o garoto do calendário

o garoto do calendário

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intro-logo
Blurb

Lukka precisa de dinheiro, muito dinheiro. ele precisa arranjar um milhão de dólares o quanto antes para pagar uma dívida de seu pai, que cometeu a idiotice de se envolver com o maior agiota da Cidade e agora ameaça sua família constantemente.

mas como arranjar todo esse dinheiro em um ano?! Lukka ver a improvável solução para esse problema na empresa de sua tia, onde vai trabalhar como um acompanhante de luxo, trabalhando todo mês para alguém diferente, sempre atendendo as necessidades do cliente... Basicamente: dinheiro fácil. pelo menos era o que ele achava, até conhecer seu primeiro chefe, um homem lindo/rico/sexy... que dificulta sua missão. agora além de ter que arranjar toda a grana, ele também precisa esconder seu coração.

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capítulo 01
Alguns anos atrás, pensava que iria me apaixonar perdidamente por alguém assim como “esse alguém” por mim, então iríamos viver felizes para sempre igual acontece nos livros. Mas eu está terrivelmente enganado. Talvez seja por causa dessa suposta ilusão chamada de “amor” que eu perdi minha virgindade aos quinze anos, quando estava no primeiro ano do ensino médio. Jonathas. Aquele maldito garoto do terceiro ano que trabalha como assistente do professor e tinha a função de ajudar os alunos com notas baixas nas aulas extras. Ele disse que me amava, nós transamos algumas vezes, até eu descobrir que ele tinha um “amor” diferente em todas as turmas. Felizmente, a minha virgindade não foi a única coisa que ele levou, o chute no saco que eu dei nele deve ter sido bem... Satisfatório. Pelo menos para mim, foi. Com toda certeza foi. Um ano depois, veio o Clark. Eu estava trocando de roupa no banheiro depois da aula de natação que praticávamos no horário de educação física tinha acabado. Ele entrou na minha cabine vestindo apenas uma cueca boxer azul, me encarou com aqueles olhos castanhos e não disse uma palavra, simplesmente me pressionou contra a parede, tirou a minha roupa e fez s**o comigo por quase uma hora. Não posso dizer que não gostei daquilo, mas acho que merecia mais que aquele silêncio frio. Depois que terminamos, ele vestiu a roupa e saiu sem dizer uma palavra, me deixando lá com a cara de i****a e a b***a um pouco dolorida. Dias depois, vi ele beijando uma garota (que mais tarde descobri ser a namorada dele) no refeitório, o que me deixou abalado e ao mesmo tempo furioso, mas ele não merecia que sequer uma lágrima minha fosse derramada por sua causa. Por isso, uma semana mais tarde, entrei sozinho no vestiário vazio e esperei. E como imaginado, ele apareceu, tirou toda a roupa e à jogou lá no canto, então veio em minha direção. Eu disse que só lavar as mãos (já que estava fazendo xixi) e depois voltaria. Saboreei cada segundo enquanto caminhava para fora da cabine, peguei suas roupas e corri, deixando ele lá como veio ao mundo. Depois daquilo, eu me relacionei com mais uma pessoa. A maldita pessoa que está fazendo da minha vida um verdadeiro inferno, e que me fez ter certeza de uma coisa: o amor não existe, pelo menos nunca existiu e nunca existirá para mim. (***) - luky, você foi ao hospital hoje??- pergunto para meu irmão assim que ele coloca os pés dentro do nosso pequeno apartamento. - sim.- responde, aproximando-se de mim em passos silenciosos, enquanto aperta as alças da mochila que está em suas costas. - como está o papai??- questiono, encarando seus olhos verdes, que são um pouco mais escuros que os meus. - ele ainda está em coma.- diz, sua voz mais triste do que nunca. - vai ficar tudo bem luky.- cruzo os poucos metros que nos separam e o abraço com força, recebendo um abraço na mesma intensidade. - m-mas... Ele tá muito machucado Lukka.- murmura, enterrando o cabeça no meu peito, já que sou um pouco mais alto que ele. Os capangas daquele agiota maldito deram uma surra no meu pai, que ficou muito m*l e entrou em coma há quase duas semanas. - c-como nós vamos pagar a dívida Lukka? Se não pagarmos, eles vão nos m***r. - eu vou dá um jeito nisso.- afirmo, embora não tenha certeza de como vou fazer isso. Só se eu assaltar um banco... - se você quiser, eu posso arranjar um trabalho.