gelo e sangue

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Blurb

Blair possui um passado obscuro onde fez justiça com suas proprias mãos quando matou o assasino do seu pai, porém agora o destino espera coisas melhores para ela. Blair acaba sendo despedida de seu trabalho, percebendo que as pessoas não dão valor para seu esforço ela mesma decidide ir atrás do principal inimigo do rei e colocar sua cabeça na cama ao lado do rei como um agrado a ele. Ela ainda deve seguir uma profecia que diz que seu pai voltará a viver se ela realizar um trato com o misterioso Dante, onde ela terá que ser a guardar mais Leal dele em troca dos bens que ele pode oferecer à ela, e ainda tem o novo rei que faz amizade com ela e sua mãe e que parece ser leal a ela. A jornada é longa onde muitos obstáculos e desafios a acompanharam nessa jornada.

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Tudo que sai da caixa é insuportavelmente insignificante.
Suas mãos esqueléticas estão tão ásperas que quase derrubam a caixa, seria trágico se não fosse tão engraçado a cara de Mia ao ver o papel voando para baixo de acordo com o vento agitando as árvores e arbustos do grande Palácio que nos cerca. Me encontro sentada no banco do quintal deste Palácio luxuoso e extramente branco e luminoso com detalhes bíblicos, não iria conseguir contar nos dedos quantas estátuas de Jesus Cristo já avistei passeando por aqui, são todas lindas, não posso mentir. Só não é lindo quando Mia se abaixa para pegar o papel quase o rasgando por inteiro depois fazendo uma cara séria, pigarreiando para concertar suas cordas vocais o mais rápido o possível, lendo as letras que preenchem o papel. -É com pesar e extrema dor em nossos corações que anunciamos neste papel a expulsão dessa linda guerreira apelidada de lindinha mas sinceramente e verdadeiramente tendo o nome de Blair Saint Blanc. Essa garota realizou seu trabalho de bom grado e fez feitos de se invejar, porém é de natureza humana que iremos procurar o melhor e um realmente melhor para realizar feitos mais agradáveis ao vossos olhos é Derick Modric, filho do tão renomado nobre Lery, melhor amigo do console. Por isso pedimos que você, Mia, leve a lindinha para fora do Palácio para já.- Ela fica paralisada com oque acaba de ler e como qualquer outra pessoa sensata olha pra mim com um olhar de pena, com uma certa compaixão vindo por parte dela. Eu apenas fico quieta esperando o próximo passo, vingança não faz o meu tipo, porém uma pequena demonstração de que eu sou melhor que esse tal de Derick cairia bem. Que sobrenome ridículo, parece algum tipo de trocadilho ou rima com o próprio nome, que merda hein lery, espero realmente que sua esposa tenha fugido depois dessa ideia de nome e você teve que lidar com os bullyings que seu filho sofreu durante todos os anos dele na escola. Seria pecado ou um erro com Deus se eu não segurasse uma gargalhada agora mesmo? Acho que no máximo mia iria achar que eu estava ficando louca e daqui a pouco fosse me voluntariar para trabalhar como boba da corte, não seria uma péssima ideia. Mia faz uma careta ao me ver segurando uma risada forte e acaba soltando um chiado de reprovação com a língua, sei exatamente oque se passa na cabeça dela. Seu grande cabelo castanho reflete no sol, fazendo ele ficar cada vez mais lindo e combinando com seus olhos que possuem a mesma cor que seus cabelos. Ela se levanta de uma vez só do banco em que estamos sentadas e me dá uma de suas mãos para eu me levantar. -Ande logo com isso, Lindinha.