Ela era minha inimiga. E acredito que provavelmente seria eternamente. Uma inimiga feroz que estava sempre à minha volta, rondando, preparando seu bote para me levar ao fundo do poço e não me deixar esquecer quem eu sou, o que eu sou. Um grande fraco. A minha consciência... essa era minha maior inimiga. Eu odiava estar sozinho com meus pensamentos porque eu sabia que ela me atacaria sem piedade como fazia há anos. Eu só queria um entorpecente agora... qualquer coisa que me derrubasse e não me permitisse mais ouvir aquela voz. Na verdade, eu não queria um entorpecente... eu necessitava, mais do que o ar que eu respirava. Mas as coisas nunca eram fáceis para mim. E agora, minha consciência vinha acompanhada por olhos. Os olhos dela. Eu gritei, me sentando no sofá e apertando fortemente a c