- ele me tira dessa linha de raciocínio. Dou um passo para trás e o seguro pelos ombros, fazendo com que ele levante a cabeça para me encarar. - você não vai trabalhar, você já ajuda muito com as fotos. Eu quero que você continue estudando para entrar em uma faculdade.- quero que meu maninho tenha o futuro que nem eu nem meu pai tivemos, quero que ele faça uma boa faculdade, se forme, e tenha uma vida feliz. - mas as fotos não dão muito dinheiro.- exclama, antes de abaixar a cabeça novamente. Há dois anos, ele fez um pequeno curso de fotografia, e de desde então, ele ajuda nas despesas vendendo as fotos que tira. - não se preocupe com isso. Você só tem 15 anos, eu quero que você vá se divertir por aí. - é difícil me divertir sabendo que posso ser morto à qualquer hora.- fala, com a voz cheia de sarcasmo, o que me leva a dá um beliscão na sua barriga. - ai! Seu louco! - nós não vamos morrer, okay? Vai ficar tudo bem.- afirmo novamente, ignorando o que ele acabou de dizer. - tá tá. Mas como você vai arranjar um milhão de dólares??- ele faz a mesma pergunta que tenho feito à mim mesmo desde... Sempre. - e-eu ainda não tenho certeza. - você já tentou falar com o Jace? Talvez ele possa aumentar o prazo.- sugere, falando o nome da pessoa que eu mais odeio nesse mundo: meu ex-namorado. Ele não aceitou quando eu quis terminar o namoro, então manipulou o meu pai, sabendo que ele tinha problema com jogos e o fez pegar muito dinheiro emprestado com o objetivo de me prender à ele para sempre. Agora, ele quer o dinheiro à todo custo, e o único jeito para ele diminuir um pouco da dívida é se eu praticamente aceitar ser o e*****o s****l dele, o que não vai acontecer NUNCA. - eu não vou falar com aquele nojento!- falo, tentando conter a irritação que sempre aparece quanto mencionam ele na conversa. Meu irmão confirma balançando a cabeça, sabendo o quanto eu odeio aquele homem. - e se... Nós vendermos esse apartamento?- sugere enquanto coça a nuca, com uma expressão pensativa. - acho que o preço desse pequeno apartamento não chega nem perto do valor que precisamos. E mesmo assim, onde iríamos morar? Isso é tudo que nós temos. - verdade...- confirma, antes de desviar os olhos e encarar as janelas abertas da nossa pequena, mas aconchegante sala. Ficamos em silêncio por um tempo, então resolvo contar-lhe a solução mais obvia (a única) para nosso problema. - eu vou trabalhar para a tia Mary.- desembucho, então olho em sua direção, rezando para que a reação dele seja pelo menos... Aceitável. - O QUÊ?! EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ IR TRABALHAR COM AQUELA... AQUELA v***a!!- grita, com irritação transbordando dele. - olha o respeito garoto, mesmo sendo daquele jeito, ela ainda é nossa tia.- repreendo. A tia Mary é irmã da nossa mãe, que nos abandonou há 10 anos e sumiu no mundo. - mas... Mas Lukka! Eu não quero você perto daquela mulher. - tudo bem luky. E nós estamos precisando muito dessa grana. Eu falei com ela alguns dias atrás, e ela disse que eu posso ganhar até 150 mil dólares por mês. Dinheiro fácil. - você andou falando com aquela vaca e não me contou?!- ele chega mais perto de mim e começa a me balançar que nem um louco, segurando-me pelos braços. - eu precisava, mano. Você mesmo disse, se não conseguirmos o dinheiro, eles podem nos m***r! Eu tive sorte dela me aceitar em sua empresa, todos sabem que não é qualquer um que trabalha lá. - eu posso trabalhar, tirar mais fotos... - já chega luky!! Você só tem 15 anos! Não vai trabalhar que nem um louco por aí. Eu só quero que você estude bastante e fim de papo.- aumento o tom de voz, enquanto seguro seu rosto com minhas duas mãos. - você está agindo como se eu fosse criança, semana que vem eu faço 16, e estou quase tão alto quanto você... - não importa! Até lá você tem 15 anos. Eu não vou discutir por isso, sua prioridade é estudar e ponto final, agora vai tomar um banho e trocar de roupa para almoçarmos. Mesmo à contragosto, ele sai pisando forte em direção ao seu quarto com os braços cruzados. Mais que garoto eu esquentadinho e raivoso, é exatamente como eu. (***) (No outro dia) O taxi me deixa em frente ao enorme prédio às 10:30 em ponto. Solto um enorme suspiro e caminho em direção a porta de vidro, enquanto coloco os mãos nos bolsos da calça jeans. Ao entrar, sou recebido pelo vento frio do ar-condicionado. Abro um pequeno e gentil sorriso para a recepcionista que descansa atrás do balcão e digita apressadamente no computador. - você tem hora marcada?