CAPÍTULO 11: PORQUÊ QUE ES ASSIM?

1389 Words
Dirigimo-nos à cozinha, aquecemos a comida e começamos a comer ali mesmo. — "Você está muito linda, Merci", —elogiei, exibindo um sorriso leve. — "Não diga bobagens", — respondeu Merciana, com seriedade. — "Eu só queria dizer que és a pessoa mais incrível que já conheci, e esse turbilhão de sentimentos é novo para mim. Eu sei que não fui muito justo contigo, e por isso, peço perdão. A vida não me deu muita escolha, não me ensinou a confiar nas pessoas", declarei, olhando seriamente para ela. — "Quando falas assim, parece que carregas uma grande raiva por algo que aconteceu contigo. O que foi? Podes contar", perguntou Merciana, curiosa. — "Quando eu tinha 13 anos, testemunhei meus pais sendo assassinados por bandidos. Eu queria fazer algo, mas era pequeno demais e eles estavam armados até os dentes. Mataram meus pais, ficaram com todo o dinheiro e as empresas da minha família, nos deixando à própria sorte." "Sem água para beber, sem teto para dormir. Fui pai e mãe para o Jackson. Tentaram nos separar várias vezes, adotando-nos. Foi aí que comecei a roubar para comer, até me tornar profissional e criar minha própria organização mafiosa. Jurei vingança aos 17 anos." "Criei minhas próprias regras, limitando os sentimentos, acreditando que enfraquecem pessoas fortes. Só comecei a quebrar essas regras quando você entrou em minha vida. Por isso, tentava te manter afastada, pois perto de ti, não consigo raciocinar claramente. Parece que o tempo para; quando estás por perto. — "Eu já imaginava algo assim, por isso você e o Jackson são tão reservados e distintos. Mas meu conselho para ti é que deixes essa vida, pois só trará mais dor. A vingança nunca é o caminho certo a seguir", disse Merciana, fitando-me nos olhos e buscando aconselhar-me. Na aquele momento a profundidade do olhar de Merciana carregava a esperança de um caminho diferente, um apelo à transformação diante das cicatrizes do meu passado. Naquela noite na cozinha, o clima tenso do passado cedia espaço a uma nova dinâmica entre Merciana e eu. Enquanto terminávamos a refeição, ela quebrou o silêncio, buscando compreender melhor o meu mundo. — "Sei que a vida te tratou de forma injusta, mas a vingança só perpetua a dor", insistiu Merciana, olhando-me com compaixão. "Há sempre uma escolha para recomeçar, Aloisio." Suspirei, deixando as palavras dela ecoarem em meu interior. "Eu já tentei deixar isso para trás, Merci, mas é difícil quando a escuridão se torna parte de quem você é." "Todos carregamos nossas sombras, Aloisio, mas é a luz que escolhemos alimentar que molda nosso destino", disse ela, tocando de leve em meu braço. Depois dela ter falado aquilo eu não me aguentei e sem dizer mais nada, aproximei-me dela, acariciando seu rosto suavemente antes de selarmos nossos lábios em um beijo mútuo e apaixonado. A noite se desdobrou em conversas profundas, tecendo uma conexão que nos levou tranquilamente ao sono e acabamos por dormir. No dia seguinte, Edgar já estava muito melhor com algumas dores no abdômen mas era normal e foi o segundo a despertar porque o primeiro a despertar foi eu. — Acordam seus dorminhocos -" disse Edgar" — O que você está fazendo de pé aqui na sala devias estar no quarto -"disse Merciana ralhando e com medo que a ferida se infecciona" — Eu já estou melhor maninha -"disse Edgar sorrindo " — A Merciana tem razão é melhor você descansar -"disse Teresa " — Você esqueceu do papai? essa hora deve estar muito preocupado -"disse Edgar " — A tua saúde em primeiro lugar depois pensamos em algo pra dizer ao pai -"disse Merciana" — Mas vocês só conseguem mesmo fazer barulho? não respeitam o silêncio? -"perguntou Jackson" — Jackson você se continuar assim com esse comportamento vás acabar muito m*l -"afirmou Teresa" — Eu nasci assim e tenho meus motivos -"disse Jackson levantando-se do sofá que é onde todos dormimos e caminhando para o banheiro" — Espera ai Jackson, onde está o Aloísio? -"perguntou Merciana " — Eu sei lá, deve estar no laboratório -"afirmou com incerteza o