-Ela ri com vontade depois que solta esse apelido tosco que na carta eles dizem que se referiam a mim como isso, mas é mentira, nunca tiveram nem preocupação de saber meu nome real então tiveram que inventar qualquer coisa para se referir a mim sem parecer que não se importavam. Eu dou a minha mão a ela então ela simplesmente me puxa para frente e começa a andar com passos apressados até o Palácio e sua saída. Atravessamos o grande salão e ando mais devagar para dar uma última olhada nos quadros extravagantes, nos vasos dourados e também lembro-me que tenho que pegar meus pertencentes que ficam no Palácio. Vou até as escadas e começo a subir para os quartos, quando finalmente chego ao topo da escada vou até a porta preta e abro rápido e com pressa pego todos os meus pertences do quarto que no momento se encontra em um breu por completo. Jogo tudo na minha sacola de tecido agonizante e começo a descer as escadas com a sacola na mão. Volto a acompanhar Mia quando ela para e olha pra mim, paciente. -É meio intrigante pra mim que você não esteja tão triste ou sequer chocada com essa decisão repentina e inapropriada vinda deles- Ela diz isso arregalando os olhos no começo para conseguir se concentrar na minha resposta que vou lhe dar. -As coisas estão ocorrendo rápido no Reino, Mia. Eu era uma das dezenas de guardas que o console tinha, creio que sou jovem e as oportunidades não iram faltar nem um dia sequer para mim. Você não perde por esperar! O meu próximo feito será inesquecíveis e eu me tornarei uma lenda pelo resto da eternidade, espere e veja.- Garanto para ela, apesar de ela não colocar fé em nenhuma das palavras onde eu garanti que me tornaria uma lenda viva. Ela apenas dá um sorrisinho genuíno para mim e me puxa novamente para o lado de fora do Palácio, onde somente agora eu percebi que todos os cortesões ou empregados pararam para ver a minha saída rápida e sem enrolação. Cambaleo para trás quando ela me empurra para fora e da uma risada bipolar. Ela estava sentindo pena de mim agora pouco, por que diabos agora ela resolveu rir de mim?? Mia é louca demais para sequer ter uma amizade com ela. Ela pisca pra mim quando fecha o portão do Palácio e simplesmente corre para dentro dele sem mais nem menos me deixando completamente sozinha no meio dos aldeões, ocupados vendendo suas mercadorias ou andando em charretes sendo elas das mais luxuosas que levam com si algum nobre ou burguês e logo na frente levando eles, não cavalos, não jumentos mas sim ogros de pele verde e asquerosa sendo escravizados, levando chicotadas no traseiro e ainda sendo obrigados a cantar musicas para satisfazer as vontades dos mimadinhos. Faço o meu caminho de sempre para minha casa, seguindo para uma casinha pequena e humilde localizada no sul da cidade. A casa é marrom por completo e no quintal tem uma pequena leitoa rosa chamada Juice, que exatamente agora se encontra deitada debaixo da pequena árvore em que eu costumava escalar durante toda a minha infância, normalmente pra fugir de mamãe que ficava facilmente irritada comigo por minhas artimanhas. Não podia negar que eu era uma artista de mãos cheias e eu expressava minha arte pintando a casa de diversas formas, sempre achei sem graça a cor e o vazio das cores, talvez seja assim que minha mãe se sente, vazia. Desde que papai morreu quando seu próprio amigo matou ele mamãe está em depressão profunda. A inveja é capaz de mexer na cabeça das pessoas. Sim, eu matei o "amigo" depois dele ter feito tudo e sim, eu vi tudo mas não fui capaz de impedir pois eu estava sendo obrigada a ver o ato. Juice percebe a minha presença e começa a pular de alegria e sua graça se manifesta ao redor. Seus pelinhos rosas e seu focinho são as coisas que só colocam um charme em sua aparência além de que ela é sempre muito fofa e carente. Me abaixo e começo a acariciar sua pequena cabeça enquanto ela fecha os olhinhos, só não percebo que minha mãe está olhando pra mim pela janela com preocupação, creio que ela deve se perguntar do por que cheguei em casa tão cedo sendo que era pra eu estar no serviço neste exato momento. A demissão caiu tão bem em você, blair. Nessa mesma hora me arrependo de não ter me frustrado com a demissão, acho que já era de se esperar ela, minha mãe acreditava muito no meu potencial. Eles subestimam minhas habilidades com a espada e segurança que eu teria trago para o console e mais tarde quem sabe para o proximo rei de Teratá , vida longa ao rei! Minha mãe aparece rapidamente na frente da porta de casa: -Blair, oque está fazendo aqui tão cedo, querida?