Capítulo 51

1315 Words
Ele disse que não era nada, ela se alterou, levantou mexendo no celular - Nada o que? Então porque não me falam logo. Lola se levantou - Olívia fique calma, ela teve um m*l estar no dia que vieram pra cá, os sinais vitais estão oscilando, íamos te contar ontem, mas o médico garantiu que é comum. Eu não ... Ela interrompeu olhando ele furiosa - Você sabia? E não me disse nada? Ele se levantou também - Não, eu só soube hoje. - Olívia depois vamos embora, você vai vê-la e isso pode não ser nada. Ela interrompeu alterada - Nada? Eu vou embora agora! Ligou para a enfermeira, que não atendeu porque foi instruída a fazer isso, estava indo para o quarto, trombou com o Theo nas escadas, estava tremendo e chorando, ele parou na frente dela - O que aconteceu? Antes dela responder Justin os alcançou - Olívia se acalme, por favor. Foi tirando a mão de Theo do braço dela - Pode dar licença. Irritado Theo saiu andando, no restaurante soube que Olívia estava preocupada com a amiga. Ela foi para o quarto começou fazer as malas rapidamente, ligando várias vezes para a enfermeira, ele ficou completamente perdido, segurou suas mãos a impedindo - Eu preciso falar com você, ela está bem, ficar assim não vai ajudar. A abraçou forte - Tenho só mais uma reunião e depois vamos embora, eu não sabia. Ela se soltou irônica - Pois agora sabe e ia esconder? - Não tenho que ficar em reunião nenhuma, eu vou embora! Ele disse que ia pedir para alguém levá-la, fez duas ligações, ela se trocou, ficou chorando super nervosa, pensando que Daisy poderia acordar e tudo piorar. Lola foi bater na porta do quarto, se ofereceu para levá-la com Lucca, saíram se despedir dos outros, Olívia nem pode falar com Melanie. Durante o trajeto ela ficou calada, imaginando o que aconteceria, as consequências de seus atos recentes, começou se arrepender de tudo. Foram direto para o hospital, ela se aproximou de Daisy, segurou sua mão - Sinto muito por ter ficado longe, eu não devia ter ido a lugar nenhum. A enfermeira começou contar o que aconteceu, disse que após Justin ir lá a alguns dias, os sinais vitais ficaram mais fortes e o médico disse que ela poderia acordar a qualquer momento, mas também que precisavam de mais atenção, porque o coração dela podia não aguentar. Olívia ficou sentada ao lado da cama por muitas horas, leu em voz alta um livro muito grande para Daisy. Se sentindo indisposta não quis comer e nem falar com ninguém, ignorou as várias mensagens e chamadas de Justin durante o dia todo. Ele chegou no final do dia, pediu para a enfermeira sair, se aproximou de Olívia para dar um beijinho - Oi meu bem, como estão as coisas por aqui? Ela desviou sutilmente, se levantou indo em direção a porta, saiu no corredor - O que veio fazer aqui? Antes de viajarmos? Ele ficou confuso - Uma visita, como fiz várias outras vezes. Está com ciúmes ou por acaso acha que tentei matar ela? Ela o encarou séria - Visita? O que veio fazer aqui? Falou o que pra ela? Ele se irritou - Você está ficando maluca. Eu vim conversar, sobre nós, e terminar. Queria te dar o anel e... Ela engoliu a seco quase chorando de raiva - Terminar? Com ela? Falou sobre nós dois? Ele disse que sim, ela se afastou foi sentar em uma sala de espera, ele foi atrás sem entender - Olí o que foi? - Eu falei com o médico duas vezes. Ela interrompeu hostil - Porque você tinha que ir falar com ela? - Porque acha que eu leio sempre? Músicas? Ela pode ouvir Justiniano! - Meu Deus, você não pensou que simplesmente terminar, expondo tudo, podia passar em uma oscilação de