Depois da morte dos pais e do funeral deles, Gustavo começa a participar nas buscas pelos culpados, e só a presença dele mete medo em algumas pessoas, todos sabem o quão c***l ele consegue ser quando ele quer. No território dele ele não encontra nada, suspeito nenhum, mas ao fim de algumas horas ele recebe uma informação.
- Tens a certeza do que me estás a dizer? – pergunta Gustavo a um dos meninos que ele ajuda em troca de informações das milícias rivais
- Sim Thor, eu vi – diz o garoto e Thor entrega-lhe umas notas e vai embora
- Vamos a Areinha – diz Gustavo para Alan e Felipe que estavam com ele – Quero tirar esta história a limpo – diz e monta-se na sua moto
A viagem é de apenas uns minutos e assim que passam a ponte do rio das pedras, eles vão direto para a casa de Ícaro, que assim que é avisado da presença de Thor na zona dele ele já sabe ao que ele vem, e ele vai ter de abrir o jogo, ele não teve nada a ver com o que aconteceu aos pais, mas desconfia que Apollo fez o que não devia ou fez só metade do que queria.
- Thor, os meus sentimentos – diz Ícaro
- Ícaro, obrigado – diz Gustavo – Que reunião foi essa contigo e com os outros dois no outro dia? – pergunta Gustavo de forma bem direta
- Senta aí – diz Ícaro – Apollo quis reunir connosco por causa do acordo de paz, ele quer o teu território – diz Ícaro
- Isso não é novidade – diz Gustavo
- Sim, mas ele queria que eu e o Magnus ajudasse ele e nós recusamos – diz Ícaro – Não pensei que ele tivesse a coragem de ir sozinho para cima do teu pai – diz Ícaro
- Foi ele? – pergunta Gustavo
- Não tenho a certeza, mas depois do que ele disse – diz Ícaro – O próximo serás tu, isto pela conversa que ele teve connosco – diz ele e Gustavo sorri
- O próximo vai ser ele Ícaro e vai servir de lição para todos os engraçadinhos que ousarem pensar me atacar – diz Gustavo e levanta-se – Obrigado pela informação Ícaro, Felipe paga a ele – diz e Felipe entrega-lhe um saco com dinheiro e Ícaro sorri ao ver o pagamento
- Sempre que eu puder ajudar, ajudarei – diz Ícaro já com Gustavo a ir embora
- Eu sei – diz Gustavo sem se virar para ele – O dinheiro compra tudo menos lealdade – diz Gustavo e monta-se na sua moto e espera pelos seus dois homens e amigos – Vamos às Casinhas – diz ele respirando fundo
- Thor, vamos chamar mais homens – diz Felipe e Gustavo fica a olhar para ele – Ele pode estar a preparar uma armadinha – conclui Felipe
- Liga para eles – diz Gustavo e fica a aguardar que eles
- Vamos – diz Felipe e eles seguem nas suas motos até à entrada das Casinhas
- Eu é que vou acabar com o filho da p**a – diz Gustavo e todos olham para ele e iniciam o percurso até à casa de Apollo
Gustavo estava sedento de vingança, ele precisa de vingar as mortes que Apollo causou, ele não tinha esse direito o pai dele sempre o respeitou, sempre o ajudou quando ele mais precisou e agora ele fez uma coisa destas.
- Apollo – grita Gustavo ao chegar à porta da casa dele
- Posso saber o que fazes… - diz Apollo e não termina porque Gustavo lhe dá um enorme murro na cara
- Seu filho da p**a – diz Gustavo – Foste tu que os mataste? – grita Gustavo em cima dele aos murros e Apollo começa a rir
- Fui Gustavo, fui eu que os matei – diz ele
- Tu não tens o direito de me chamar pelo meu nome – diz Gustavo – Felipe dá-me a arma do meu pai – diz Gustavo e Felipe entrega-lhe a arma que era de Edivaldo – Abre essa boca – diz Gustavo e Apollo não faz o ele pede e dá um tiro no joelho dele e ele começa a gritar de dor
- Aaahhhhh – grita Apollo e assim que ele abre a boca Gustavo coloca o cano da arma ainda quente na boca dele
- Cumprimenta os meus lá no inferno – diz e dispara mantando Apollo – Amarrem o corpo dele na minha mota – pede Gustavo – Vou arrastar este miserável por toda a favela, vai servir de exemplo para todos os outros – diz e todos se calam.
Nesse dia, Gustavo percorreu quase todas as ruas do rio das pedras com o corpo de Apollo preso, no fim já faltavam muitos pedaços do corpo dele e ele manda que ele seja jogado no parque nacional da Tijuca para que seja comido pelos bichos e ninguém ousa dizer nada.
- Joguem ele longe, não quero cheiro a merda na minha favela – diz Gustavo e dois homens dele fazem o que ele pediu sem dizer uma única palavra
Nesse dia, e se é que alguém duvidava da crueldade de Gustavo, ficaram a perceber que quem ousar ir contra ele vai ter um final muito mau. Uma das pessoas que viu o corpo foi Karol, ela também perdeu a mãe nas mãos de Apollo e por mais que o pai peça para ela não olhar ela não quer saber e fica ali a ver o corpo de Apollo a se arrastado rua acima e rua abaixo.
- Murilo – chama Gustavo ao entrar em casa e vê o irmão a beber – Mete aí um copo para mim – diz ele e o irmão serve uma dose de whisky ao irmão
- Porquê Gustavo? – pergunta Murilo muito triste
- Não sei Murilo, não sei – diz Gustavo e abraça o irmão – Apollo já morreu, esse filho da p**a não mata mais ninguém – diz Gustavo e Murilo consente com a cabeça
- Mas já levou os nossos – diz Murilo
- Eu sei, nada os trará de volta – diz Gustavo ao irmão
- Gustavo, tens de assumir o lugar do pai, ele sempre te orientou para esta situação – diz Murilo
- Eu sei, mas eu só assumo que estiveres ao meu lado, chega de te colocares à parte nos G1, tu sabes tanto como eu e tu tens tanto direito e obrigação como eu – diz Gustavo e Murilo fica em silêncio e respira fundo diversas vezes
- É a tua condição? – pergunta Murilo
- Sim – responde Gustavo a olhar para o irmão
Nessa noite os irmãos conversaram muito sobre o que iriam fazer e como iriam fazer, a primeira decisão foi Murilo começar a participar na vida e nas decisões dos G1, Gustavo iria passar a viver na casa dos pais pois ele iria assumir a liderança e por isso ficaria na casa do líder, que tinham de decidir o que fazer com a zona das Casinhas que tinha ficado sem líder da milícia e eles queriam começar a controlar mais essas milícias e queriam que ficasse lá alguém da confiança deles. Depois de uma longa conversa eles vão para a casa dos pais e começam a retirar as coisas que eram dos pais e decidem guardar tudo em caixas e mais tarde eles decidirão o que fazer com elas, se ficaram eles com elas ou se vão doar aos mais necessitados.
- Não fazia a ideia de que eles tinham tanta coisa – diz Murilo carregando as caixas junto com Gustavo para uma carrinha que as iria levar para um armazém que eles usavam para guardar as mercadorias mais preciosas que eles tinham.
- Verdade, eles tinham muita merda – diz Gustavo – Pronto podem levar as coisas – diz Gustavo colocando a última caixa em cima da carrinha e os homens dele levam tudo para o armazém – É estranho estar aqui sem eles – diz Gustavo assim que eles entram na casa dos pais e se sentam no sofá.
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