Capítulo 4 - Four

1380 Words
Alice  Seattle - 18:30 Depois daquela cena no elevador eu não vi o Sr.Alencar o resto da tarde, o que foi muito bom. Pego a minha bolsa e saio da minha sala, infelizmente terei que ir ate a sala do Sr.Alencar. Vou até a sua sala e antes de entrar bato na porta. -Estou indo embora Sr.Alencar. -Sente-se Srta.Almont, preciso falar com você. - Ele fala sem tirar os olhos do celular em sua mão. Me sento de frente pra ele e por algum motivo minhas mãos estão tremendo. Esse homem mexe com o psicológico de qualquer mulher de tão gostoso. -O que aconteceu no elevador ninguém pode ficar sabendo. - Ele fala e desliga o celular. -Claro, eu não vou contar pra ninguém, era só isso? Ele se levanta e se aproxima de mim, me levanto e encosto em sua mesa me afastando dele. -Sabe Srta.Almont, você é bem eficiente aqui na empresa. Olho para ele sem entender aonde ele quer chegar. — Em que outras coisas você também é eficiente? - Ele pergunta e cola o seu corpo no meu. Ok, isso esta ficando repetitivo. -E..eu... - Tento falar, mas nenhuma palavra se forma. -Esta sem fala Srta.Almont? O que te causa isso? Eu? - Ele pergunta sarcástico. Eu já falei que odeio esse homem? -Na..Não... Ele sorri e aproxima seus lábios do meu, quando eu vejo, sua boca prensa a minha e sua língua pede passagem que eu dou quase que imediatamente. Em um impulso ele me pega em seu colo e me coloca sentada em sua mesa. Seus beijos descem pelo meu pescoço, enquanto suas mãos estão apertando minha cintura. Minha única reação é fechar os olhos e aproveitar a sensação que ele me causa. Enquanto ele desabotoa a minha blusa eu tomo um choque de realidade e pulo da sua mesa o deixando confuso. — Isso não devia ter acontecido. — Eu falo arrumando meu cabelo e minha roupa. — Você tem razão, não devia. Pode se retirar Srta.Almont, tenha uma boa noite. — Ele fala e volta a se sentar pegando o seu celular. -Boa noite Sr.Alencar! Saio de sua sala quase correndo e vou para o elevador. Eu ia mesma t*****r com o meu chefe na mesa dele? Eu não sou mais virgem, mas me entregar pra ele assim tão facilmente em sua mesa, estava fora de questão. Hoje já é Quinta, oque significa que amanhã é Sexta e eu vou poder relaxar a noite. Quando o elevador para no térreo, saio do mesmo e vou ate a Giulia. -Oi, já esta indo? - Eu pergunto. -Ainda não, hoje eu saio às oito. -Ata, nós vemos amanhã? -Com certeza. Boa noite Lice! -Boa noite Ana! Saio da empresa e chamo um táxi para ir pra casa. [...] Sexta 12:05 Pego a minha bolsa e saio da minha sala para ir almoçar. Quando o elevador para no térreo, Ana e eu saimos juntas para almoçar em um restaurante Italiano. -E então, está gostando do trabalho? - Ela pergunta quando o garçom se retira após anotar nossos pedidos. -Estou, é puxado, mas é bom. -E sua relação com o Sr.Alencar? Ele é um babaca grosso igual todos dizem? -Na maioria das vezes eu não o vejo muito, ele sempre me passa oque eu tenho que fazer pelo computador, mas quando nos falamos ele é super profissional e frio. — Mas vamos confessar que ele é muito gostoso e deve ser um Deus na cama! — Ela fala suspirando. — Nunca pensei nisso — Minto. -Com certeza você já deve ter fantasiado com aquele homem Alice, ele é um pedaço de mau caminho. -Ele é bonito sim, mas com certeza é um i****a no quesito relacionamentos. Pra ele as mulheres devem ser apenas um brinquedinho de uma noite. -Nisso você deve estar certa. Mas eu bem que queria passar uma noite com ele. -Que tal mudarmos de assunto? -Sim, claro! Que tal uma boate amanhã a noite? Você chegou esses dias em Seattle e ainda não saiu para se divertir, me sinto na obrigação de te levar para uma das melhores boates de Seattle. -Eu vou adorar, estava mesmo pensando em sair para me divertir amanhã. Se você quiser pode ir se arrumar no meu apartamento amanhã. -Pode ser, estarei lá. — Ela fala e o garçom chega com os nossos pratos [...] 