Boa leitura
Ana luiza
Na manhã seguinte eu tive apenas uma aula e quando acabou peguei minhas coisas e fui direto para a ONG, arrumei algumas coisas e fui almoçar com a Paola que me levou na pensão da esposa do senhor Jorge.
— Nossa eu queria ser muito como você amiga — Paola fala me olhando
— Como ? Não entendi amiga — Pergunto bebendo o meu suco de maracujá que estava muito gostoso
— A gente se conhece já tem uns quatro anos, e nesses quatro anos eu nunca vi você comendo algo que não fosse saudável — ela fala me olhando
— Não é bem assim amiga, sempre faço um dia do lixo aí como várias besteira — Falo e como mais um pouco da minha comida
— Já eu como porcaria todos os dias — Paola fala dando risada
— Eu apenas me cuido — Falo dando de ombros — E eu tento ser saudável, mas não para ter um corpo como muitos dizem "perfeito" e sim por causa da minha saúde
— Mas você também tem um corpão amiga — ela fala me olhando
— Nossa obrigado pelas suas palavras — Falo dando risada
— Eu sei que você me ama amiga — ela fala totalmente despreocupada
— E o seu primo não vai trabalhar hoje não ? — Pergunto e ela me olha desconfiada o que fez com que eu revirasse os olhos pra ela
— Daqui a pouco ele vai chegar do plantão — Paola fala e eu assenti
— Ele tem um filho né ? — Pergunto e pelo jeito que ela me olha ela ia falar alguma coisa mais eu me apressei — Ontem quando você me pediu para levar os documentos pra ele eu vi um garotinho lá
— Sim é o filho dele, e antes que você me pergunte ele não é casado e nem namora — ela fala dando um sorriso malicioso na minha direção
— E a mãe dele não mora aqui não ? — Pergunto e vejo ela negando com a cabeça
— Não, ela mora em um lugar que ninguém que ir morar lá — ela fala e eu olho sem entender — Ela tá morando no cemitério — ela fala e eu engasgo com o meu suco
— Meu deus Paola — Falo depois de ter uma breve crise de tosse
— Mas o que eu estou falando é verdade amiga — ela fala e bate nas minhas costas
— Mas também não precisa falar assim né amiga — Falo como se aquilo fosse óbvio
— Ai me desculpa querida — ela fala debochada
— Vaca — n**o com a cabeça e dou risada
E se eu falar pra vocês que depois do almoço a Paola me deixou sozinha na ONG, por que ela falou que ia se encontrar com um boyzinho que ela tinha conhecido pelos aplicativos de namoro dela, e eu não sei como ela tinha coragem para ir num encontro com uma pessoa que você só está vendo pela Internet.
E como eu já havia feito todas as minhas coisas antes de ir almoçar eu estava praticamente atoa lá, apenas esperando as crianças entrarem e fazendo o trabalho da Paola, que era ficar recebendo as crianças e atendendo algumas ligações, mas naquele momento estava com a cabeça deitada sobre o balcão distraída, até que começo a ouvir alguns passos e eu levanto o meu rosto e vejo o Pedro vestido de bombeiro.
Aquilo era uma miragem por que se fosse tava muito boa de se ver.
— Ana luiza eu estou falando com você — Ele fala alto e saio dos meus pensamentos
— Oi ? — Falo passando a mão no meu rosto — O que estava falando ?
— Cadê a Paola ? — Ele pergunta me olhando
— Ela teve que ir resolver algumas coisas da faculdade — Menti e acho que ele acreditou em mim
— Vou tomar um banho, e daqui a pouco as crianças estão chegando já — Ele fala e se vira para sair
— Você está em alguma festa ? — Pergunto e ele me olha confuso, como se eu fosse uma doida
— Não — Ele fala sério
— Ah então você é gogoboy ? — Falo meia incerta e no mesmo momento eu me arrependo do que eu tinha falado
— Não, eu sou bombeiro Ana luiza, aqueles que apagam os focos de incêndio sabe — Ele fala irônico — Você conhece né ?
— Sim — eu falo aquilo mais pra mim do que pra ele, e sem falar mais nada ele sai e depois de alguns minutos as crianças começam a chegar
— Vai demorar muito ? — uma das crianças me pergunta
— O que vai demorar ? — Pergunto sem entender
— As aulas de luta, já tem um tempo que o tio Pedro estava querendo colocar aqui e ele conseguiu — um dos meninos fala animado
— E por que não podia ter aula de luta antes ? — Pergunto bastante curiosa
— Por que as roupas são caras, mas ele falou com uma mulher que irá fazer as roupas para nós — um dos garotos maiores fala explicando
— Qual luta que é ? Jiu-jitsu ? — Pergunto pra ele e ele assente — Aqui tem mais alguma luta ou não ?
— Tem muay thai — O mesmo menino fala e eu dou um sorriso — E hoje será muay thai, nossa primeira luta é ela
— Nossa que demais, eu amo muay thai — Falo e eles começam a rir — Ei eu mando bem na luta
— Não parece tia — eles falam dando risada
— Quem sabe um dia eu mostro pra vocês — Falo dando risada
— Mas você é menina tia — um dos meninos fala incrédulo
— E o que tem ? As meninas também podem lutar, e tem muitas delas que mandam muito bem — Falo
— Isso é mentira tia — um dos menores fala e eu preferi não discutir com ele, afinal era uma criança
— Vamos lutar crianças — escuto uma voz bem animada e quando olho para trás vejo o Pedro, e meu deus ele era o professor e eu não tinha mais sanidade mental, afinal ele estava apenas com um short de luta e sem camisa
Como que resiste um homem desses minhas amigas ?
— Eu posso assistir ? — Pergunto meia receosa
— Você já fez tudo o que tinha pra fazer ? — Ele me pergunta e eu assenti — Então pode assistir
— Eba — Falo animada
— Mas tem que ter silêncio hein — Ele fala me olhando
— Pode deixar — Falo concordando
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Até o próximo capítulo