A preferida do ceo

Capítulo 22

Ele correspondeu às investidas, a levou para a cama, matou todas as suas vontades insaciáveis, por horas madrugada adentro, passou a noite toda lá aproveitando.

Olívia aproveitou para conversar com a mãe de madrugada, manteve firme a mentira de estar longe, se emocionou com o pai dizendo que estava fazendo b***s de segurança em uma fazenda, para mandar dinheiro a ela, para ajudar.

Na manhã seguinte Mosley passou pegar Olívia, ela chegou em casa antes de Justin, distraída pensou que ele tivesse saído cedo.

Soube que Pilar estava acompanhando Katrina e iria ficar uns dias sem ir lá, entediada começou limpar a casa, foi lavar algumas roupas, estava no quarto assistindo jornal enquanto editava o currículo.

Justin já acordou arrependido do que fez, foi embora sem falar nada com Yori, mandou uma mensagem apenas

" Essa foi a última vez, nós dois decidimos terminar, não vamos chegar a lugar nenhum agindo assim. Por favor, não me procure e eu farei o mesmo! "

Quando ele chegou em casa, viu as mensagens da família e percebeu que queriam deixá-los a sós.

Assim que abriu a porta do quarto, Olívia sorriu se levantando com uma agenda nas mãos

- Oi Juju, bom dia.

- Eu ia te mandar mensagem agora mesmo, acredita?

Ele foi tirando relógio, guardando celular e a carteira cabisbaixo

- Oi, aconteceu alguma coisa?

- Porque ia me mandar mensagem?

Ela o olhou dos pés a cabeça notando que estava com a mesma roupa do dia anterior, murchou na hora ficando com aquele olhar cético

- Não, nada.

- Estava com uma dúvida sobre meus documentos, mas já me lembrei.

Ficou nitidamente mexida, sentou na mesinha também evitando olhar, não conversaram nada, assim que ele entrou no banheiro, ela saiu do quarto largando as coisas lá, foi guardar a louça pensando no quanto estava sendo humilhante manter aquele papel de namorada de mentira.

Ele não tinha coragem de falar, mais queria comentar o que aconteceu na noite anterior, enquanto se trocava viu o currículo e as anotações dela, uma lista de lugares que ela pretendia procurar uma vaga e também outra lista sobre os prós e contras de morar em São Paulo, ele não entendeu muito bem tudo aquilo, mas viu que o pró era estar perto de Daisy e o contra longe da família .

Se arrumou para ir trabalhar, foi andando pela casa a procurando, ela estava ainda guardando louça

- Quer comer alguma coisa?

- Posso preparar seu café da manhã!

Ele sentou no balcão com aquela expressão carregada séria

- Não precisa. Obrigado!

Estava se sentindo angustiado com um nó na garganta, observando cada movimento dela que não queria o olhar, sem conseguir criar coragem de confessar o que estava lhe deixando atribulado, ele foi levantando, pegando dinheiro na carteira

- Vou trabalhar, tenho reunião hoje.

- Vai dar uma volta ou aproveita pra descansar, ficar de boa, já que minha família não está aqui.

- Isso é pra você!

Deixou duas notas de duzentos no balcão, ela apenas resmungou " uhum " o acompanhou até o carro calada, se despediu formalmente.

Assim que ele saiu já ligou para o Lucca, contou o que tinha acontecido com a Yori e perguntou se deveria ou não contar para a Olívia, o conselho foi mais um aviso.

Lucca disse que ela iria partir provavelmente, porque não teria razão para manter a mentira, já que ele estava agindo como solteiro, a colocando em uma situação r**m.

Justin decidiu não contar nada, passou no hospital ver Daisy, ficou mais de uma hora lá a acariciando, chegou falar que estava triste por tudo, foi trabalhar pensando na Olívia, Yori havia enviado quase dez mensagens e estava sendo ignorada.

Olívia saiu antes do almoço, foi a uma agência de empregos tirar informações, fez o cadastro, os planos eram de morar sozinha em São Paulo temporariamente por causa de Daisy, passou a tarde toda no hospital, acabou se distraindo lendo um livro grande que comprou usado em uma praça, já estava anoitecendo quando Justin chegou em casa e não a encontrou, ligou duas vezes, na segunda ela atendeu, disse que estava no hospital e pretendia dormir lá, avisou que o jantar dele estava pronto e era só esquentar, foi uma ligação rápida.

Após desligar ele olhou a casa vazia reparou na arrumação que ela fez, tudo estava cheiroso e o quarto sem uma caneta fora do lugar, foi tomar banho com a televisão ligada já sentindo a falta de ter companhia, se pegou pensando no que queria falar com ela sobre a saúde do Royce seu pai, que havia feito um exame importante.

Além dos dois, só Olívia sabia daquele segredo, impaciente Justin foi esquentar a comida, eram panquecas de carne com queijo, coisa que ele adorava.

Se segurou no último para não ir no hospital e nem a procurar, antes de deitar fuçou algumas coisas dela, encontrou várias folhas de anotações sobre si, era como uma pesquisa baseada nos diários e na convivência, tinham as preferências dele, a rotina, os costumes e manias.

