Capítulo V

1519 Words
Eram quase quatro horas da manhã levantei abruptamente, havia sonhado novamente com aquele homem. Até quando isso iria me perseguir? Desci e fui até a cozinha beber um copo d'agua. Coloquei o copo no bebedouro, enquanto o preenchia com água gelada ouvi passos. Tive medo de olhar pra trás, será o homem novamente? Meu sangue gelava, parecia estar revivendo uma cena num filme de terror. Mas, não podia ser ninguem de fora, a casa é muito bem protegida por varios seguranças. Quando virei, meu rosto ficou à moda do rosto de Victor. Sentia como se fosse desmaiar em seus braços, ele me segurava e percebi que eu estava enfraquecendo. Então me abraçou e eu apaguei. Alguns minutos depois voltei ao normal, quando abri os olhos la estava ele novamente. Ele tinha me levado para seu quarto, eu estava deitado na cama dele e ele me observando. Não raciocinar direito. - Estou no seu quarto? - Indaguei olhando em seus olhos. -Sim Sam, achei melhor saber se estava bem e não seria normal Alguém me ver em seu quarto, não acha? Vai que Alguém me pega la. Adeus madrasta. - Isso é piada? Perguntei-me levantando. - Você não gostou mesmo de mim ou está querendo se divertir com piadinhas? Não fica bem para um homem da sua idade, trinta anos e totalmente imaturo. - Questionei olhando furtivamente em seus olhos. - Calma ai mamãe, para que tanta furia? Será porque se sente nervosa perto de mim? Isso é desejo mamãe. - Ironizou segurando meu queixo. Não podia deixá-lo pensando isso. Eu estava sim louca para que ele me agarrasse e não teria forças para lutar contra isso. Decidi sair de la o quanto antes. - Obrigada por sua preocupação. Vou voltar para o meu quarto, com licença. - Neste momento eu levantei e ele me pegou pelo braço chegando ainda mais perto de minha boca, dava para sentir o hálito dele. Seus olhos penetravam em minha alma. - Me solte Vitor por favor. - Pedi sem forças. - Quer mesmo que eu te solte Samanta? - Falava mordiscando minha orelha - E o que eu quero, não importa? - O que você quer? - Indaguei. Tentando não entregar-me. -Eu quero te beijar desde que te vi na rua hoje e agora meu sangue está fervendo louco para te possuir. - Ele falava devagar e com um tom mais suave como se fosse me devorar e eu sentia minhas pernas tremerem. Não posso fazer isso com Igor, ele não merece isso. - Pensei. Tentei me soltar, mas foi em vão. Victor me jogou na cama e veio por cima de mim. - Vitor, por favor, seu pai não merece isso. Pense nele. - Implorei olhando em seus olhos. - Você está me enlouquecendo, estou vidrado em você Samanta e sei o quanto você também me quer. Eu sinto cada fibra do seu corpo ao te tocar. Se entregue, eu Sei que deseja tanto quanto eu. - Falou lambendo minha boca e fazebdo minha v****a pulsar. - Vitor não estou bem, preciso voltar para meu quarto. Me deixa ir, por favor. - Insisti, tentando me desvencilhar dele. - Hoje eu vou deixá-la ir, mas não faltará oportunidades, estamos morando na mesma casa e trabalharemos juntos. Você vai acabar cedendo. - Falou saindo de cima de mim e deixando-me respirar. Sai totalmente atordoada, estava perdidamente apaixonada pelo filho do meu noivo. Se algo acontecesse perderia o noivo e emprego e minha melhor amiga. Me deitei na cama e demorei para conseguir pegar no sono. Acordei e o domingo parecia bem quente. Mandei uma mensagem para Clarissa. Cla, vamos tomar um banho de piscina? To no quarto. To indo. - Ela respondeu de imediato. Após eu largar o celular coloquei o biquini e fui até a sala onde Igor estava lendo o jornal. - Oi amor, vai para piscina? - Questionou sorrindo. - Sim eu vou, me acompanha? - Perguntei sentando-me em seu colo. - Sam se eu for vou deixar de ser tão cavalheiro. - Brincou beijando meu pescoço. - O plano é este meu noivo. - Continuei a brincadeira, mordendo o lábio. Levantei do como dele e sai rindo. Fui para a piscina e Clarissa me aguardava, me sentei na beira da piscina e arrumei os óculos de sol. - Samy você ama mesmo meu pai? Não sei se vejo química entre vocês? - Ela questionou do nada. - Agora que Vitor chegou, tenho observado ele te olhando. Parece que ele está encantado por você. - Pelo amor de Deus Clarissa não me fale essas coisas, não me importo com nada sobre seu irmão. É só o filho do meu noivo e