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1389 Words
Ryan Lansworth. •Há um mês atrás.• - Ou você se casa, ou a herança ficará com os gêmeos. Fim de discussão, Ryan. - o meu pai diz me analisando do outro lado da mesa. - Eu possuo um império bilionário, você sabe que eu não preciso e nem quero saber dessa herança. Porquê essa chantagem, agora? - o questiono e ele suspira se acostando a sua cadeira de couro. - Ryan, essa é uma herança de família. Você sabe que o seu avô era duque, a nossa linhagem é real, e essa é uma herança pertencente à linhagem real, do qual estava em minha posse e agora tem que ser sua, pois você é o meu herdeiro. - ele fala e eu suspiro me acostando a cadeira de couro. - Não importa a quantidade de dinheiro que possuímos, mesmo não necessitando da herança, é a tradição, e você é o meu único filho. - ele faz menção. - E caso você não siga a tradição, os gêmeos do seu tio, darão cabo dela. Você conheceu o seu avô e cresceu sabendo dessa história. - ele diz e é só o que me faltava. - Eu tenho vinte e quatro anos, tenho compromissos à mais com que me preocupar, um império bilionário por administrar e agora o senhor quer que eu me prenda à uma mulher, por conta de uma herança de quando a monocracia ainda vigorava? Por favor, pai. - falo inconformado, e ele se levanta pegando num papel, e colocando em frente de mim. - Eu estou morrendo, Ryan. - ele diz e a confusão mental que se instalou é insana. Morrendo? - Como assim, morrendo? - questiono pegando na p***a do papel. - O que essa m***a, significa? - questiono indignado. Isso não é verdade, n******e ser verdade. - Me responde, pai! - exijo e ele suspira se sentando. - Sente-se, Ryan. - ele diz me encarando atentamente. E por mais que a minha v*****e agora, seja de sequer não ouvir a resposta a minha questão, o obedeço. - O que isso significa, pai? - o questiono e ele dá um meio sorriso. - Mantenha à calma, Ryan e me escute. - ele diz. Mantenha a calma... Como se isso fosse possível. Você falou que vai morrer, p***a! Com que raios quer que eu tenha calma? - Então fale. Desde quando o senhor está doente? À quantos médicos foi para ter essa p***a como diagnóstico? - questiono, porém ele me interrompe. - Desde à última vez que eu tive uma parada cardíaca. - ele diz, e é impressionante sentir o mundo desmoronar todo encima de mim, de maneira tão repentina. - Eu estive com você. - eu menciono. - Como? Como eu não soube? - o questiono indignado. - Eu não queria que você soubesse, nem antes, nem agora. Mas você é tão teimoso quanto eu e a sua mãe, que não tive escolha. - ele diz, e continuo perdido e sem reação. - Tive várias opniões médicas e o diagnóstico é o mesmo. - ele diz, e eu me levanto passando a mão pelo meu cabelo, tentando entender, raciocinar, como deve ser. - Quanto tempo? - questiono em meio a minha confusão. - Seis meses. - ele fala, e parece que carrego agora o peso do mundo em minhas costas. - Mas que p***a! - esbravejo, e m*l noto de quando deixei a garrafa e os copos de whisky se partirem no chão. - Ryan, se acalme. - ele manda. - Como é que você quer que eu me acalme? - o questiono e agora está difícil segurar às lágrimas. - Você está morrendo, está me dizendo que em seis meses você pode morrer, e está me pedindo calma? - questiono sentindo uma dor inexplicável. - Ryan! - ele acentua a voz se levantando. - Apenas me escute. - ele exige, e depois de segundos em relutância, o obedeço. - Eu não queria contar isso para você. Mas eu não tenho alternativa. - ele diz. - A questão da herança é muito importante, e não tem à ver apenas com poder, e nem dinheiro. - ele diz. - A pessoa na posse dessa herança, mesmo nós não estando mais na era monocrática, possui imensas influências, tanto nas potências mundiais, na vida política democrática, e você sabe que o seu tio, não é de boa rês, quanto menos os seus primos. - ele diz e eu suspiro frustrado. - Eu sei o tipo de filho que tenho, e sei muito bem que se casar é a última coisa que você pensaria em fazer, mas é necessário. - ele fala e eu suspiro. - Percebi, eu vejo o que faço. - o respondo e ele sorri. - Mas isto... - falo pegando no papel. - Não tem outra solução? - o questiono. - Uma cirurgia, do qual eu não farei. - ele diz. - E porquê não? - o questiono inconformado. - Essa é uma doença rara, não há muitos cirurgiões especificados para ela, e a taxa máxima de ser bem sucedida é de 2%. - ele fala. - Ou seja, eu não vou adiantar a minha morte. - ele diz com uma naturalidade, que chega a ser um tanto irritante. - Temos que tratar de tudo, o mais rápido possível. - ele acrescenta. Gianni Kale. - Vai se fu... - a Wilka arranca o celular dela da minha mão, antes que eu acabasse a minha bela fala no áudio que estava mandando para o Igor. - Gianni! - ela reclama, guardando o celular na bolsa, enquanto caminhamos rumo ao avião. Porém eu me distraio observando uns homens, que se parecem com seguranças entrando num jato e outros olhando em nossa direção minuciosamente, que até me arrepiei. Porquê estão nos observando logo com o tanto de gente, por aqui? Enfim, sei que não é impressão minha, mas vamos fingir que é. Com certeza esse jato deve ser de alguém realmente importante, com o tanto de homem assustador que tem ali... Alguém da máfia, por exemplo... Prontos, parei com a minha fic. Só não entendo o porquê de estarem nos olhando... têm a maior cara de gringos, por tanto tenho certeza que não estão escandalizados ou perceberam os meus insultos, ou será que eu estava falando muito alto? - Wilka, é impressão minha ou aqueles homens estão encarando a gente? - a questiono e ela toda discreta, os encara. - Estão olhando para nós. - ela confirma, e eu aproveito que estava filmando tudo para o meu canal, e filmo eles, vai que queiram nos s********r e assim. - Eu hein... - falo entrando no avião, e vamos aos nossos lugares. - Você acha que eles eram seguranças de alguém da máfia? - a questiono e ela ri. - Você tem que parar de ler esses seus livros. - ela diz rindo e eu reviro os olhos, já pegando na sacola de chocolates que compramos no aeroporto. - Mas de certeza, de alguém muito importante, são. - ela confirma. - O Igor respondeu, ele mandou cumprimentos pra você. - ela diz toda boba e o reviro os olhos. - Para de ser sonsa menina. Acho melhor você bloquear ele. - falo colocando filme, na tela à frente de meu assento já. - Para Gianni! - ela diz, se assentando na poltrona ao meu lado. - Quero ver, quando você começar à namorar. - ela fala e eu reviro os olhos. - Oh, então já estão namorando, outra vez? Minhas felicitações. - falo comendo chocolate e ela revira os olhos. - Todos os homens traem, uns escondem melhor que os outros, mas todos traem, o amor é assim. E você verá quando chegar a sua vez. - ela diz e fico até enjoada. - É por essa e por outras que eu só caso, se for por uma troca de interesses, com os deveres já bem estipulados, como no livro Uma n***a Sem Igual, da Nirva Shirley, por exemplo. Porque se é isso que você chama de amor minha amiga, eu deixo só para você. - falo já colocando os fones para assistir os filmes. Desse drama, já estou farta. Ela não ouve mesmo e depois quem tem que lidar com o chororô sou eu.
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