CAPÍTULO 13: A MORTE DE ALOISIO

955 Words
Quando o Sr. Alfredo desmaiou, o Edgar veio até mim e desferiu um soco no meu rosto. Eu não pude reagir, pois naquele momento ele tinha razão. Eu tinha acabado por destruir a família dele, assim como alguém fez com a minha. — Desculpa Edgar, mas agora não é hora de bancar o durão. Precisamos resgatar a Merciana", eu disse com tom de urgência. — O que você fez com a Merciana, seu i****a?" — Merciana foi sequestrada, e a culpa é minha. Eu deveria ter me afastado desde o momento em que a conheci", admiti com pesar. Edgar tentou me acertar novamente, mas eu consegui desviar. — Enquanto você fica aí choramingando, eu vou pensar em um plano para salvá-la", declarei decidido. Deixei o Sr. Alfredo desmaiado sob os cuidados de Edgar e corri para casa, determinado a terminar o projeto científico que estava trabalhando, mesmo consciente de que ainda faltavam alguns ingredientes desconhecidos. — O que aconteceu, irmão? Por que você está tão agitado?", perguntou Jackson preocupado. — Xavier sequestrou a Merciana e quer o meu produto e a minha vida em troca da dela", respondi, com tristeza no rosto. — Você não pode entregá-lo, você sabe que ainda não está pronto. Não sabemos quais serão as consequências", alertou Jackson. — Você já esqueceu quem eu sou, irmão? Vou mostrar ao Xavier que a inteligência supera tudo", afirmei, determinado. — Entendi, esse é o Aloísio que conheço", Jackson disse, concordando com minha decisão. — Hoje mesmo, assim que anoitecer vamos resgatar a Merciana" Uma vez o meu pai me disse: As vezes precisamos aceitar que não podemos mudar determinados acontecimentos e aceitar que a vida continua, pra não obter problemas onde não deveria ter. Assim que anoiteceu, eu e a Team Sangrenta nos dirigimos ao suposto esconderijo, eu sabia que a Merciana não me veria com os mesmos olhos assim que souber que eu espanquei o seu pai mas ainda assim eu não podia deixar ela lá sequestrada. Era uma mansão com vários homens a volta, todos armados até aos dentes, com certeza qualquer um que entra-se aí sairia morto mas eu não sou qualquer um, pelo menos era o que eu pensava. Eu acabei por adentrar o portão e os homens do Xavier seguindo-me por trás e dirigindo-nos até a sala onde estava o Xavier na sua cadeira de estado. — Onde está o seu irmão? seria um alívio eliminar os irmãos Huma de uma vez por todas. -"disse o Xavier soltando um sorriso maléfico" — Porquê falas de uma vez por todas? -"perguntei todo furioso" — Olha, eu acho que mereces souber toda a verdade antes de morrer mas antes da-me o produto.-"disse o Xavier" Um dos seguranças dirigiu-se a mim, arrancou-me o produto nas mãos e deu-a ao Xavier. O Xavier pegou uma arma e apontou -me a testa. — " Muito bem, agora sim vou contar toda a verdade, vamos a história. 6 anos antes (começo da história)- Narrando Sr. Xavier André. Começo da história " Narrando Sr. Xavier André" 5 anos antes. Teu pai Lírio Huma também tinha esse teu jeito e a tua inteligência, mas com a peculiaridade de ser extremamente ingênuo e frágil. Éramos inseparáveis, dois cientistas visionários. Um dia, ele compartilhou comigo seu desejo de transformar o mundo, tornando-o livre da dor. Mostrou-me um produto inovador e assegurou que, com ele, a humanidade nunca mais sentiria dor ou se feriria fisicamente, pois qualquer ferimento se curaria instantaneamente. Eu fiquei tão chocado e ao mesmo tempo fascinado, não conseguia acreditar no que estava presenciando; parecia que Lírio tinha enlouquecido. Naquele momento estávamos no laboratório, e ele aplicou o produto em um coelho ferido, testemunhando sua incrível regeneração até a plena saúde. — Eu quero que o mundo conheça meu produto amanhã mesmo, farei um anúncio televisivo. Imagine quantas vidas podemos salvar? - disse Lírio. Naquele instante, uma mistura de raiva e inveja brotou em mim. Não podia permitir que Lírio se tornasse famoso enquanto eu permanecia na obscuridade. Então, tive a ideia de eliminá-lo, mas o plano não saiu como planejado. Ao anoitecer, segui até a casa de Lírio com alguns homens, todos armados. Ao entrarmos, encontramos sua mãe, Rosalina Huma, na cozinha. Ela tentou gritar, e acabei disparando um tiro que a atingiu fatalmente. Lírio, prestes a fazer seu anúncio na televisão, ouviu o tiro e correu até a cozinha, segurando o produto científico em suas mãos. Ao ver sua esposa caída no chão, não conteve as lágrimas, perguntando o porquê de eu ter feito aquilo. Em seguida, ele tentou me atacar, mas acabei por também tirar sua vida. O dilema surgiu quando, mesmo após ser alvejado, Lírio ainda teve forças para agarrar o produto e jogá-lo ao chão, tornando-o inacessível para mim. — Nunca terás o produto - disse Lírio, num último suspiro, soltando um sorriso fugaz. Prometi a mim mesmo encontrar quaisquer anotações escondidas, mas até lá, seus filhos enfrentariam as consequências. — Maldito! Eu mesmo vou te m***r! - gritei furioso, lágrimas misturando-se à minha raiva. Por tanto tempo, busquei o assassino dos meus pais longe, sem perceber que estava tão próximo. Tentei alcançá-lo, mas os seguranças intervieram, disparando um tiro em minha perna. — É assim que eu queria te ver, rastejando de dor. Antes de tudo, vou testar o produto em você para não cometer o mesmo erro que fiz com teu pai - disse Xavier, um sorriso sinistro adornando seus lábios. Os seguranças me seguraram com firmeza, impedindo qualquer movimento. Xavier introduziu o produto bem no centro das minhas pernas. A c***l verdade veio à tona: o produto ainda não estava pronto. Depois de Xavier ter aplicado em mim, uma dor excruciante tomou conta de todo o meu corpo.

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