Capítulo 20
1105 Words
Ele foi indo para o carro
- É, vai dirigindo!
- O que foi?
Ela continuou parada
- Eu não sei dirigir.
Ele estava bêbado, se aproximou com ironia, jogou o copo no chão
- Não sabe, como eu não pensei nisso antes.
- É claro que não sabe, é a Olívia afinal.
Pegou a chave de volta
- Eu disse que ia sair pra beber Olívia, eu vim dirigindo, você achou que íamos embora como?
- Estamos a sós, estava demorando pra algo r**m acontecer.
De longe já parecia uma discussão, todos puderam ver da varanda, ela foi atrás
- Você quem deveria ter bebido menos.
- Se não está bem, vamos chamar um carro no aplicativo.
- Não vamos com você dirigindo.
Entrou na frente da porta o impedindo séria
- Assuma seus erros! Bebeu porque quis, se quer se arriscar, vá sozinho.
- Eu não vou!
Saiu da frente
- Realmente estava demorando pra acontecer algo r**m. Não existe um dia de paz ao seu lado!
Ele se debruçou no carro, apoiando a cabeça nos braços, olhando o chão
- Pare de drama! Aonde vai?
- Volte aqui, Olívia?
Ela foi caminhando para sair de lá, passou a rua e foi sentar em uma praça, quando estava longe, ele decidiu ir atrás, sentou irritado
- Porque você é assim? Tão difícil.
Ela estendeu a mão
- Me dá dinheiro pra comer um doce? Por favor?
Ele agarrou sua mão, encheu de beijinhos
- Claro que eu dou meu bem.
Entregou o cartão
-O que você me pede, que eu não faço? Paga por aproximação!
Ela foi se afastando rindo, indo em direção a um carrinho de lanche
- Ir embora, você não me deixa partir.
Comprou chocolates e um refrigerante, foi dando nas mãos dele o fazendo comer, confessou ser chocólatra, bêbado ele acabou sendo mais carinhoso, ficou sentado abraçado sendo servido na boca, estavam conversando sobre transporte público fora do Brasil, Fael parou o carro na frente deles, perguntou se estavam de boa, Justin disse que estava de castigo, esperando a bebedeira passar, chamou Olívia de patroa, Theo brincou dizendo que iriam dormir lá então, ela disse que iria se preciso fosse, porque alguém estava passando de todos os limites, Justin debochou com um sorriso maldoso
- Nem todos, mais tarde ainda vou passar, de vários com você.
Ela ficou brava, super sem jeito, Theo se ofereceu para levá-los, Justin aceitou contrariado, foram falando sobre a festa que pretendiam ir juntos, Olívia comentou sobre nunca ter ido a festas grandes, descobriu que gostava da maioria das bandas que iriam tocar.
Fael foi atrás de carro, para pegar o irmão, Olívia agradeceu a gentileza, quando foi se despedir com beijo no rosto, Theo falou baixinho
- Espero que da próxima vez, esse comportamento dele não se repita.
- Você está aguentando coisas demais, acho que não precisa disso!
- Então, até a próxima e se cuida!
Ela ficou sem graça, pensando no quanto estava m*l falada entre eles, por ser a corna e outras coisas, ficou mais calada com Justin, que entrou tropeçando nas coisas rindo sozinho.
Ele tomou banho primeiro, deitou na cama e não dormiu, a esperando.
Olívia saiu do banheiro de pijama, trancou a porta do quarto, ia arrumar o edredom no tapete, ele não deixou foi puxando tudo
- Já chega disso, não precisa ter medo de dividir a cama. Eu não vou fazer nada com você!
- A essa altura, dormir junto é o menor dos nossos problemas, com todo o resto.
Deitaram juntos, ela apenas falou boa noite, ficou de costas pensando na família, olhou o celular várias vezes, esperando mensagens, sonolento ele deitou mais perto ficando de lado
- O que está fazendo aí?
- Não está com sono?
Ela também se virou ficando cara a cara no escuro
- Queria falar com minha mãe e você, não vai dormir cachaceiro?
Ele foi subindo com a mão por baixo do cobertor, a tocando desde o quadril até o rosto
- Acho que ainda não.
- Devo me desculpar por hoje?
- Ficou brava?
Ela disse que não, começou mexer no cabelo dele fazendo carinho, perguntou se ele sempre teve o hábito de beber tanto, também a acariciando, ele debochou
- Vou dormir, a conversa ficou chata.
- Olívia sempre uma estraga prazeres!
Ela parou com o carinho, deitou de barriga pra cima
- Eu já ouvi coisas piores sobre minha personalidade, vai precisar de muito mais pra me ofender Juju.
Ele começou rir, continuou de lado, jogou a perna em cima das dela e o braço também
- Que isso? Juju?
- Meu avô me chamava assim.
- Não vou precisar de mais nada, não quero te ofender boba!
- Eu sou muito carinhoso com todos, já deve ter notado.
Imóvel ela disse que sim, o mandou ir dormir, ele apalpou sutilmente os s***s dela, levou um beliscão leve
- Justin para de graça e vai dormir!
Ele foi subindo a mão procurando o rosto
- Opaaa aqui não, espera, cadê seu rosto?
- Aqui.
- Se bebesse comigo, já estaria dormindo sabe.
- Feche os olhos, vou fazer uma coisa que fazem com bebês.
Começou acariciar com a ponta dos dedos sutilmente, descendo e subindo do nariz a testa, fazendo movimentos circulares, a mandou fechar os olhos, logo sorriu satisfeito
- Parou de se mexer, tá ficando com sono né?
- Você é meu bebê agora!
- Sabe você tinha razão, quando disse que podemos ser amigos e eu posso contar contigo.
- O resto do ano ficará melhor, pelo menos para um de nós três, eu no caso.
Achando tudo meio estranho e incrivelmente bom, ela não respondeu nada, pegou no sono mais rápido.
Dormiram próximos a noite toda, Olívia nunca em toda sua vida, esteve tão íntima de qualquer homem, tudo aquilo da rotina de um casal, era novidade e lhe assustava às vezes, por parecer normal, levar a vida do nada, com um completo estranho.
Na manhã seguinte ele acordou cedo, a deixou dormindo e foi treinar, a acordou sem querer ao sair do quarto.
Ela o viu no quintal pela janela, se trocou e desceu atrás, foi até lá comendo uma tigela de frutas picadas com granola e mel, assim que entrou na academia sorriu apreensiva sem saber como estaria o humor dele
- Oi bom dia, porque não me chamou? Pra vir?
Ele estava correndo na esteira, tirou os fones, franziu a testa a julgando com o olhar
- Bom dia Olívia!
- Comendo aqui na academia?
- Eu acho que você gosta de dormir até tarde, não é?
- Writer
