Capitulo XXVII- Marcos Zamut (Paulista)

740 Words

Ao terminar de catar o feijão ouvindo Zaya falar devagar sobre a sua vida, a forma como conta sobre o seu jeito de morar no meio do mato, ir na fonte pegar água, para beber, banho e cozinhar, arar terra, semear, adubar, esperar dias para ver uma planta germinar, depois esperar o fruto que as vezes nem veio, não era nada bonito escutar como desde pequena ela conheceu o trabalho, o esforço, a dor, mas ainda assim a forma como ela narrava os fatos, algumas vezes suspirando, me fez desejar uma vida assim, pacata, trabalhosa, ardua, de calos na mão. A labuta da lida, não foi algo que eu conheci não deste jeito, quando ela me perguntou da minha vida, não exatamente da minha vida, mas de onde sou, a verdade é que eu não sou de lugar algum, não conheci mãe, pai de sangue, criado num orfanato que

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