçando com carinho. _ Você não tem noção do quanto mexe comigo Estela. - diz ele acariciando os seus cabelos. Estela não diz nada, ela simplesmente aproveita aquele momento nos braços de Ricardo, era ali que Estela tinha paz. _ Tem certeza que quer se envolver com alguém como eu? - pergunta ela em voz baixa, mas Ricardo podia sentir a sua dor em cada palavra, ele separa-se olhando no seu rosto, Ricardo fica confuso quando vê uma lágrima solitária descer por seu rosto. _ Não diga isso, você é uma mulher linda e doce, por que não iria querer você? - diz ele sem entender do que ela estava falando naquele momento. _ Você tem outras opções melhor do que eu. - diz ela fungando tentando conter as lágrimas que ameaçavam descer por seu rosto. _ Isso que te preocupa? - pergunta ele com um sorriso no rosto. - Nunca faço nada que não quero, se aceitei você foi porque eu quis. Os olhos dele eram intensos sobre os dela, Estela podia ver a sinceridade de Ricardo, se tinha algo que ela tinha aprendido era que o seu noivo nunca mentia. _ Sua boba, só desejo você. - diz ele acariciando a sua bochecha. _ Diz isso agora, mas depois que casarmos você pode mudar de ideia. - diz ela sem coragem para encará-lo, na verdade, Estela não entendia de onde havia tirado coragem para perguntar aquelas coisas para ele. _ Quando aceitei esse casamento fui claro com você, quero um casamento de verdade, e não pretendo ter outra pessoa na minha cama além de você. - diz ele com tranquilidade. Ricardo nunca havia sido mulherengo, ele tinha a suas necessidades como qualquer outro homem, e quando isso ficava insuportável ele fazia uma visita discreta a um dos bordéis de alguns aliados, mas desde que tinha posto os olhos em Estela, ele nunca mais voltou aqueles lugares atrás de sexo fácil. O desejo que Ricardo sentia agora pertencia apenas a Estela, e ele esperaria com paciência até o dia em que ela se entregasse a ele. _ Espero que mantenha a sua palavra. - diz ela um pouco mais tranquila. _ Nunca vai ter que se preocupar com isso. - Estela não entendia que Ricardo não desejava para ela a vida que a sua mãe levava, e aquele momento não era propicio para ele lhe explicar aquilo, mas ele sabia que se a sua mãe pode-se conhecer Estela, ela a amaria. Olhando no seu relógio Ricardo se levanta relutante do banco do jardim, ele gostava de ter o corpo pequeno dela colado ao seu, mas estava na hora de levá-la de volta para casa, e se George fosse esperto não encostaria um único dedo na sua mulher. Eles entram, no carro e Ricardo parte para a casa de Estela, a deixar naquele lugar deixava um gosto amargo na sua boca, mas aquilo estava acabando ele só precisava aguentar mais uma semana e nunca mais Estela sofreria nas mãos do pai. Assim que param na frente da mansão Ricardo pega uma pequena caixa do banco de trás e entrega a Estela. Ela olha curiosa para a pequena caixa nas suas mãos. _ É um celular, se precisar de mim basta ligar, não confio no seu pai perto de você. - diz ele olhando-a sério. _ Obrigada. _ É serio Estela, esse telefone é rastreável e seguro, se acontecer algo me ligue. - insiste ele, o coração de Estela se enche de carinho por aquele gesto que ele estava fazendo, ninguém nunca havia se preocupado tento com ela antes. Ricardo desce e abre a porta do carro para ela, assim que ela sai ele lhe dá um beijo na testa e espera que ela entre, assim que Estela some do seu campo de visão ele entra no carro e dá a partida, no caminho ele liga para que um dos seus soldados ficasse na casa observando, para garantir que George não tocaria mais em Estela.
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