- Sua voz baixa e doce me tira dos meus pensamentos que em uns 10 segundos atrás eram os meus principais alvos. Ela me encara como seus olhos depressivos e baixos, esperando qualquer resposta que seja para talvez apenas assentir e voltar ao seu quarto como de costume fazia na minha presença, não que fosse algo aver comigo exatamente, acho que ela só queria ter tempo sozinha para ninguém ver ela chorando. Mas hoje é diferente, em seus olhos tem uma espécie de brilho diferenciado, felicidade, seria uma surpresa boa se não fosse impossível. Ela veste uma longa camisola rosa desbotada e manchada com pó de café, seu cabelo n***o assim como a cor do meu, está preso em um coque baixo me fazendo duvidar de sua idade, ela me teve nova demais pra a idade necessária de ter um filho, 13 anos é uma idade um tanto quanto horrível e bizarra para se quer ter algum tipo de relação com alguém, mas por incrível que pareça ninguém nesta cidade a não ser eu mesma não veem problema algum em engravidar e ter um filho com apenas 13 anos, que infância saudável!! No momento em que eu iria responder a pergunta de mamãe um barulho estrondente esmaga o silêncio que antes percorria por nós, me viro rapidamente assustando Juice que já tinha se reeprendido com o barulho. Me levanto e começo a andar em direção pra dentro de casa fazendo mais barulho com minha bota quebrando e andando por cima dos pequenos galhos e gravos. Quando chego na varanda minha mãe entra na minha frente e pega cuidadosamente em minha mão acariciando ela e me fazendo alcamar, apesar de todo esse suspense me deixar impaciente. -Por Deus, quem você convidou para vir aqui para casa mamãe? Não é mais uma de suas amigas doidas da cabeça?- Falo e logo me arrependo de chamar as amigas dela de doidas, porém não é mentira, uma de suas amigas chamada abigail pensava ser uma vidente, uma vez me disse que eu meu dedão do pé iria ser triturado por uma máquina de triturar milhos se eu fosse sair em uma tarde qualquer. Óbvio que não foi feito, mas na época eu era genuína de mais para ter a malícia de saber que ela era louca então pensei que realmente fosse tudo verdade, temendo o pior. -Não, não. É outra pessoa que tenho certeza que você vai gostar bem mais, fofa- Ao terminar de falar isso ela dá uma risadinha suspeita e é a primeira vez durante anos que a vejo falar desse jeito. Ela ainda acrescenta: -Você é tão linda filha, sabe que isso é ótimo não é mesmo?- Forço um sorriso simpático ao escutar isso. É bom ver ela falando dessa forma alegre, apesar de isso não mudar a minha autoestima baixa de sempre, em um certo período eu era muito vaidosa, gostava de me arrumar para impressionar os garotos mesmo que aquilo nunca acontecesse com frequência. Normalmente os garotos preferiam sempre a julyh e iasmyn, não era atoa, o corpo das duas eram mais bonitos e mais atraentes do que o meu corpo. Minha mãe puxa meu braço e me guia para dentro da casa marrom de cor sem vida enquanto vejo Juice dar um pequeno suspiro de tristeza ao me ver sair tão derrepende assim. Entro dentro de casa e a primeira coisa que vejo é um rapaz sentado no sofá velho e sujo mas que ainda aparentava estar com resquícios das minhas pinturas incuráveis e impossiveis de se limpar como mamãe tinha falado certa vez enquanto me esperava descer da árvore. Ele encara meus olhos com demora e da um sorriso artificial misturado com um nervosismo, seus olhos verdes se destacaram diante de seus curtos cabelos Louros com uma mecha preta em sinal a realeza, até porque todos os meninos jovens devem ter essa marcação no cabelo representando o rei e que no momento está morto. -Ei mocinho, posso saber que barulho foi aquele que eu e blair acabamos de escutar vindo daqui de dentro? Não está fazendo nada de errado não é mesmo?- Minha mãe fala e logo ele demonstra nervosismo e ansiedade para elaborar a resposta perfeita. Ele veste uma camisa branca e por cima uma manta e uma calça preta larga. -Na verdade, eu não faço a menor ideia de como esse barulho aconteceu senhora Blanc, juro, eu escutei ele vindo das ruas. O povo está louco ultimamente, dizem e falam sobre revolução! Loucura, loucura.