03

1391 Words
Ana luiza Desde que resolvi fazer os trabalhos voluntários eu já sabia que não seria bem recebida pelo primo da Paola e ela já tinha me falado sobre isso, mas eu até pensava que ela estava falando besteira sobre o primo dela, mas eu estava completamente enganada e ela estava certa. Mas se tem uma coisa que eu não faço é desistir do que eu quero, minha mãe sempre me ensinou para não desistir das coisas que eu quero e se o primo da Paola acha que eu vou desistir ele está completamente enganado, e eu vou mostrar pra ele que eu quero trabalhar na ONG. — Amiga pode deixar que eu faço — Paola fala e pega o pano que ela estava na minha mão — Não amiga como eu vou trabalhar aqui também eu quero ajudar com tudo — Falo e pego o pano novamente da mão dela e coloco ele dentro do balde com água — E que negócio é esse de escala de quem limpa aqui ? E que você fugiu na sua vez ? — É que aqui uma vez por semana tem uma limpeza e nós revezamos quem limpa — Paola fala explicando — Eai você foge quando é a sua vez ? — Pergunto dando risada — Algumas vezes sim — ela fala dando risada — Mas ele não pode falar muito não por que ele sempre me dá o troco também, e me coloca pra limpar tudo isso sozinha — Mais que justo — Falo dando risada e tento colocar o pano na vassoura mais não ficava — Coloca assim amiga — ela fala e pega a vassoura colocando do jeito certo dessa vez — Ele é bem sério né — Falo fazendo careta — Apenas com quem ele não conhece — Paola fala — Mas com quem ele pega i********e ele é divertido e brincalhão, mas ainda assim ele é grosso as vezes — Ele é seu primo de sangue ? — Pergunto bem curiosa — Sim, o pai dele era irmão do meu pai — Ela fala me olhando — Era ? Como assim ? — Pergunto e ela assente — Meu tio faleceu em um confronto que teve aqui, ele estava voltando do serviço e acabou levando uma bala perdida — Paola fala e logo em seguida fica quieta — Nossa que barra, eu imagino que tenha sido bem difícil né — Falo baixo — Foi sim, ainda mais para um garotinho de seis anos perde o seu herói — Paola fala e eu concordo — E ele tinha tudo para ter virado uma pessoa r**m e entrando para o mundo errado, mas a minha tia não deixou isso acontecer, ela trabalhava fora para manter a casa, e também não deixou que ele saísse da escola e sempre acompanhava ele de perto para que ele não desviasse para o caminho errado — Ela é uma verdadeira guerreira, por aguentar tudo isso, e ainda criar o filho sozinha — Falo dando um sorriso fraco — Sim ela é, e é a única mulher que consegue fazer ele não ser grosso — Paola fala e torce o pano no balde novamente — Eu achei a história dele bem comovente, mas também tem várias pessoas que passaram por coisas piores e não são um porcento do que ele é — Falo dando de ombros — Ele é uma pessoa fechada demais — Paola fala me olhando — Eu nem sei o que eu faria se eu perdesse os meus pais — Falo passando o pano no chão — Nem eu amiga — Paola fala dando um sorriso fraco [...] Já havia passado um mês que estava trabalhando na ONG e o Pedro não foi com a minha cara ainda, ele só vinha me colocando para fazer a limpeza da ONG e organizar alguns documentos e as minhas mãos estavam tão sensíveis que passei no dermatologista ele falou que eu estava com alergia aos produtos de limpeza. Eu estava bastante animada em organizar algumas atividades para as crianças que acabei me desanimando um pouco. — Apenas quero a minha linda cama nesse momento — Falo bocejando e já era quase sete horas da noite e eu havia trabalhado o dia todo afinal não tive aula na faculdade — Eu também amiga — Paola fala fechando a porta da ONG já que Pedro saiu mais cedo e não falou o motivo — Nossa não acredito nisso — O que houve amiga ? — Pergunto olhando pra ela — A minha avó está pedindo pra mim pegar algumas roupas na casa da costureira — ela fala bufando — E é longe daqui ? — Pergunto pegando o meu celular para responder algumas mensagens — É um pouco, mas eu ainda tenho que levar algumas coisas na casa do Pedro — ela fala mais para de falar de repente e eu olho pra ela — Bem que você poderia levar lá pra mim né — Eu nem sei aonde ele mora — n**o com a cabeça — Você vai reto e depois vira a esquerda e é só perguntar para qualquer pessoa que tiver na rua — ela fala me olhando — Depois você pode ligar para o senhor Jorge te buscar lá — Eu não acho que isso seja uma boa ideia — Falo ainda receosa — Por favor amiga — ela fala me olhando e me abraça — Me dá logo isso vai — Falo e ela dá risada — Obrigada amiga eu te amo — ela fala me beijando e então me entrega o envelope Ficamos conversando por mais alguns minutos e eu estava bem receosa, afinal não era um lugar que eu conhecia, eu tenho um pouco de medo mas já conhecia algumas pessoas de vista. — Tá perdida garota ? — escuto uma voz falar atrás de mim e eu fico travada no lugar — Ah é você — solto um suspiro de alívio quando vejo que era o Willian — Nossa você tá pálida — Ele fala dando risada — Está tudo bem ? — Eu apenas me assustei — Falo passando a mão nos cabelos — Aonde que o Pedro mora ? Eu tenho que entregar alguns documentos pra ele — Ele mora ali — Ele fala apontando — Você quer que eu te leve lá ? — Não precisa não — agradeço ele e ele vai embora, e com mais alguns passos eu chego na casa do Pedro, toco a campainha e espero por alguns minutos — Já vai — escuto uma voz infantil e olho mais uma vez para o portão que o Willian havia me mostrado — Quem é você ? — saio dos meus pensamentos e vejo um garotinho que parecia ter uns 7 anos ou menos me olhando — Eu queria falar com o Pedro — Falo ainda confusa — Essa é a casa dele ? — O que você que com o meu pa..... — e antes que ele completasse a frase ele é cortado e escuto a voz do Pedro — O que já não falei pra você abrir esse portão Enzo — Pedro fala sério e quando olho pra ele, o mesmo estava com uma calça jeans e sem camiseta e tinha várias gominhos naquela barriga — Desculpa — Ele fala entrando e o Pedro me olha — Ele é seu irmão ? — Pergunto não aguentando a minha curiosidade e pela primeira vez vejo ele sorrir — Não é o meu filho — Ele fala sério — Bom a Paola pediu pra mim te entregar — Falo esticando o envelope pra ele — Ela tinha me falado — Ele pega o envelope — Obrigada mesmo — Não foi nada de demais — Falo dando um sorriso — Você não vai pra casa ? — Ele pergunta me olhando — Estou esperando o senhor Jorge — Falo me encostando no muro — Se quiser pode ir fazer suas coisas — Estou indo para o trabalho daqui a pouco — Ele fala olhando no relógio — Mas eu espero ele chegar pra você não ficar aqui sozinha — Não precisa Pedro — Falo negando — Ele já está vindo — Ele fala apontando com a cabeça — Que bom — Falo aliviada e vou até o carro Votem Comentem Até o próximo capítulo
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD