A Magia da Sedução Parte 1

Capítulo 7: Finalmente

Dan adentra na biblioteca e se senta no lugar que é de costume da senhora Barbarella, então começa seu primeiro dia substituindo a senhorinha. O dia parece bem produtivo, pois Dan em momentos de folga, pode estudar suas matérias de medicina sem precisar se preocupar em conseguir vaga ou até mesmo um livro concorrido pra estudar.

E assim vai se passando a uma semana que a senhora Barbarella precisou para estar fora pra ajudar a sua sobrinha que acabava de perder tão cedo seus pais. Por sinal, Dan se pergunta que ela deve ser uma garotinha pequena, o que pode vir a dificultar um pouco a vida da senhora Barbarella no seu trabalho.

Chega então o dia, em que a Senhora Barbarella retorna para o seu lugar de costume. Então, Dan que está aguardando a Senhora Barbarella para lhe entregar as chaves da biblioteca, sente a curiosidade em saber sobre a viagem e a sua sobrinha.

- Ciao Senhora Barbarella, como foi a viagem? E a sua sobrinha como está? – Dan em uma reação de curiosidade e sorriso que fazia seus olhos castanhos brilharem perguntava assim que a senhora Barbarella chegou.

- Ciao meu menino. Foi tudo bem. Minha sobrinha está bem. Esta resolvendo as questões da casa e transferência da faculdade pra cá. – Barbarella com um sorriso satisfatório responde as perguntas de Dan.

Dan por sua vez, se sente surpreso com as respostas, pois esperava que a sobrinha dela fosse uma garotinha no máximo adolescente.

- Estou surpreso que sua sobrinha seja uma adulta. Pensei que ela fosse uma criança no máximo uma adolescente. – Dan então, lhe olha com um olhar reluzente como se houvesse algo vindo dentro dele que nem ele entendia por que daquela agitação.

- Não meu menino. Ela já tem 23 anos. Como seus pais morreram, e ela não quer ficar por lá, em um mês, ela estará aqui. Mas vai se mudar pra um lugar que não ser a comigo também. – Barbarella respira fundo, abaixa a cabeça, balança-a em sinal de negação, e fecha a cara arrecadando os olhos com semblante de descontentamento.

- Porque senhora? – Dan em tom de preocupação com o estado de Barbarella, colocando o braço envolvendo os ombros da senhora, lhe pergunta de forma tentando consola-la.

- Ela quer vir pra cá, mas como minha casa é um pouco longe da faculdade e ela também insiste em ficar sozinha, concordei que ela ficasse aqui, mas que todo fim de semana ficasse em minha casa. Afinal, ela já é adulta, toma suas próprias decisões. – Barbarella levanta sua cabeça em direção ao rosto de Dan que a olhava preocupado e ela, lhe dá um sorriso de canto de boca.

- É verdade. Ela sendo adulta pode tomar suas decisões. Mas neste momento não é bom ela ficar sozinha. E ela vem daqui a um mês, pelo menos não demorará muito tempo longe da senhora.

- Pelo menos irei vê-la, já que ela estará estudando o mesmo que você. – Barbarella suspira com um sentimento de alívio por pelo menos isso.

Dan, retira o braço da senhora Barbarella, se despede e segue rumo ao seu apê.

Ao chegar no seu apê, Dan resolve dar uma arrumada no local, já que apartamento de homem muitas vezes é desarrumado e fora de ter roupas sujas espalhadas no chão.

No momento em que Dan está fazendo sua faxina, “toc toc toc", alguém bate a porta e para sua surpresa, é Michele, Andreia e Giovanna. Dan engole seco, faz uma cara de não muito bons amigos, e mesmo com a porta entre aberta, Michele empurra a porta soltando da mão de Dan, entrando sem nem ao menos ser convidado.. E as duas amigas seguem o caminho abaixando a cabeça vergonhosas pela situação cumprimentando Dan que não gosta nada da invasão deles.

- E aí amigo, vamos ao pub da esquina comemorar? – Michele senta no sofá verde surrado próximo a janela com um tom de deboche e soberania.

- Boa noite a todos! Desculpa Michele, mas não vai dar. Estou limpando. E afinal comemorar o que? – Dan pergunta em tom de desprezo.

- Você agora está livre da biblioteca, e vai poder sair com a gente de novo.

Dan da um sorriso irônico e sem muita cerimônia, não concorda em sair, deixando os amigos sem graças, principalmente Giovanna.

- Vamos Michele. O Dan não vai. Melhor irmos logo antes que o pub fique cheio e nem dê pra entrarmos. – Andreia fala puxando o namorado pra sair do apê de Dan.

- Tá legal então. Depois nos falamos Dan pra sairmos novamente. Você não vem com a gente Gio? – Michele então pergunta a Giovanna que está encostada na parede cutucando as cutículas dos dedos como se estivesse nervosa.

- Vão na frente que daqui a pouco vou. Preciso falar com o Dan uns minutos. – Giovanna fazendo sinal com a mão pra que eles possam sair logo dali, pois tinha esperança de que voltaria as boas com Dan.

Dan continua sua limpeza, enquanto o casal Andreia e Michele saem do apê fechando a porta, deixando assim, Giovanna e e Dan sozinhos no apartamento de Dan.

- Você ainda está aqui? – Pergunta Dan se assustando por ela ainda estar ali e não ter saído com os outros pro pub.

Giovanna estava com um r**o de cavalo, uma blusa de gola alta branca e uma saia justa verde na altura dos joelho, uma sapatilha preta e a boca vermelha por um batom brilhoso.

- Na verdade queria falar com você. - Giovanna segue na direção de Dan tentando lhe dar um beijo na boca, e Dan devia o rosto ficando de costas para Giovanna fechando a cara para ela.

- Vá pra casa ou pro pub onde estão nossos amigos. Se for pra falar isso, nós já conversamos antes. Terminamos.

- Dan, você não sente saudade da gente, de ficarmos juntos principalmente na cama? – Giovanna abraça por trás Dan falando com ele com um rosto malicioso e olhar meio perdido.

- Na verdade não Gio. Já te falei que só quero amizade, vá embora por favor. – Dan solta seus braços envoltos na sua cintura se virando e falando com Giovanna em tom sério.

Giovanna ficando sem reação, segue rumo a porta de saída, deixando Dan rumo em sua faxina no kitnet.

- Você ainda vai voltar a ser meu Dan, hoje eu perdi, mas amanhã é outro dia. – Giovanna fala em pensamento enquanto se vira olhando pra ele, fechando a porta da saída.

Passados umas 2 horas depois que Dan acabava de limpar o kitnet, Dan olha pro celular e vê que já são 22:00h. Dan vai a cozinha prepara algo no microondas. Na verdade, ele esquenta uma marmita dessas que vendem nos mercados de comida pronta e era uma lasanha 4 queijos. Segue pro banheiro, pra tomar banho enquanto a comida vai sendo aquecida e preparada pelo timer do aparelho.

Ao sair do banho, Dan pega sua comida pronta, liga a TV e começa a comer com satisfação por ver seu apartamento tão limpo. Ao terminar de comer, Dan se espreguiça, pega todo o pote vazio, joga no lixo, lava os talheres usados e veste sua velha calça de moletom e se deita na cama.

- Mais uma noite, será que sonharia com você? – Dan suspira em meio aos seus pensamentos. O sono chega e Dan acaba dormindo. Dormindo um sono tão profundo, que desta vez como nas três últimas noites não sonhou com ela.

Os dias foram passando, até que finalmente chegou o período em que a sobrinha da senhora Barbarella chegaria em Toscana. Dan estava dormindo gostoso, quando os raios de sol adentraram por uma fresta da cortina em direção ao seu rosto lhe acordando naquela manhã de domingo. Tudo estava tranquilo, até que Dan ouve passos pelo corredor e barulhos de alguns móveis sendo arrastados do lado do apartamento 13 do lado do dele.

- Que saco! Logo hoje que estava num sono bom, essa barulheira! Vou ver quem é e logo avisar pra maneirar no barulho. – Dan com raiva se levantando da cama e vestindo uma camiseta branca, já que estava só de bermuda e sem camisa pois já estava na entrada da primavera, e estava um pouco quente durante a noite.

Antes de Dan sair do seu apê, ele ouve um “pah". Era a porta do vizinho 13 batendo. Bateu com uma certa força que a sua chave que estava pendurada num pretinho na parede caiu no chão.

- Porca miséria! – Xinga Dan se abaixando pra pegar a chave caída no chão.

- Este vizinho vai saber que não deve fazer isso. Que merda! – Dan então, abre a porta e segue pelo corredor pra porta do lado do seu vizinho número 13.

Toc, toc, toc....

- Um momento. - A voz que ecoa do outro lado da porta faz Dan estremecer do outro lado da porta já que a voz era um tanto familiar.

A porta se abre, e Dan fica em choque ao ver quem era que estava sendo seu vizinho.