Capítulo 5: Dan Parte 2

2150 Words
Tento comer o mais rápido possível minha comida pra não ficar muito tempo perto das meninas e Michele, Sentindo como se Michelle fosse falar algo se pudesse vir a criar um desconforto pelo menos para mim. Michelle observa dando garfadas em minha comida quase que sem parar, e então Michele preocupado. - Dan, cuidado você vai se engasgar. Coma devagar. – Michele então dando uma garfada em sua comida da uma suspirada que mais parecia um bufo. - Preciso comer rápido, pra poder ir a biblioteca pesquisar sobre a aula de hoje. Tenho que estar bem afiado nesta aula senão perco o semestre. – Assim dou uma última garfada e me levanto rápido da mesa, deixando Andreia e Giovanna espantadas por estar tentando sair dali rápido. - Dan, você já vai? Nem vai esperar sua namorada para almoçar em juntos? – Andreia me indaga com uma certa indignação. - Preciso ir a biblioteca, pesquisar a aula de hoje e me aprofundar na matéria senão perco o semestre. – Tento sair apressado dali. Não quero ficar muito perto deles. - Então eu vou com você Dan. Tenho que ir lá também pesquisar um código penal que está me tirando o sossego. – Giovanna então, largando a bandeja na mesa sem nem ao menos ter comido ainda. - Não. Fique pra comer primeiro. Vou na frente e depois nos encontramos lá pode ser? – Tento me esquivar de Giovanna o máximo que posso. - Mas..... - Sem mais Giovanna! Dan está certo. Você não pode ir assim e sair sem comer nada. – Respiro aliviado, pois percebo que Andreia mesmo a contra gosto, consegue fazer com que Giovanna fique ali com eles. Saio então dali rumo a biblioteca. Ao entrar na biblioteca do campus dou de cara com a atendente que sempre me atende com um largo sorriso. Desta vez ela está um pouco triste. Seu semblante está como se tivesse perdido algo valioso. Seu nome é Barbarella, uma senhora de aproximadamente uns 45 anos, pele pálida, olhos castanhos, cabelos ondulados castanhos, aparentando ter mais ou menos uns 1.70m de altura, com um corpo razoavelmente magro quase fofinha. Não sei o que houve, mas ao cumprimenta-la, tive a curiosidade de saber o que acontecia. - Buon pomeriggio (boa tarde) senhora Barbarella, está tudo bem? - Olá caro menino, está tudo bem, só estou um pouco triste pois perdi minha irmã e cunhado em um acidente está madrugada, e minha sobrinha está no hospital e não tenho como ir no momento visita-la e nem tão pouco buscá-la pra morar comigo. - Por que senhora? Ela não quer vir ou é muito grave? – Indago a dona Barbarella para saber o que houve e nem sei porque o interesse pairou em mim para querer tanto saber. - Não. Gracie a Dio que não é grave, e nem que ela não quer vir, mas sim que o Reitor não me liberou para ir pois não tem quem fique no meu lugar enquanto estou fora. - Se a senhora quiser ir, me avise que falo com o Reitor e peço pra ficar no seu lugar. A senhora tem interesse? - Sim meu menino. Vou ligar agora pro Reitor e informar a ele que achei alguém enquanto fico pelo menos uma semana lá pra cuidar da minha sobrinha e ajeitar as coisas por lá pra trazê-la comigo. Respiro fundo de alívio, primeiro por ajudar a dona Barbarella, segundo por ficar longe da Giovanna e companhia por uns dias, e por ganhar um extra estando aqui, afinal, posso estudar, ler o que quiser e ainda ajudar quem precisar. Enquanto isso, Dona Barbarella fala com Reitor e a mesma, parece bem animada com o retorno ao telefone da reitoria. Ao desligar, Dona Barbarella me dá a notícia da conversa com o Reitor. - Meu menino. O Reitor aprovou que eu fique uma semana fora e você fique aqui me substituindo, como até o almoço, a Juliana fica aqui, você não terá suas aulas perdidas por isso, e após o almoço, você vem pra cá, fica até as 20:00h e volta pro seu alojamento. - Combinado dona Barbarella. – Confesso que fiquei em êxtase e muito feliz em saber que não teria tempo por enquanto pra ficar com meus