- Ele completa a frase com total dicção e lábia me fazendo refletir qual foi a última vez que li um livro em meus últimos 17 anos de vida. Minha mãe apenas assente em resposta e pega minha mão -Esta é minha filha, Tommyk.- Ela fala e assim que termina ele me olha de cima a baixo enquanto eu sorrio de maneira exagerada. Porém aperto a mão dele com firmeza para demonstrar que não irá ocorrer abraços como apresentação. Minha mãe entra no meio de nós dois e começa a falar novamente: -Querida, não sei se deve saber, mas.. O Tommyk é o sucessor do rei, daqui uns dias ele vai ser coroado e nós convidou para ir a sua coroação. Ele não é realmente um fofo?- Eu fico em choque com aquilo que ela me acaba de falar, só pode ser algum tipo de pegadinha... Isso seria impossível, esse rapaz será o rei? E eu ainda estou apertando a mão dele enquanto ele sorrie de satisfação ao ver minha reação chocada, droga. -Mas oque ele faz aqui afinal? Oque vocês tem um com o outro?- Deixo de me virar para minha mãe e agora falo com ele- Oque ela fez para você nos convidar assim de supetão? Te dou um doce se me contar. Um leão na toca das hienas! Oh Deus, é impossível!!- Termino a frase com um sorrisinho no rosto que deveria ser impagável de ser visto. Minha mãe rapidamente se apronta para responder minhas dúvidas que no momento me intrigam bastante. -Pois é, é uma história engraçada e i****a, Blair. Eu estava num pub com a minha amiga bebendo minha sexta vodka ou seja lá oque tenha sido aquilo que eu estava engolindo, só que minha amiga sumiu derrepende. Então, alguns vadios começaram a me chatear e ele apareceu bem no momento e me defendeu fazendo eles apanharam feio, falei que tinha uma filha linda para apresentar para ele e desde então nós somos amigos, estávamos conversando sobre quando você iria aparecer para eu apresentar você a ele- Ela termina a frase e olha diretamente para tommyk enquanto ele me encara sorrindo e concordando com a história. Não tenho sequer tempo para responder quando Tommyk se levanta e estende sua mão para mim com esperança que eu pegue sua mão. Olho para ele com total confusão, negando lentamente com a cabeça, não tenho ideia de suas intenções, ele é um total desconhecido para mim e tudo parece estar indo rápido demais. Ele começa a notar a minha indiferença. -Não precisa ter medo Blair, quer dar uma volta pela cidade? Vamos ver o show que está tendo, é ótimo.- Ele diz em alto e bom som que o show de matança do rei Luis que irá ocorrer hoje é ótimo, otimo principalmente para ele, que afinal, não tem impatia nenhuma pelo rei, um parente próximo dele creio eu. Os aldeões iram ver o primo dele sendo decapitado na guilhotina e ele nem sequer demonstra remorso nisso, na verdade, ele adora o fato de saber que daqui a alguns dias ele será o novo rei. No mesmo instante que me lembro que posso pedir ou implorar para que ele deixe que eu volte a ser a guarda real mas somente dele eu agarro sua mão e dou outro sorriso, mas desta vez não é um sorriso falso e muito menos artificial, agora posso ter certeza do meu pedido e de como ele será respondido. Me despido de minha mãe que está batendo Palmas de alegria, com gritinhos finos e então eu puxo tommyk para fora no mesmo instante que percebo essa reação super exagerada de minha mãe. Vamos em silêncio até a cidade e a noite está com a lua mais cheia o possível. As calçadas cinzas da ruas são grandes e cheias de pebleus, como crianças, mulheres, homens, ogros, kikimoras, cocatrices de todo os tamanhos que se possa imaginar, Minotauros servindo como babás das crianças, bruxas sentadas nas calçadas e rindo de como a verruga no nariz da sua ex-amiga é a verruga mais feia entre todas as outras, uma questão de inveja e rancor guardado ou apenas a verdade? Acho que nunca irei saber porque eu e Tommyk já chegamos no centro enquanto passávamos pelas diversas lojinhas de todos os tipos, as maiorias sendo de tijolinhos não pintados, loja para feitiços e poções, loja de vassouras, loja de roupas para a alteza, o pub que minha mãe tinha falado mais cedo, loja de armas em que o