Quando o Sr. Alfredo desmaiou, o Edgar veio até mim e desferiu um soco no meu rosto. Eu não pude reagir, pois naquele momento ele tinha razão. Eu tinha acabado por destruir a família dele, assim como alguém fez com a minha.
— Desculpa Edgar, mas agora não é hora de bancar o durão. Precisamos resgatar a Merciana", eu disse com tom de urgência.
— O que você fez com a Merciana, seu i****a?"
— Merciana foi sequestrada, e a culpa é minha. Eu deveria ter me afastado desde o momento em que a conheci", admiti com pesar.
Edgar tentou me acertar novamente, mas eu consegui desviar.
— Enquanto você fica aí choramingando, eu vou pensar em um plano para salvá-la", declarei decidido.
Deixei o Sr. Alfredo desmaiado sob os cuidados de Edgar e corri para casa, determinado a terminar o projeto científico que estava trabalhando, mesmo consciente de que ainda faltavam alguns ingredientes desconhecidos.
— O que aconteceu, irmão? Por que você está tão agitado?", perguntou Jackson preocupado.
— Xavier sequestrou a Merciana e quer o meu produto e a minha vida em troca da dela", respondi, com tristeza no rosto.
— Você não pode entregá-lo, você sabe que ainda não está pronto. Não sabemos quais serão as consequências", alertou Jackson.
— Você já esqueceu quem eu sou, irmão? Vou mostrar ao Xavier que a inteligência supera tudo", afirmei, determinado.
— Entendi, esse é o Aloísio que conheço", Jackson disse, concordando com minha decisão.
— Hoje mesmo, assim que anoitecer vamos resgatar a Merciana"
Uma vez o meu pai me disse: As vezes precisamos aceitar que não podemos mudar determinados acontecimentos e aceitar que a vida continua, pra não obter problemas onde não deveria ter.
Assim que anoiteceu, eu e a Team Sangrenta nos dirigimos ao suposto esconderijo, eu sabia que a Merciana não me veria com os mesmos olhos assim que souber que eu espanquei o seu pai mas ainda assim eu não podia deixar ela lá sequestrada.
Era uma mansão com vários homens a volta, todos armados até aos dentes, com certeza qualquer um que entra-se aí sairia morto mas eu não sou qualquer um, pelo menos era o que eu pensava.
Eu acabei por adentrar o portão e os homens do Xavier seguindo-me por trás e dirigindo-nos até a sala onde estava o Xavier na sua cadeira de estado.
— Onde está o seu irmão? seria um alívio eliminar os irmãos Huma de uma vez por todas. -"disse o Xavier soltando um sorriso maléfico"
— Porquê falas de uma vez por todas? -"perguntei todo furioso"
— Olha, eu acho que mereces souber toda a verdade antes de morrer mas antes da-me o produto.-"disse o Xavier"
Um dos seguranças dirigiu-se a mim, arrancou-me o produto nas mãos e deu-a ao Xavier. O Xavier pegou uma arma e apontou -me a testa. — " Muito bem, agora sim vou contar toda a verdade, vamos a história.
6 anos antes (começo da história)- Narrando Sr. Xavier André. Começo da história " Narrando Sr. Xavier André" 5 anos antes.
Teu pai Lírio Huma também tinha esse teu jeito e a tua inteligência, mas com a peculiaridade de ser extremamente ingênuo e frágil. Éramos inseparáveis, dois cientistas visionários. Um dia, ele compartilhou comigo seu desejo de transformar o mundo, tornando-o livre da dor. Mostrou-me um produto inovador e assegurou que, com ele, a humanidade nunca mais sentiria dor ou se feriria fisicamente, pois qualquer ferimento se curaria instantaneamente.
Eu fiquei tão chocado e ao mesmo tempo fascinado, não conseguia acreditar no que estava presenciando; parecia que Lírio tinha enlouquecido. Naquele momento estávamos no laboratório, e ele aplicou o produto em um coelho ferido, testemunhando sua incrível regeneração até a plena saúde.
— Eu quero que o mundo conheça meu produto amanhã mesmo, farei um anúncio televisivo. Imagine quantas vidas podemos salvar? - disse Lírio.
Naquele instante, uma mistura de raiva e inveja brotou em mim. Não podia permitir que Lírio se tornasse famoso enquanto eu permanecia na obscuridade. Então, tive a ideia de eliminá-lo, mas o plano não saiu como planejado.
Ao anoitecer, segui até a casa de Lírio com alguns homens, todos armados. Ao entrarmos, encontramos sua mãe, Rosalina Huma, na cozinha. Ela tentou gritar, e acabei disparando um tiro que a atingiu fatalmente. Lírio, prestes a fazer seu anúncio na televisão, ouviu o tiro e correu até a cozinha, segurando o produto científico em suas mãos. Ao ver sua esposa caída no chão, não conteve as lágrimas, perguntando o porquê de eu ter feito aquilo. Em seguida, ele tentou me atacar, mas acabei por também tirar sua vida.
O dilema surgiu quando, mesmo após ser alvejado, Lírio ainda teve forças para agarrar o produto e jogá-lo ao chão, tornando-o inacessível para mim.
— Nunca terás o produto - disse Lírio, num último suspiro, soltando um sorriso fugaz.
Prometi a mim mesmo encontrar quaisquer anotações escondidas, mas até lá, seus filhos enfrentariam as consequências.
— Maldito! Eu mesmo vou te m***r! - gritei furioso, lágrimas misturando-se à minha raiva.
Por tanto tempo, busquei o assassino dos meus pais longe, sem perceber que estava tão próximo. Tentei alcançá-lo, mas os seguranças intervieram, disparando um tiro em minha perna.
— É assim que eu queria te ver, rastejando de dor. Antes de tudo, vou testar o produto em você para não cometer o mesmo erro que fiz com teu pai - disse Xavier, um sorriso sinistro adornando seus lábios.
Os seguranças me seguraram com firmeza, impedindo qualquer movimento. Xavier introduziu o produto bem no centro das minhas pernas.
A c***l verdade veio à tona: o produto ainda não estava pronto. Depois de Xavier ter aplicado em mim, uma dor excruciante tomou conta de todo o meu corpo.