...Gabriella Habbers...
Passei anos exercendo um trabalho que me fazia bem e nunca fui pega por ninguém, todos que conheceram meu rosto durante meu trabalho, foi a primeira e última vez. E agora descubro que estou sendo caçada pela agência federal. O que na verdade não me preocupa muito... Consegui esconder isso de todos por 10 anos... Mais alguns meses antes de eu ir embora daqui não será tão dificil assim... Eu me sentia muito vitoriosa no que eu fazia, eu podia sair por aí como qualquer outra pessoa normal e ninguém desconfiaria que a menina doce e meiga era matadora de aluguel...
Afinal, a agência federal vai demorar muito pra investigar isso, mas ainda descobrirei quem foi que me entregou...e adeus para esta pessoa.
Eu sou sozinha, meus pais morreram em um acidente quando eu ainda era muito nova, pra não ir pra um orfanato fugi de tudo e aprendi a me virar sozinha pra sobreviver. Mas no fundo eu sabia que aquele acidente havia sido sabotado, eu só não sabia porquê, meus pais não tinham nenhum inimigo, acredito eu... Mas desde então eu guardo dentro de mim uma raiva sem fim por todo e qualquer tipo de ser humano no mundo.
Eu também tinha sonhos assim como todas essas pessoas que morreram nas minhas mãos... Foram também outras pessoas que estragaram minha vida, destruindo meus sonhos e minha família... Agora quem destrói tudo isso sou eu e sem nenhum arrependimento.
...mais tarde...
Soube que haveria uma festa na cidade, preciso me divertir um pouco e amanhã pensarei em um jeito de sair dessa cidade e ir pra bem longe...
Assim que me arrumei saí do galpão on pqde eu ficava, peguei meu carro e segui para a cidade.
Assim que cheguei já recebi algumas cantadas, eu nem me dava o trabalho de olhar, se soubessem quem eu sou eu não receberia tantos elogios assim...Fui até o bar e pedi uma bebida, o garçom piscou e saiu busca-la...
...Arthur...
Assim que chegamos Lucas bateu o olho em uma garota e foi correndo pro pé dela, eu sabia que ficaria sozinho enquanto ele se divertia...Resolvi ir pro bar beber um pouco e eu ainda cobraria a bebida que ele disse que ia me pagar...Pedi e quando olhei pro lado vi uma garota perfeitamente sentada ao meu lado com as pernas a mostra e cruzadas, ela olhava pra frente séria e era linda... Ela acabou percebendo que eu estava a olhando e se virou pra mim, ela era morena dos olhos verdes...seus olhos eram hipnotizantes, ela arqueou uma sobrancelha como se perguntasse o que eu estava olhando, suspirei e soltei um sorriso torto.
Arthur: E aí...- Ela riu baixo sem mostrar os dentes e voltou seu olhar pra frente.
Xx: Oi... - Ela respondeu.
Arthur: Uma moça tão linda aqui sozinha?
Xx: Cantada barata? - Eu ri.
Arthur: Sincera. - Ela me olhou dessa vez.
Xx: Nem sempre. - Sorri de lado.
Arthur:Qual seu nome?
Xx: Gabriella.
Arthur: Arthur. - Me apresentei e finalmente pude ver seu sorriso se abrir inteiro...era lindo...
Arthur: E nova na cidade? Nunca tinha te visto antes.
Gabriella: Humm então quer dizer que você conhece todos na cidade? - Eu ri
Arthur: A maioria...de vista.
Gabriella: Não sou nova.
Arthur: Ah sim, eu iria te convidar pra conhecer a cidade comigo. - Ela riu.
Gabriella: Se quer me chamar pra sair sugiro que não chame.
Arthur: por que?
Gabriella: Se eu fosse você, não ia querer me conhecer. - A olhei confuso, ela tinha um ar misterioso em seu olhar e em suas palavras, isso me deixava com mais curiosidade em conhecê-la...
Arthur: Por que? Por acaso é uma criminosa muito perigosa? - Eu disse rindo, e ela riu também.
Gabriella: Não exagere, sou uma boa pessoa. - Eu sorri.
Arthur: Então que m*l tem eu te chamar pra sair??
Gabriella: Ok...
Arthur: Vai sair comigo?- Ela levantou e me estendeu a mão.
Gabriella: Antes vai ter que me convencer na dança. - Eu ri e segurei sua mão.
Arthur: Não prometo nada. - Ela riu e me puxou pra pista de dança, tocava a música When I was your man de Bruno Mars... Ela envolveu seus braços em meu pescoço e os meus foram pra sua cintura, nossos pés sincronizavam-se de acordo com a música lentamente, seus olhos me fitavam de uma forma que eu não poderia descrever, era um ar de mistério com um ar de que estava gostando de estar ali... Pela primeira vez senti aquela tal felicidade como um trem nos trilhos me atingir, ela conseguiu me transmitir uma calma que não tenho a anos desde que entrei pra federal... Ela encostou sua cabeça no meu ombro e senti seu doce perfume...Eu estava desejando que aquela música nunca acabasse, eu queria ficar bem ali e não sair mais...De repente chegou ao fim e logo em seguida veio outra música mais rápida, porém ela continuou com os braços no meu pescoço e sua cabeça apoiada em meus ombro... Apenas parou os passos...
...Gabriella Habbers...
A anos eu não sentia o que estou sentindo agora, fechei meus olhos e nem me dei conta de que a música havia parado, seu perfume era tão bom que eu poderia ficar ali por um dia inteiro e eu não me enjoaria... Nem eu mesma me reconheço no papel que estou fazendo agora, nunca senti por ninguém o que estou sentindo com Arthur... Finalmente o olhei, mas ainda sem tirar meus braços dele...ele sorriu.
Arthur: To aprovado? - Eu ri baixo.
Gabriella: Sim, está...
Arthur: Vamos andar por aí? - Assenti e saímos da boate, a rua estava deserta e um vento gelado batia em meus braços descobertos, comecei a tremer um pouco de frio e segurei em seu braço, ele vestia uma jaqueta de camurça que parecia estar bem quente...
Arthur: Frio? - Ele me perguntou e eu assenti de leve, ele se afastou de mim tirando sua jaqueta, me envolveu com ela e me abraçou de lado...
Arthur: Melhor? - Eu sorri.
Gabriella: Sim, brigada. - Seu sorriso era incrivelmente lindo e sincero, eu sentia que ele estava gostando de estar comigo, eu nunca havia visto ninguém gostar de estar tão perto assim de mim...Naquela noite nós demos três voltas na quadra conversando sobre o que gostávamos de fazer e o tempo parecia ter passado tão rapido que nem me dei conta que ja era tarde e eu precisava voltar embora, gostei tanto de estar com ele, mas não sei se posso voltar a vê-lo...Meu coração está dando sinal vermelho, não posso me apaixonar por um cara que toda garota deseja ter...Até eu desejei por essa noite...Mas eu não posso me prender...Daqui a alguns meses vou embora e nunca mais vou ver ele, não quero me acostumar a tê-lo por perto...Não mesmo...
Gabriella: Preciso ir.
Arthur: Vamos nos ver novamente? - Estávamos em frente ao meu carro, suspirei e sorri de lado.
Gabriella: Talvez sim. - Ele sorriu fraco e me entregou um cartão.
Arthur: Se precisar de mim pra desestressar e dar um desses sorrisos lindos, me liga...Eu vou ta esperando. - Ele deu um beijo no canto da minha boca que fez meu corpo estremecer e saiu...Eu sorri e entrei no carro seguindo pro galpão, onde arrumei um cantinho sozinha pra eu ficar...