dono dela é um duende simpático, alguimor. As tochas já estão acessas com o fogo quente e viscoso enquanto todo o povo de Teratá se apronta para a morte do rei. Tommyk está muito distraído com o preparo da festança para perceber que ainda agarra a minha mão, mas não me importo muito, só é meio desconfortável por não sermos conhecidos e nem amigos, oque é estranho eu nunca ter visto ele ainda na cidade, talvez ele não morasse aqui e tenha se mudado agora pouco. Só paro de me importar quando o centro está realmente cheio de aldeões e estamos todos em volta de um grande e alto palco sustentado e feito de madeira, em cima dele uma das maiores estrelas, a guilhotina com suas afiadas lâminas prontas para brincar de matar, do lado dela dois guardas humanos parecendo mais ferozes do que os Minotauros, que estam ocupados servindo como babás por serem doces e calmos com as crianças. Mais na frente do grandioso e largo palco uma apresentação está acontecendo agora mesmo, com trolls de cabeça não sujas mas sim cobertas de grama e terra e fadas vestidas de flor dançando e rodopiando com uma canção feita por uma nixie jovem e vivaz, o povo grita de satisfação ao ouvir a música alegre e a conversa rola solta. na nossa frente está posto um elfo alto, completamente nu, sua pele palida exposta para todos verem seu corpo esquelético, sem aparentar ter alguma parte intima, sendo limpo entre as pernas, com apenas um chapéu vermelho e grande cobrindo sua cabeça escondendo seus cabelos grandes e brancos combinando e se misturando com a cor de seu corpo magro e alto. No momento em que eu encaro ele fascinada pelo seu físico nada comum para um elfo sendo um dos únicos que tem esse porte em toda a região, pelo menos aqui na cidade não tem nenhum, porém a floresta altions é tão desconhecida que ninguém possue coragem de se aventuar ou ao menos ir até lá, o elfo se vira e olha diretamente para mim dando um sorriso perturbador ao ver que estou encarando ele. -Olá, criaturinha. Oque está achando do espetáculo? É a primeira vez que te vejo aqui- Ele diz de forma sedutora me fazendo duvidar se ele sente atração apenas nas elfas de sua espécie ou é apenas manipulação e sedução. Tommyk logo nota sua presença e começa a responder por mim antes que eu mesma responda o elfo -Na verdade, não sei se notou mas antes de você falar alguma besteira e atrocidade com ela deveria ter percebido que ela está acompanhada e nem se atreva a falar mais uma vez com ela, criatura infeliz- Tommyk está vermelho de raiva e começo a perceber seu temperamento forte e fácil de ser ativado. O elfo pisca duas vezes tentando processar oque tommyk acaba de falar, ele gargalha de forma espontânea por alguns minutos e começa a se aproxima mais ainda de nos dois. -Quem você pensa que é para falar assim comigo? Meu mestre? Eu poderia te matar agora mesmo se eu fosse realmente um ser sem senso de humor. Pra sua sorte, garoto franzino, eu amo a ironia e pegadinhas engraçadas, mesmo tendo impressão de que isso não é nenhum tipo de piada.- Ele mordisca suas garras grandes e afiadas mostrando seus dentes bem parecidos com os de um gato, e então da outra gargalhada. Tommyk bufa em resposta e impaciência. -Na verdade, eu sou bem superior a você, senhor. Serei o próximo rei daqui alguns dias, se eu quiser posso punir você e seu mestre delinquente- Tommyk deixa de ficar vermelho e então percebe que eu estou preste a dizer algo: -Ainda não entendi porque está tão irritado com o elfo, fofo. Creio que ele está apenas tentando ser educado- Dou minha mão para apertar a mão do elfo e ele olha pra mim dando um suspiro como se estivesse feliz que alguém finalmente entendeu que ele só gosta de puxar assunto com as pessoas ao redor. Ele segura e aperta minha mão então logo sinto suas garras fazendo uma pequena carícia em minha mão, encaro ele com um sorriso quando vejo que tommyk olha pra mim em choque total e franzindo o cenho. Somos interrompos pelo um homem comum e gordo que faz a apresentação dos trolls e das fadas pararem quando ele dá um grito pedindo a atenção de todos nós. Ele