Se surpreendeu ao ver que ela era tão atenciosa e observadora, já que parecia distraída na maior parte do tempo.

Olívia quase não dormiu organizando os planos, mandou vários currículos por email, foi embora bem cedo metade do caminho de trem e a outra metade de ônibus, ainda precisou pegar um carro de aplicativo.

Assim que chegou foi direto na cozinha, estava descascando frutas, ele estava acordado desceu rápido, se aproximou cauteloso

- Oi bom dia!

A beijou no rosto

- Tudo bem?

Com indiferença ela m*l olhou pra ele

- Sim. Bom dia! Cheguei agora.

Ele se ofereceu para preparar o café da manhã, ela agradeceu foi terminar de picar ficando de costas na pia, ele tomou coragem, respirou fundo

- Olívia precisamos conversar.

- Eu sou muito honesto, gosto de ser direto e eu… Olívia?

Ela se virou apreensiva

- O que aconteceu? Fiz algo errado?

Buscando palavras ele sentou mais perto

- Não, você não tem feito nada errado, eu nem sei como te agradecer por tudo o que estamos vivendo juntos.

- Sendo gentil com a minha família e me aturando!

- Eu fiz uma coisa, que pode interferir, eu não…

- Fiquei com alguém, aquela outra noite, que você dormiu no hospital.

Ela apertou os lábios prendendo a respiração para não chorar

- Uhum.

Ele continuou falando

- Sinto muito, foi um instante de bobeira.

- Sabe como são essas coisas, eu bebi e tô carente a bastante tempo.

Ela se virou de costas engolindo o choro

- Não precisa ficar se explicando, você não me deve satisfação.

- Alguém viu? Eu conheço ela?

Ele disse que não para ambas perguntas, sem o olhar ela pegou a tigela, o livro que perdeu a capa em cima do balcão, foi saindo para o quintal

- Entendi. Você é livre né, não precisa nem ficar me falando nada!

- Só não me expõe ao ridícul0, igual fez na praia por favor.

Foi sentar no quintal à beira da piscina, Eron se aproximou deitou perto, Justin foi terminar de se trocar para ir trabalhar, olhou os dois da janela, decidiu fazer um convite, deixou em cima da cama um vestido laranja frente única curto com pregas dos lados e as sandálias novas, de salto alto verde limão.

Foi até ela com a capa do livro na mão, se abaixou perto

- Acho que isso é seu.

- Eu não tenho muita coisa pra fazer hoje, na empresa.

- Pensei que você poderia ir comigo.

- Vamos almoçar em alguma churrascaria e comer uns vinte bombons da cacau.

Ela continuou lendo, sorriu sutilmente sem o olhar

- Eu tô meio cansada por ter dormido no hospital.

Ele sentou na espreguiçadeira junto dela, colocou a mão cobrindo a página a impedindo de ler

- Olívia, amigos também podem partir o coração.

- Eu não sou t**o, já te conheço o suficiente pra saber que está chateada!

Ela o encarou nos olhos séria

- Então, vai aprender uma coisa importante sobre mim, agora.

- Eu gosto de ficar sozinha, quando me sinto chateada.

- Não sou uma criança gordinha boba, que ganha meia dúzia de doces para ficar feliz.

- Quilos de chocolates, talvez só talvez, me deixassem alguns instantes, sem querer listar, o quanto você é egoísta e como eu me sinto, desde que te conheci.

- Não faça perguntas, das quais não quer ouvir as respostas.

- Se me dá licença, eu estou lendo, esse livro incrível que comprei usado na rua, faltando até páginas, e eu não quero a capa dele, que fica caindo.

- Vai trabalhar, fazer suas coisas e me deixa quieta, por favor.

- E o mais importante, se a sua família me procurar, diga que eu vou ficar fora o resto da semana.

Ele ficou chateado se levantou acariciando o cabelo dela

- Eu não quis dizer que ia te comprar com comida por ser fofinha.

- Eu compraria até a vó, com o que ela gosta!

Beijou seu rosto

- Vou trabalhar, se mudar de idéia, chama o Mosley ou me liga.

- Tchau, vou voltar só a noite, umas dezenove horas!

Ela voltou ler, passou horas procurando vagas de emprego, foi para o hospital à tarde, Lola estava sabendo das novidades, ligou a chamando para tomar um lanche, passou pegá-la no hospital, Olívia não quis falar de Justin, só comentou que estava louca pra ir embora.

Lola estava com problemas também, por estar tentando engravidar o relacionamento estava diferente, ela desabafou muito, a pedido de Justin enrolou Olívia.

Eram quase dezenove horas quando ela foi embora, Lola a deixou na porta de casa, já tinha avisado Justin.

Assim que Olívia abriu a porta da sala, respirou fundo desanimada, ele se levantou com aquele olhar otimista

- Oi. Pode vir aqui, por favor?

Se aproximou esticando a mão

- Feche os olhos, eu fiz uma coisa!