Merciana, em sussurros para sua amiga: "Amiga, esse homem dando autógrafos não para de olhar pra mim."
A amiga respondeu: "Ele é Aloisio Huma, o ícone da música Angolana de Raiz."
Merciana, intrigada: "Nunca ouvi falar ou cantar "
Amiga, decidida: "Merciana, você está atrasada. Vou lá pegar um autógrafo."
Merciana seguiu a amiga, observando atentamente o cantor. Merciana questionou: "Moço, já nos conhecemos?"
— "Isso parece impossível", comentei.
— "Como assim?" questionou ela.
— "Minha agenda é bastante lotada," expliquei.
— "Com o quê?"
— "Oi, chega de perguntas. Se quiser ficar comigo, é só falar." disse eu
— "Hum, convencido." disse Ela
Merciana falou e voltou para sua carteira, enquanto eu continuava dando autógrafos até a entrada do professor que cumprimentou a todos.
— "Good afternoon."
— "Good afternoon, teacher."
— "How are you?"
— "We are fine, thanks."
— "Iam fine too. Ok, como podem ver, serei o vosso professor de inglês. Então, vamos começar com as apresentações."
Realizamos as apresentações, e após alguns minutos, todos, inclusive o professor, foram devidamente apresentados.
— "Por hoje é só. A tarefa é revisar o material deixado no cyber. Na próxima aula, teremos conversa em dupla," anunciou o professor.
Ele formou grupos de dois para um trabalho, me colocando em parceria com Merciana, e instruiu-nos a estudar, destacando seu gosto por avaliações.
Após a saída do professor, Merciana veio até mim.
— "Eu não sei inglês e não quero tirar nota baixa, melhor me dizer que tu sabes." -"disse Merciana "
— "Não te preocupes, isso é comigo," tranquilizei ela.
— "Então, tá bem. Onde estudaremos?"
— "Na minha casa."
— "Hum, estás a pensar que sou uma dessas miúdas fáceis?"
— "Miúda, eu não penso,."
— "O que queres dizer com isso?"
— "Você só faz perguntas "
Ao dizer isso, deixei a sala, deixando-a perplexa. No caminho para a cantina, onde pretendia comer algo, fui abordado e empurrado por um colega no corredor.
— "Oi, você me conhece?" perguntei já todo furioso.
— "Hã, é preciso te conhecer?" perguntou todo convencido.
— "O ambiente está tenso sem motivo, vou abrir a tua porta sem chave e olha que não sou carpinteiro," alertei já todo furioso"
— "O que você está dizendo, engraçadinho?" perguntou ele.
— "Melhor você sair daqui logo," disse eu todo furioso.
Ele ignorou meu aviso e tentou me socar. Eu esquivei, contra-ataquei com firmeza, e todos observavam ansiosos para ver o desfecho.
Ele tentou reagir novamente, e acabei acertando um golpe que o deixou inconsciente. Eu estava prestes a ir além, mas Jackson me segurou. Os professores intervieram e me orientaram a ir até a diretoria. Tranquilamente, dirigi-me para lá.
As colegas estavam sussurrando: O Aloisio é muito forte, quem me dera ter um homem assim só pra mim.
Enquanto isso, Merciana estava conversando com a Teresa dizendo: Uau que homem
Teresa alertou: Cuidado mana nem sempre o que parece é
Merciana disse: Cuidado com quê? Eu só estava elogiando o novo colega Teresa disse: Está bem
Enquanto isso, na diretoria o diretor estava a dizer pra mim que está instituição tem regras que pra eu seguir, ainda mais sendo um novo aluno e no seu primeiro dia de aula já arrumar uma briga é muito f**o.
Eu disse: Está bem diretor, nunca voltará a acontecer.
Em seguida o diretor me dispensou, disse pra mim ir na minha sala.
A verdade é que eu e o meu irmão Jackson estamos nessa instituição pra recrutar novos homens, depois o que fizemos ao Sr. Xavier é muito provável que ele venha se vingar de nós.
Depois de tanta agitação dirige-me a minha sala, assim que entro deparo-me com Jackson, ele aproximou -se e ralhou-me dizendo:
— Irmão arriscaste muito , lembra que temos um objetivo, acho que estas a perder o seu poder de cálculo e regras
— Claro que lembro, cálculo e regras faz parte de mim, nunca mais repita isso
Em seguida dirige-me a minha carteira, fiquei alí sentando a pensar na Merciana, na sua beleza e a forma de ser e agir, até que o professor de matemática entrou, fizemos as apresentações e algumas considerações sobre a matéria até que o sino tocou e todos dirigimo-nos ao ponto de ônibus.
Chegando lá, eu e o meu irmão ficamos a espera do ônibus, até que vi a Merciana atravessando a estrada manejando o seu celular e um dos ônibus vinha em direção a ela, sem ela perceber, vários colegas tentavam alertar ela mas ela não nos ouvia porque estava com auricular, então eu corri, corri até que cheguei a tempo e empurrei ela , tirei ela da faixa do ônibus e o ônibus acabou por pisar a mim.
O condutor assim que se apercebeu acabou parando o ônibus e a Merciana de imediato veio até mim, chorando, pedindo ajuda para que chamacem a ambulância mas não demorou muito a ambulância havia chegado e acabaram por me levar ao hospital, o meu irmão seguiu-me de mota.
Enquanto a Merciana chorava ela conversava com a Teresa dizendo:
— Foi tudo por minha causa
— Nada haver amiga, tu não tens culpa
— Então, quem tem culpa? Eu vou lá no hospital lhe fazer companhia
— Se tu vás, eu também vou
CONTINUA ...