saltita quando rouba o doce de uma criança ruiva que estava sendo segurando no colo de um Minotauro albino que logo abre uma cara feia para o homem gordo. Na outra mão gordinha e pequena ele segura uma folha longa de papel e começa a ler em voz alta para todos nós escutarmos: -Caros cidadãos de Teratá, Hoje o infiel e traidor rei Luis, mais conhecido como Luis bem amado, será decapitado e morto. Durante anos sua família e árvore geológica fizeram história na nossa cidade. Porém ele não compriu o seu dever como mestre e rei de todas as criaturas e humanos de Teratá, se aliou as trevas que não nos convém a nós aliar e por um certo período foi embora da cidade e região, voltando apenas porque foi capturado e forçado a voltar para sua punição que hoje, finalmente, chegou. Sem demora, tragam o rei!- Novamente o gordo volta a saltitar com felicidade me lembrando de mamãe a poucas horas atrás quando fui convencida rapidamente que iria com Tommyk ver o espetáculo. O povo grita de prazer e desejo quando o rei Luis chega ao palco acompanhado de dois duendes negros com cabelos longos trançados, algemando o rei com musgos impossiveis de serem cortados, porém possíveis de serem amarrados. Foi oque a bruxa Hilla havia dito na última vez que me encontrei com ela e comprei uma mercadoria um tanto quanto interessante. A loja dela não é como as outras, para alguém conseguir comprar de seus produtos deve acessar a floresta altions e pagar ela, não com dinheiro, mas sim com favores "especias". O rei treme como um filhote de cocatrice assustado, o monstro em forma de ave pode ser grande na forma adulta, porém quando é apenas um filhote ele treme e fica assustado com tudo que vê em sua volta, falo isso por experiência própria, já tive um quando era pequena . Percebo também que o rei começa a chorar por isso a felicidade do gordo fica mais estampa e descancarada a partir do momento que ele também percebe assim como eu, que o rei chora. Os duendes simplesmente empurram o rei para a guilhotina e colocam seu pescoço em volta da circunferência em formato de um colar de madeira invertido e louco para cortar oque está em volta, mesmo que aquilo tenha que significar um pescoço. Os dois duendes simplesmente saem pulando e cantando uma musiquinha baixinha, mas sinto que todos nós escutamos a sua letra então começamos a cantar todos, acompanhando os duendes: "hoje o rei morre, feliz, feliz, feliz. No luar, feliz, feliz, feliz, feliz. O brinquedo é a morte, feliz, feliz. Morte longa ao rei, feliz, feliz, feliz." Canto a música até a minha voz ficar rouca com o sereno da noite agitada de Teratá. Quando finalmente paramos de cantar as tochas começam a bater em ritmo acelerado, fazendo todos ficarem quietos com total interesse nos próximos minutos seguintes. O gordo pega um graveto e coloca goela abaixo na garganta do rei fazendo uma graça como se fosse um microfone, alguns de nós riem mas eu só consigo demonstrar nojo pelo ato, o gordo é tão podre quanto o rei. -Finalmente sua morte chegou trazendo paz para todos nós reizinho, mas como sou muito bom, vou te dar uma chance de dar suas últimas palavras antes de ir daqui diretamente para o inferno. Fale, seja rápido e breve antes de arrancamos sua cabeça- O homem gordo diz e acaricia os cabelos brancos do rei. Então o rei olha para cima com total convicção do que vai dizer e prontamente percebo que alguma asneira vai sair da boca dele. -Eu espero te encontrar no inferno assim que você morrer também, Lukar.- ele termina de falar e então o gordo solta a cordinha que segurava as lâminas da guilhotina fazendo o seu devido papel de matar. A cabeça do rei cai rolando no chão e o povo entra em êxtase por um momento até um ogro roxo gritar e todos gritarem juntamente com ele. Assim que o gordo percebe que todos estão adorando o espetáculo ele pega a cabeça do rei e mostra a todos. -Morte longa ao rei!