Passei a ir na casa do chefe dia sim, dia não, faço a limpeza, não precisa fazer comida, estava no terceiro saco, colocando o lixo pra fora, quando Paçoca pegou da minha mão. —Menino desse jeito tu me mata. — Só riu correu ladeira a baixo pra colocar no cesto, fiquei olhando pra ele, magrelo, boné vermelho, aparelho nos dentes, o cabelos disgramado de tinta pra ficar branco, o bigode também, os cabelos das pernas. — Tá com fome? — Entrei, ele me seguiu lavou a mão na pia de lavar roupa. — Tô, acho que eu nunca vou dizer que não tô. — Balancei a cabeça, vendo o bico que fez. Tirei os pote de feijão da geladeira, cozinhei um pouco de arroz. — Ah esses dias foi uma correria doida, depois que a policia veio aqui no morro, tá todo mundo doido te perguntaram alguma coisa? — Perguntar sempre pe