consciência dela? Ele abaixou a cabeça, levou as mãos no rosto - Ela não ouve. - Eu fiz o que deveria fazer e se quer saber, era o certo. Encerrar o ciclo! Ela se levantou irritada - Não consigo lidar com você agora, egoísta como sempre. - Vai pra casa, preciso de um tempo! Ele a segurou pelo braço - Um tempo? - Nada aconteceu com ela, de diferente. Já passou o dia todo aqui e me largou lá sozinho, eu preciso de você! Ela se soltou, voltou para o quarto, ele foi atrás, sentou na poltrona e ficou olhando fixamente as duas, Olívia terminou de ler o livro para Daisy, já era muito tarde. Cochilou segurando a mão da amiga, ele se aproximou afetuoso acariciando seu cabelo - Olí meu bem. - Vamos pra casa, tem que comer e dormir, por favor. Ela disse que não ia sair de lá, ele segurou sua mão, a afastando da de Daisy - Olívia eu não estou bem. Deu tudo errado lá! - Eu nem tive coragem de falar com meu pai ainda. Ela começou chorar - Justin eu sei que as coisas não estão dando certo, como queria, mas... - Eu também não estou bem, ficar perto de você só piora tudo. - Acho melhor pararmos por aqui. - Não queria que as coisas fossem assim. - Mas nós sabíamos. Ele interrompeu hostil - O que? - Parar? - A dois dias aceitou namorar comigo. - Isso nem devia estar acontecendo, você quer parar agora? - Terminar? Depois de tudo o que vivemos durante esse tempo todo? Ela se levantou brava - Cala a boca, xiuuu! - Você não é a minha prioridade. É tudo ou nada, aqui com ela. - Eu já disse que preciso de um tempo! Ele não recuou, se aproximou da cama - Olha pra ela, nada mudou. O médico disse que dificilmente ela iria acordar, acha que eu não pensei nisso. - Isso nem devia estar acontecendo, no momento em que mais preciso de você, vem falar de terminar? - Olívia vamos embora, amanhã você volta. Por favor! Ela se alterou com os olhos marejados decepcionada - Isso nem devia estar acontecendo? - Meu Deus, está torcendo pra ela não acordar? - Eu m*l te conheço, ela é minha amiga a anos. - Vai embora! Sai daqui. Ele começou chorar - Eu sou tão vítima nisso tudo quanto você, sabe se lá Deus o que de fato acontecia entre vocês. - Eu nunca conseguiria te deixar assim do nada, estava brincando comigo? - Tirando vantagem? Ela se aproximou chorando sentida, colocou a mão na boca dele o calando - Você sabe que não foi nada disso, ou então, não me conhece. Pare por favor! - Aqui não é hora e nem lugar. Quer me magoar? Ele acariciou seu rosto, enxugando as lágrimas - Eu não quero brigar, só preciso de você. - Não estou pedindo muito, quero fazer amor contigo e esquecer de tudo. Quando estamos a sós nada mais existe! - Eu gosto tanto de ter você e me dói, duvidar de nós. Se aproximou quase beijando, a envolvendo em seus braços - Olha nos meus olhos e diz, que não quer mais? - Fala que eu vivi tudo sozinho e que não gosta de mim? Como eu de você? Ela o abraçou forte aos prantos - Eu não posso! Uma enfermeira bateu na porta, tinha que checar os aparelhos e medicação, começou se mover com agitação, expressão preocupada, Olívia se aproximou segurando a mão de Daisy - Aconteceu alguma coisa? - Ela está bem? Daisy mexeu a mão sutilmente, Olívia sentiu - Ela se mexeu! Daisy eu estou aqui. - Você vai ficar bem! As pressas a enfermeira chamou um médico, que imediatamente tirou os dois do quarto, tiveram que ficar horas esperando por notícias, sentaram distantes na sala de espera, Olívia não queria conversar de forma alguma, não sabia o que iria acontecer, mas rezou por sua amiga o tempo todo.
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