- ela pergunta, me olhando de cima à baixo com indiferença. - hã... Sim.- digo meio sem jeito. - você é o Sr.ª mayle? - s-sim? - ótimo, a Srtª Mariana está lhe esperando. O escritório fica no segundo andar.- informa, apontando levemente com o queixo para o elevador, antes de voltar sua total atenção para o computador e fingir que eu não estou mais aqui. Solto outro longo suspiro e caminho até o elevador, sentindo um pouco de frio na barriga ao lembrar que vou ver a mulher quase idêntica a minha mãe, que abandonou o marido e dois filhos sem ao menos olhar para trás. Saio do elevador e começo a caminhar pelo longo e chique corredor, decorado com quadros horríveis (o que quer dizer caro, na língua dos ricos) e sem nenhuma graça, com cores monótonas frias... Felizmente, me preocupar com o péssimo gosto para decoração dos outros não é a primeira coisa na lista de prioridades. Paro em frente a porta onde está escrito “escritório” com letras grandes, cursivas e douradas. Crio coragem e dou pequenas batidas na porta. - entre.- diz uma voz fria e formal vindo lá de dentro. Levo a mão ao trinco da porta e a abro, dando alguns passos para dentro logo em seguida. - sobrinho! Quanto tempo.- foco na mulher sentada atrás da mesa de vidro, tudo nela esbanja riqueza e poder, até as palavras banhadas de falsidade, que são típicas de gente rica. - oie, tia Mary.- respondo, um pouco desanimado. - ãh ãh – diz um tom de repreensão.- o correto é Srtª Mariana. - olá, Srtª mariana.- tento novamente, sendo o mais formal possível. Ela abre um sorriso de satisfação ao ouvir seu nome falso. Seus olhos verdes idênticos aos meus adquirem um brilho à mais. - melhor assim. Agora sente-se, por favor.- diz apontando para a cadeira acolchoada na sua frente. Faço o que ela pediu, enquanto observo a mulher que não tinha visto à bastante tempo, mesmo vivendo na mesma cidade que eu. Os cabelos castanhos arrumados perfeitamente em um r**o de cavalo são da mesma cor dos da mulher que me deu a luz (assim como o meu), tudo nela é parecido conosco... - então você quer trabalhar na “luxy acopanhants”?- pergunta sem ao menos me dirigir um olhar. - sim.- respondo. - bom. Tem certeza? Depois de fechar o contrato, você vai ter que ficar com a gente por pelo menos um ano, ou irá ter que pagar por quebra de contrato. - sim, eu tenho certeza.- confirmo, já que essa é minha única esperança. - bom...- murmura novamente, então desvia os olhos para mim e examina cada parte do meu corpo, o que me deixa um tanto desconfortável.- você é muito bonito, tem olhos lindos, o cabelo sedoso, dentes brancos e alinhados, pele macia, é esguio. - obrigado.- murmuro, apesar de não ter certeza se devo agradecer, já que ela me examinou como se estivesse examinando a raça de um cachorro e vendo se ele tinha chances de ser comprado. - vai dar um belo acompanhante.- confirmo com a cabeça, embora não tenha tanta certeza disso. Ela desvia o olhar para o computador e digita algumas coisas antes de tornar a falar. - me diga seus dois primeiros nomes e a idade. - Lukka mayle, 19 anos.- respondo, incrédulo por ela não lembrar meu nome e idade. - Ótimo, agora vamos ao contrato.- ela abre a gaveta da mesa, pega uma folha e a coloca na minha frente, com uma caneta ao lado. Levo a mão até a caneta e depois ao papel. - espera!- ela me impede de assinar. – você não vai ler antes??- bufo com descrença, não é como se eu tivesse a opção de recusar caso não goste do contrato. - não precisa... - ah! Precisa sim! Você vai ter que cumprir rigorosamente cada regra que existe nesse contrato! Se assinar e depois vier choramingando até mim eu não vou poder fazer nada!- repreende, focando suas órbitas verdes em mim. - okay okay. Eu vou ler.