18:30 Pego minha bolsa e saio da minha sala indo para o elevador. Hoje o Sr.Alencar saiu mais cedo, então não preciso informa-lo que estou indo embora. Depois de me despedir da Ana, pego um táxi e vou pra casa. [...] Assim que termino de tomar banho, vou ate a cozinha e preparo um pouco de estrogonofe. Depois que termino de comer, lavo o prato, escovo os dentes e vou ate a minha cama. Antes de deitar na cama tropeço em uma caixa que estava em baixo dela e caio deitada na mesma. Sento na cama e vejo no que eu tropecei, pego a pequena caixa e a coloco no meu colo. Imediatamente meus olhos marejam, nessa caixa estão as únicas coisas que eu ainda tenho dos meus pais. Quando eles morreram, eu senti o meu mundo desmoronar, agora com vinte e quatro anos a dor continua a mesma, acho que é impossivel superar a morte dos pais. Abro a caixa azul com dourado em meu colo e pego a primeira foto que aparece. Esta eu, meu pai e a minha mãe em frente a nossa antiga casa, estamos sorrindo pra câmera, nesse dia era meu aniversário e meu pai me deu a câmera que registrou esse momento de presente. Até hoje eu tenho essa câmera e faz exatamente três anos que os meus pais morreram em um acidente de carro por um motorista desgraçado que estava bêbado, a dor continua a mesma e na mesma intensidade. Pego as outras fotos e cada foto que vai passando uma lágrima cai, sentir saudade é horrível. O que eu mais queria era ter eles aqui comigo, me apoiando e me aconselhando. Respiro fundo tentando conter as lágrimas e fecho a caixa a colocando de volta em baixo na cama. Me deito na cama e entre as lágrimas adormeço. [...] Sábado 18:15 Estou sentando no sofá assistindo Anatomy quando a campainha toca, pauso a serie e me levanto. -Oi Ana! Entra ai! -Oi! Vamos nos arrumar? -Ainda são seis horas, ta cedo. — falo com preguiça. -Não esta cedo nada, nós vamos demorar para nos arrumar. Agora vai tomar um banho que depois eu vou. Desligo a televisão e vou para o banheiro. [...] Quando termino de tomar banho, saio do banheiro vestindo apenas um roupão de banho e um conjunto de lingerie vermelha. — Escolhi esse vestido para você, vai ficar incrível! - Ela fala. O vestido é preto cheio de brilho, vai uns três dedos acima da coxa, e tem um decote médio. — Boa escolha. - Falo e tiro o roupão para colocar o vestido. — Menina que corpo é esse! - Ela fala. Sinto meu rosto esquentar e visto o vestido fingindo não ter ouvido o que ela disse. — Coloca esses saltos! - Ela me entrega um par de saltos pretos. -Depois eu coloco, vai tomar banho. -Aonde fica as toalhas? Vou até o meu guarda roupas e pego uma toalha pra ela. — Toma! - Jogo a toalha e a mesma pega. [...] Assim que a Ana sai do banheiro, ela veste um vestido vermelho do mesmo comprimento que o meu e com um decote maior. -Vamos para a maquiagem! Nós vamos arrasar hoje. Me sento em uma cadeira de frente para o espelho e ela começa a minha maquiagem. Alguns minutos depois ela termina. -Prontinho! Me levanto da cama e me olho no espelho. A maquiagem é um esfumado preto nos olhos e um batom nude nos lábios. -Você arrasou! — Eu sei, você esta muito gata. - Ela fala e me olha. -Quer ajuda na sua maquiagem? -Não precisa flor, eu sei me maquiar. Enquanto ela se maquia eu passo perfume, desodorante e creme na pele. Quando estamos totalmente prontas já são 21:00. -Vamos? - Ela pergunta -Vamos! Saímos do meu apartamento e pegamos um táxi. -Hoje vai ser demais! - Fala Ana enquanto entramos no táxi.
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