- Ele grita e dá outro grito feroz com a plateia vibrando de satisfação ao ver a cabeça do rei longe o bastante do seu corpo. Os olhos do gordo encontram os meus e depois encontram os de Tommyk que está totalmente calmo e frio, o gordo chama por ele e então sem mais nem menos tommyk me abandona no meio da multidão e vai correndo em direção ao palco de onde o gordo está. Estou completamente certa de que, sua apresentação como o novo rei de Teratá vai ser agora e também estou completamente certa de que isso vai gerar alguns questionamentos vindo do povo e que não irá gerar muita satisfação entre alguns. O grande e alto elfo se vira para mim novamente e percebe que tommyk me deixou sozinha e então se dirige a mim. -Quer companhia madame?- Ele dá um sorriso largo que me faz duvidar novamente sobre suas intenções porém nem tudo é oque parece, então não seria uma péssima ideia eu pretender aceitar sua companhia. -Eu adoraria.- Respondo e ele fica do meu lado ao invés de ficar na minha frente observando o show. Tommyk finalmente chega em cima do palco ao lado do gordo e então o gordo levanta seu braço com o punho fechado para cima e sorri para todo o povo de Teratá. -Recebam com alegria e graça o mais novo rei de Teratá, Tommyk.- Por um momento a plateia fica em silêncio sem entender muita coisa e o sorriso do gordo vai se desfazendo assim que os questionamente que eu previ chegaram. Uma bruxa logo começa a falar sem ter medo de qualquer punição que receberia, normalmente, bruxas não tem mestre, porém isso não impediria de receber uma punição que alguma criatura com um mestre receberia. -Por que essa coisa aí vai ser o rei? Ele é pequeno e frágil, não aguenta muita coisa. Não serve nem pra comer com essa pouca carne- Ela diz analisando todo o corpo de tommyk. Aparentemente o gordo chamado de lukar conhece a bruxa pelo seu olhar íntimo que compartilha com ela e logo a bruxa se retrai. -Por favor, xilliar. Sabe muito bem o porquê de que o garoto será o próximo rei. Questionamentos não seram tolerados e muito menos respondidos aqui. Vocês devem gloriar e festejar, agora que o show acabou podem beber e dançar a vontade, se divirtam!- Ele levanta as mãos em sinal de reedição e paz. Lukar, o gordo, desce as escadas com tommyk que some junto com ele no meio da multidão. Ogros são reunidos para tirarem a guilhotina de cima do palco e então trolls e duendes e fadas pulam para o palco dançando e continuando a rodopiar em meio a dança que novamente começa a tocar com rapidez. É uma nova música sobre uma nixie jovem e vivaz que é tirada da sua lagoa encantada quando um pescador captura ela e obriga a cantar para ele sem um dia de paz nem sossego. Só percebo que tem alguém me chamando quando sou avisada pelo elfo, olho para traz e vejo minha amiga, zily, uma fada branca e loura de porte grande. Conheci zily quando tinha apenas 2 anos, mas desde então nós nos tornamos inseparáveis de uma maneira em que não fazíamos nada sem uma estar do lado para ajudar ou trazer companhia. -Soube pela sua mãe que você está namorando com um tal de tommyk, que será o novo rei, isso é verdade? Se for posso saber por que diabos você não me contou isso antes blair?- Apesar da irritação em seu semblante sua voz ainda continua fina e doce. Seu nariz é extremamente pequeno juntamente com sua boca delicada e macia, a sombrancelha rosa claro é da mesma cor de seus olhos, sem pupilas aparentes. Olho por cima de sua cabeça e vejo uma tiara de flores com tulipas brancas e várias folhas de árvores, combinado com seu vestido todo branco que vai até seus pés. -É exagero de minha mãe, ela só está emocionada que conseguiu fazer com que eu saísse com algum garoto- Termino de falar e vejo um alívio em seu rosto, e ainda acrescento: -Vamos dançar, temos que aproveitar essa noite. Esquece isso, zily- sugiro e então vou direto pegar duas taças cheias de um líquido grosso e verde se asselhando com o vinho enfeitiçado vendendo no pub. Tomo um gole e pulo para o palco me juntando com os demais que já estão dançando e rodopiando de acordo com a música tocada. Apesar de zily não aparentar estar tão entusiasmada eu puxo seu braços e carrego ela para frente do palco enquanto busco um parceiro de dança para ela.

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