amigos e a Giovanna. Adorava que dona Barbarella me chamasse de menino, um menino de 25 anos é bem interessante ser visto como uma criança por aquela senhora. - Bem, vou me sentar ali e estudar um pouco. Amanhã já estarei vindo pra biblioteca não é isso? – perguntando de forma eufórica e aliviado. - Sim meu menino. Amanhã você já pode vir. – Dona Barbarella me responde com um sorriso no rosto cujo o semblante triste já não existia mais depois da ajuda que teve. Ao me sentar na mesa e começar a estudar, em uns 30 minutos depôs, chegam a biblioteca Giovanna, Andreia e Michele. Respiro fundo e assim que eles se sentam perto de mim, resolvo contar a novidade. Neste momento, a fisionomia de Giovanna mudou completamente, Andreia parecia espantada com a novidade é Michele balança a cabeça em sinal de negação pelo que acabava de falar. - Como é que é! Você vai ficar vindo aqui durante uma semana e não vai ter tempo de estarmos juntos? – Giovanna com sua tamanha indignação, fez seus questionamentos de forma tão alta, que todos que estavam na biblioteca pararam pra ver o que estava acontecendo. - Fala baixo Gio. Eu preciso de uma grana extra e também posso estudar aqui. – Respondo em um tom um tanto ríspido. - Além do mais, não nascemos grudados pra ficar o tempo todo juntos. Giovanna da uma batida na mesa e todos olham pra ela. Ela está enfurecida. – Não nascemos grudados mesmo, mas tinha planos pra gente pelo menos no fim de semana. - Mas eu não tenho como sair agora. - Percebi que você desde ontem está estranho. O que houve? - Não houve nada. Só estou precisando de uma grana extra e também pude ajudar dona Barbarella. - Não gosto disso Dan. Este seu descaso comigo está já me dando nos nervos. - Será bom ficarmos este tempo separados, só assim você vê se vale a pena continuarmos juntos. – Respondo de forma rápida, ríspida e com desdém. - Dan o que é isso? É assim que você gosta da sua namorada! - Andreia então em tom de indignação e raiva me indaga com tamanha ousadia. - Não estou errado e nem estou fazendo pouco caso, só não gosto das pessoas me dizendo o que fazer e tentando até me obrigar a sentir algo que não tenho vontade.- Esbravejo com um rosto totalmente em fúria que nem Michele e nem as meninas ficaram surpresos com minha reação jamais vista antes. Me levanto da mesa de estudos, recolho os livros e saio pisando duro sem nem dar tchau a ninguém. Vou pro meu kitnet e ao entrar, sinto como se a presença dela estivesse ainda ali e que não tinha sido um sonho realmente entre nós na noite passada. Meu celular toca, e no visor é Michele me ligando com certeza pra me encher. Teclo em não atender e ele insiste, até que após 3 tentativas atendo em tom de descontentamento. - O que é desta vez? – Esbravejo pelo telefone. - Calma Dan. Só liguei pra saber se estava bem. – Michele me fala em tom de arredio ao meu explosivo comportamento. - Tô bem cara, só não gosto deste jeito da Gio comigo achando que eu pertenço a ela é que ela é minha dona. – Então dou um suspiro me aliviando. - Dan, vou te mandar a real. Qualquer mulher, agiria assim. Vocês se dão bem, mas você pelo que já me falou quando nos conhecemos, fica esperando e querendo uma mulher que só aparece nos seus sonhos que você nem sabe se existe mesmo ou se é fruto da sua imaginação! Você quer o que? A Gio se sente insegura por você não demonstrar sentimento por ela. Se ela souber que você tem uma mulher que você nem conhece no seu coração e na p***a dos seus pensamentos, ela vai pirar. – Michele me fala em um tom sério e ríspido, o que realmente ele não deixa de ter razão. E se ela for somente fruto da minha imaginação? Não! Tenho certeza que não é. Neste momento tenho um sentimento é pensamento de negação em que não estou louco e não vou me deixar enganar por nada e ninguém pois sei que ela irá aparecer. - Michele, eu vou desligar. - Tá bom Belo. Mas vê se não fica mais assim