Vários rostos encaram-se Ricardo sorrindo. Para as pessoas na frente de Ricardo aquilo era como ganhar um presente. Eles saem do quarto deixando apenas as irmãs de Ricardo fazendo companhia para Estela. Era bom que ela não ouvi-se o conteúdo daquela conversa. Caminham em direção à sala de armas da mansão, um lugar enorme que guardava um verdadeiro arsenal. Com um forte assobio Ricardo chama a atenção dos soldados que estavam ali.
_ Quem quer sair para brincar! - grita ele e vê os seus soldados saltarem gritos animados, não havia nada que deixasse eles mais felizes que um pouco de ação. Aqueles eram homens treinados para matar, e aquele era seu objetivo principal na organização, então receber uma proposta daquelas do seu chefe era mais do que bom.
_ Hoje sairemos para uma caçada, como vocês sabem alguns inimigos tocaram em algo que me pertence, e ninguém toca no que é meu. - a voz de Ricardo era sombria enquanto ele falava, os soldados se silenciam ouvindo atentamente. - Deixaremos hoje nesta cidade um rastro de sangue tão grande que os Yakuzas vão sentir o cheiro no Japão.
Os gritos dos soldados se intensificam e mais aparecia a cada segundo se juntando aos outros, uma onda de nostalgia invadindo cada canto da sala de armas, sorrisos estampando os rostos daqueles homens ansiosos por obedecer à ordem do seu chefe.
_ Neste dia eles aprenderão que ninguém mexe com a Fênix e vive para contar história. - Ricardo queria aquilo, ele desejava ver os seus inimigos mortos um por um, sentir que de alguma forma ele estava vingando a sua agora esposa, de um pouco de tudo de r**m que ela tinha passado. - É bem simples, encontrem, matem, e me tragam a cabeça, vou enviá-la de presente ao chefe deles.
Os gritos que encheram a pequena sala eram ensurdecedores, aquilo era a Fênix em ação, um grupo de homens que vivia para matar, e naquele momento eles tinham um objetivo a ser alcançado, algo que os unia, vingar a nova dama da Fênix.
_ Avisem os outros, nos encontramos lá fora em quinze minutos. - diz os dispensando. Rapidamente a sala fica vazia restando apenas Ricardo e os outros.
_ Isso vai ser divertido. - diz Aurélio com um largo sorriso.
_ Você pode ficar fora disso se quiser Yuri, sei que esse assunto é complicado para você. - diz Ricardo encarando Yuri.
Fazia anos que a máfia Russa entrava em disputa com a Yakuza e Ricardo não queria ser responsável por uma carnificina na organização de Yuri.
_ Você é meu aliado Ricardo, e também um bom amigo. Quando me juntai a Fênix prometi a minha ajuda e lealdade, e você terá, vai ser bom por os Yakuza no lugar deles. - diz ele com um sorriso no rosto.
_ Obrigada. - responde Ricardo.
_ Já enviei a localização de todos os negócios e pessoas que estão trabalhando para eles. - diz Xavier com o telefone na mão. - Os nossos homens estão aguardando.
Ricardo gostava daquilo em Xavier, ele era eficiente no que fazia, e naquele momento aquilo era de extrema importância para ele, afinal, quando o ataque começa-se logo eles começariam a escapar.
_ Ótimo, vamos fazer um ataque simultâneo, não quero que ninguém escape. - diz Ricardo. Rapidamente eles se dividem em equipes cada uma ficando com uma região. Os soldados já haviam pegado as armas e esperavam nos carros do lado de fora da mansão, cada um pega a sua equipe e parte.
Eles usavam roupas negras e mascaras, aquela era uma missão a plena luz do dia e precisavam preservar a suas identidades. O plano era simples, matar, pegar a cabeça e sair, e nada ficava no caminho da Fênix quando eles estavam em ação.
Em poucos minutos a cidade havia se transformado num caos completo, a Fênix eliminava cada homem que trabalhava com a Yakuza, apenas as mulheres e crianças haviam sido poupados, a Fênix podia ser uma organização de assassinos, mas tinham os seus princípios, e ferir mulheres e crianças era uma regra.
Aurélio chega ao seu destino com um largo sorriso, fazia dias que ele desejava esfolar alguém e o dono da casa em que ele estava lhe daria muita alegria naquele momento.
Os homens descem e cercam a casa matando os seguranças que tinham ali, fazendo o mínimo de barulho possível. Aurelio toca a campainha da casa de forma despreocupada, colocando sua arma atrás das costas.
Alguém abre a porta, e quando Aurélio vê Lucas na sua frente o seu sorriso aumenta.
_ Aurelio? O que... - ele não consegue terminar a frase, Aurélio puxa sua doze das costa e dá um tiro no peito do homem.
_ É bom te ver também Lucas. - diz ele tirando o cigarro da boca e encarando o homem caído no chão, ele tinha um grande buraco no peito, mas ainda estava vivo, Aurélio não queria que ele morresse rápido. Os soldados invadem a casa e gritos ouvem-se no andar de cima, minutos depois eles descem com algumas pessoas.
_ Você vai pagar por isso. - diz Lucas com dificuldade sangue escorrendo dos seus lábios.
_ Acho que é justamente o contrário, - diz Aurélio se aproximando mais dele e se abaixando ao seu lado. - Não acha que eu tinha esquecido a sua afronta na boate, não é mesmo?
_ Vai se fuder! - diz ele.
Aurélio observa as pessoas na sala com cuidado, havia algumas mulheres e alguns homens da Yakuza.
_ Tranquem elas no quarto de cima, levem os homens para fora, - diz Aurélio aos soldados.
_ Você vai pagar caro por isso. - diz uma das mulheres, Aurélio a conhecia muito bem, ele se lembrava com bastante detalhes o barulho que ela fazia quando estava na sua cama, a irmã de Lucas.
_ Querida sabe que gosto dessa sua boca em outro lugar, não falando, - diz ele sorrindo descaradamente para ela. - Devia me agradecer por estarem sendo poupadas disso.
Os olhos da mulher eram sombrios sobre Aurélio, os soldados as levam para cima e Aurélio se volta para o homem a sua frente.
_ Onde estávamos mesmo? - pergunta ele sorrindo, então puxa uma adaga da cintura e encara Lucas. - Ah! Me lembrei.
Os gritos de Lucas enchem a casa enquanto Aurélio ria sem parar do seu sofrimento.