Jackson" — Amiga eu acho que já vou, meus pais devem estar muito preocupados - "disse Teresa preocupada" — Tudo bem, vamos juntos eu só vou despedir o Aloísio -"disse Merciana" — Ok, mas se apresse eu e o Edgar ficaremos a tua espera -"disse Teresa" Enquanto isso, eu estava mesmo no laboratório a fazer a fórmula que eu acreditava que mudaria por completo a raça humana de maneira positiva até que a Merciana adentrou o laboratório. — Afinal estas aqui meu amor? -"disse Merciana toda contente" — Sim -"respondi de maneira ignorante " — Porquê estas a me responder assim? -"perguntou Merciana" — Eu sei lá talvez é porque eu não seja o homem ideal pra você -"afirmei olhando nos olhos dela" — Isso quem decide sou eu -"afirmou Merciana que de seguida me deu um selinho " A verdade é que ontem a noite agente tinha decidido ficar juntos não importando o que acontecer mas nem sempre o que agente quer é o que acontece. Eu só pensava como ela reagirá quando descobrir que eu fui o homem que espancou o seu pai. — O que você tanto pensa -"perguntou Merciana" — Nada de importante me desculpa -"afirmei" — Tá bom, já agora o que você tanto faz nesse laboratório? -"perguntou Merciana curiosa" — Desculpa mas ainda não posso dizer, o que posso adiantar é que reduzirá a taxa de mortalidade no mundo inteiro -"afirmei" — Hum? contínua sonhando. Olha eu só vim avisar que já estamos de saída-"disse Merciana" — Não vão mais mata-bichar? -"perguntei " — Não, fica pra outro dia -"afirmou Merciana" — Tá bom então depois eu cobrarei o almoço — Já agora tens que tirar o Edgar desse teu mundo -"disse Merciana de maneira ordenar " — Ok entendi. É engraçado dias atrás quem quisesse sair da organização eu tinha que o m***r mas agora pelo pedido de uma garota eu estava prestes a romper uma das regras que eu mesmo criei. Assim que chegamos na sala a primeira coisa que fiz foi dizer ao Edgar que já não fazia mais parte da organização, o Edgar ficou tão furioso que não queria mais falar com agente e saiu daí todo furioso. — Fizeste bem meu amor -"disse Merciana" — De nada, tudo para te ver feliz -" disse olhando pra ela" Depois de alguns minutos, a Merciana e Teresa foram -se embora. — É assim que quês vingar a morte do pai e da mãe, esquecendo -se deles? - "perguntou Jackson todo furioso" — Desculpa irmão mas o que estou a sentir por essa garota, é muito mais forte O Jackson sem palavras dirigiu-se ao seu quarto, a verdade é que ele nunca me viu nesse estado e sendo sincero eu também não. No covil sombrio do Sr. Xavier, tramas malignas se urdiam enquanto ele e seus comparsas discutiam seus planos sinistros. "O Aloísio quer brincar de esconde-esconde, então vamos acertar onde mais dói", anunciou o Sr. Xavier, com um brilho malévolo nos olhos. "Entendi! Você quer s********r o Jackson?", sugeriu um dos seguidores, m*l percebendo a profundidade da malignidade do líder. "Não, seu i*****l! O alvo é aquela garota, a Merciana", esclareceu o Sr. Xavier, com uma risada sinistra ecoando pelo ambiente. "Entendi... e qual é o plano?", indagou outro, ansioso por participar do esquema. "Vamos incendiar a casa dela com o velho dentro e então, vamos pegá-la", revelou o Sr. Xavier, soltando uma gargalhada cheia de maldade. Enquanto isso, na escola, o tempo passava e Merciana e eu compartilhavamos momentos de alegria e amor, alheios ao perigo que se aproximava. "Amor, depois da aula, vamos para minha casa. Quero te apresentar ao meu pai", convidou Merciana, com um brilho nos olhos. "Não sei...", hesitei, atormentado por segredos sombrios. "Tem medo do meu pai ou não quer nada sério comigo?", questionou Merciana, com um tom de tristeza em sua voz. "Não é isso, é que... tem algo que ainda não te contei", murmurei, desviando o olhar. — "O que foi? Podes confiar em mim", assegurou Merciana, com carinho. "É que se eu disser, você vai terminar comigo", confessei, com pesar. "Você pode me contar qualquer coisa. Nada vai mudar o que sinto por você", declarou Merciana, com determinação. CONTINUA ...
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