hein. – Michele me fala já em um tom um pouco mais aliviado e tranquilo. - Ok. Tchau. – Me despeço do meu amigo ao telefone e desligo em seguida. Me preparo para meu banho, e após um momento relaxando no chuveiro, sinto um cheiro de rosas adentrando e inebriando todo o local. Sinto como se tivesse entorpecido, sento-me na cama ao sair do banho enrolado na toalha e apoio meus braços nas minhas coxas e dou um suspiro profundo. Com meus cabelos molhados, e meu rosto voltado a olhar para o chão, sinto em meus braços os pingos dos meus cabelos sob eles. - Quanto tempo mais tenho que te esperar? – suspiro e tom de clamor e súplica por alguém. Enrolado na toalha, resolvo então me recostar na cabeceira da cama com o travesseiro sob as minhas costas, fecho meus olhos e acabo entrando em um sono profundo e acabo dormindo que nem vejo ou ouço meu celular vibrar com mensagens e ligações perdidas da Giovanna. Olho para o lado, e a vejo deitada ao meu lado, ela estava linda com um vestido transparente Rosa com os cabelos uma parte preso e o restante solto, um sorriso que parecia iluminar todo o quarto. Passo a mão sob o seu rosto, e ela me retribui levantando e vindo em minha direção e me dando um beijo na boca como um selinho. Revista seu rosto em meu peito e a afago em meus braços em sinal de um abraço. Ela sorri e então.... - Saiba que existo viu. Não desista de mim. – Me fala em um tom de melancolia e dengo. - Jamais desistirei de você. – Respondo com uma afirmação e agitação em meu peito jamais sentida. Colocando seu braço sob meu peito, e firmando seu queixo sob o mesmo olhando em direção ao meu rosto, ela respira fundo sorri e me diz, - Acorde. Desperto meio assustado parecendo ter tido um pesadelo, olho ao redor do quarto procurando por ela, e tenho a certeza que era mais um sonho. Coloco as mãos em meu rosto esfregando pra acordar, olho no celular e são 7:40h da manhã. -Putz, tenho uma aula as 8:30 hoje. Vou me arrumar bem rápido pra sair. Visto uma calça jeans, uma camisa azul, calço meu velho tênis de sempre, passo no banheiro, escovei meu dente e lavo meu rosto, coloco meu jaleco e saio apressado colocando a mochila nas costas e o celular no bolso. No caminho, passo na quitanda da nona e compro um suco, um cânone e vou apressado pra faculdade. Logo em frente ao campus de medicina, vejo de longe Giovanna próximo a porta de entrada andando de um lado pro outro aflita e a Andreia mexendo no celular dela encostada no corrimão da escada. - Que merda! – Resmungo comigo mesmo sobre estar vendo Giovanna ali parecendo aflita para conversar comigo. Passo a mão em meus cabelos dou uma bufada, franzo o cenho e caminho em direção a elas. Andreia estava com uma blusa branca de bolinhas verdes, short jeans azul, uma sandália preta de salto, mascando um chiclete, cabelos soltos. Giovanna estava com um vestido apertado até a cintura e rodado até abaixo das coxas amarelo, uma sandália branca e cabelos presos com um coque. Ao me ver, ela se sente um pouco desconcertada. - Dan, precisamos conversar. – sua voz sai com uma voz embargada. - Depois Gio, pois agora estou com pressa, tenho aula agora, e estou meio atrasado. – Respondo com um tom de estar realmente atrasado e sem a menor vontade de conversar. - Tudo bem. Te espero então na cantina do campus. Aceno com a cabeça em concordância e sigo pra minha aula. A aula correu tudo tranquilamente bem, Michele não me encheu muito o saco por causa da Giovanna, olho de relance o celular e vejo na caixa de mensagens, as mensagens deixadas por Giovanna, olho de relance e suspiro e sinal de descontentamento. Me levanto da mesa, pego todo meu material e vou pra Cantina. Realmente preciso conversar com a Giovanna. Não posso realmente continuar com ela pensando, desejando, amando outra pessoa que não é ela. Devo seguir agora minha vida realmente só esperando por ela.
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