irmão de minha melhor amiga. - Tentei sair da conversa sem deixar transparecer meu desejo por ele. - Vixi, ja vi que as explicações ferraram com tudo. Você está interessada no meu irmão e esta confusa com medo de ferir meu pai. - Falou o que eu tentava esconder de mim mesma. - O que como assim? - Indaguei disfarçando. - Samanta nos conhecemos ha 15 anos, eu sei como você se comporta, ou acha que eu não sabia do seu caso com o professor de economia? - Confessou me deixando boquiaberta. - Você sabia? - Questionei arregalando os olhos. - Claro que sim. Você não sabe mentir. - Clarissa preciso te contar, eu conheci seu irmão na rua ontem depois que sai do salão, mas nao tinha idéia de quem era ele.E sim, ele é bonito, sexy e estonteante, mas estou certa de que casar com o seu pai me fará mais feliz do que um aventura com seu irmão. Você sabe o quanto seu irmão é confuso e conquistador. Você mesma ja me contou vários casos dele. Não trocaria o certo pelo duvidoso. - Confessei como se implorasse ajuda. - Você está certa, meu irmão só se divertiria com você por um tempo e depois te largaria como apenas mais uma de suas conquistas. - Então não falemos mais no assunto. Pode ser? - Pedi entristecida - Tudo bem amiga. - Concordou passando a mão em meu cabelo. Estavamos bebendo e conversando sobre jóias, quando Vitor e Igor se aproximaram. - Amor não vai entrar? - Perguntei sem olhar para Vitor que me encarava sorrindo. - Ja vou. - Respondeu Igor sem perceber Vitor me encarar. Neste momento Sancler entrega o telefone a Igor. - Estou indo agora. - O ouvi dizer. - O que foi amor, quem era? - Indaguei. - O advogado da empresa querida nada demais. Preciso ir na empresa volto logo. - Não quer que eu vá com você? - Perguntei tentando me distanciar de Vitor. - Não tem necessidade disso. - Respondeu Igor sorrindo. - Vitor cuide delas pra mim. Volto o mais rápido possivel. - Pediu Igor colocando a mão no ombro do filho. - Claro papai. Vá tranquilo. - Vitor respondeu sorrindo e olhando em seguida.  Não muito longe dali: - Tem certeza disso? - Sim senhor, pelas gravações seu filho está tentando conquistar sua noiva. - Vamos ver se ele consegue? Não sei se ela é digna de minha fortuna. - Continue gravando tudo. - Sim senhor. ************************** Enquanto estavamos na piscina Vitor continuava os galanteios, mesmo perto de Clarissa. Que não se se envolvia. Será que estou sendo alvo de provação? Tudo parece natural demais. Resolvi tomar uma atitude, antes que eu caisse em tentação ou Igor me abandonasse. Após o jantar chamei Igor na biblioteca. - Igor, preciso falar com você, mas prometa que ouvirá tudo antes de julgar algo? - Pedi sentando-me no sofá ao seu lado. - Eu prometo. - Falou colocando a mão em minha perna. - Bom, anteontem eu fui no salão e no caminho de volta passei em uma loja e esbarrei em seu filho, não tinha noção de quem era. Ele então me convidou para um café, para se desculpar de quase ter me feito cair. Eu aceitei, mas me arrependi e fui embora. Quando vi que era seu filho, fiquei sem graça, mas me contive. Mesmo sabendo que sou sua noiva ele ainda continua dando em cima de mim. Então para que não fique pior a situação, eu decidi ir para um apartamento, assim não causo nada de estranheza entre vocês ou a gente termina e cada um vai para o seu lado. Não quero estragar a relação de pai e filho de vocês. - Amor, não precisa se preocupar. Vitor vai embora amanhã, ele comprou um apartamento aqui em Los Angeles e quanto a dar em cima de você, não se preocupe ele está te testando. Ele sempre foi ciumento e acha que toda mulher que se aproxima de mim só está interessada em meu dinheiro. - Explicou muito calmo, me causando estranheza. Eu estava atordoada, ele não se zangou e ainda pediu que eu ficasse tranquila. Ali tive certeza que estava sendo testada. Me senti uma i****a. Sou apenas uma boneca que pai e filho brincavam. Meu noivo não chegava perto de mim, me cobria de elogios, mas não tinha desejos por mim. Eu estava confusa, prestes a me casar com alguém que não me desejava sexualmente e tentando escapar do filho que só queria saciar-se sexualmente comigo. Decidi fazer os dois entederem que não sou alguem que se manipula. Eu darei as Cartas agora.
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