- digo, desistindo de tentar insistir. Depois de um monte de blá blá blá infinito, finalmente chego às regras: Regra 1: o acompanhante deverá ser completamente educado. Regra 2: deve ficar bem vestido sempre e à disposição sempre que precisarem (p.s. as roupas serão compradas pelo contratante, que às escolherá de acordo com seu gostos). Regra 3: o valor que você ganhará pode variar entre 100 e 130 mil. Regra 4: sorria. Regra 5: fale apenas quando falarem com você. (...) As malditas regras parecem não ter fim, mais ao que parece uma eternidade mais tarde, termino de ler. - pronto.- falo, soltando um suspiro de alívio. - ótimo. Pode assinar agora.- diz, sem desgrudar os olhos da tela do computador. - errr... Eu ainda tenho uma dúvida tia... Quer dizer, Srtª mariana. Eu vou p-precisar fazer se-s**o??- gaguejo, um pouco envergonhado por perguntar. - eu sou dona de uma empresa de acompanhantes, não de um cabaré garoto. Você não precisa t*****r com eles à menos que queira. E se fizer, será por vontade própria e não irá ganhar à mais por isso.- uma onda de alívio toma conta de mim assim que ela termina de falar. - obrigado.- exclamo, então assino meu nome na folha e à entrego para ela. - bem-vindo à minha empresa garoto, eu separei seus serviços por meses, então você irá trabalhar conosco por um ano, depois, se quiser continuar, nós podemos fazer outro contrato. Agora vamos as fotos. - fotos?- pergunto sem entender direito, ela não mencionou nenhuma foto quando nos falamos por telefone. - sim, você irá ter um perfil no site da empresa, com suas fotos, nome, idade... Assim, quem se interessar por seus serviços pode conhecer um pouco mais de você. - hum... Okay. - agora venha comigo, levarei você até o nosso fotógrafo, ele irá cuidar de você.- ela levanta da cadeira e caminha pelo escritório, sinalizando para que eu a siga. (***) Depois de quase duas horas, fazendo diferentes poses e vestindo diferentes roupas, que me deixaram mais “sexy e elegante” segundo o fotógrafo da qual eu nem sei o nome, eu desço novamente ao segundo andar, para o escritório da minha tia. - as fotos ficaram ótimas!!- ela elogia, encarando o computador como sempre. Me aproximo meio sem jeito e olho as fotos no computador. Definitivamente, aquele na foto não sou eu. Quer dizer... Sou eu, mas ao mesmo tempo não! O sorriso, os olhos... Tudo ficou mais bonito!! Na foto da tela, eu estou vestindo um moletom vermelho sobre uma camisa branca, assim como a calça jeans, o que me deixou elegante e casual ao mesmo tempo. - você vai ser um sucesso garoto!! Olha isso, eu m*l coloquei suas fotos no site e já temos dois meses agendados!!- franzo a testa surpreso, então tento esconder meu nervosismo abrindo um sorriso falso, radiante mais falso. - quer ver a foto do seu primeiro cliente?- ela me pergunta toda animada, o que é um pouco estranho. Só de imaginar um homem velho, careca e gordo, podre de rico que não tem onde gastar todo dinheiro me contratando para passar um mês com ele... Só isso faz meu estômago revirar. - o nome dele é Dante. Ele mora aqui mesmo em nova York. Venha ver a foto.- ela me convida, com um sorriso de orelha à orelha. Céus! Que não seja um velho t****o, que não seja gordo, que não seja um maluco... Rezo em silêncio, enquanto movo a cabeça em direção ao computador, e o homem da foto me faz travar no lugar. AI. MEU. DEUS. Isso é um homem ou um deus grego?! Uma miragem?! Tenho certeza que abri e fechei a boca uma centena de vezes. POR QUE RAIOS UM HOMEM ASSIM PRECISA CONTRATAR ALGUÉM?! Aposto que a maioria das mulheres desse pais se jogariam de um prédio se ele pedisse. Dante warrem. Esse o nome que está no perfil. Ele é loiro, com o cabelo cortado no estilo militar, nariz empinado, olhos verdes vibrantes, pelo bronzeada... - ele quer que você encontre-o no endereço que mandei para seu e-mail depois de amanhã.- sou tirado dos meus devaneios com a voz dela. - o quê?! Mais já?- exclamo espantado. - sim. Agora se me dar licença, preciso fazer algumas outras coisas. Tudo sobre ele foi enviado para o seu e-mail, não me decepcione garoto.- ela me dispensa com uma leve abanada de mão, que indica que ela já está farta de mim. Confirmo com a cabeça, então caminho para fora em passos silenciosos. Agora só falta avisar meu maninho, que pelo menos 10% dos nossos problemas estão prestes à serem resolvidos. Com o emprego garantido, só tenho que aguentar por 365 dias uma vida completamente nova e desconhecida.

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