Dias Atuais
Era sexta a noite quando eu lutei com um grupo de mutantes esquisitos e me machuquei. Eu me lembro bem que naquele dia de manhã eu senti que havia algo estranho e ao fim da tarde passei pela praça central da cidade onde um urso amarelo panfleteiro me entregou alguns panfletos e me chamou pra jantar em sua loja.
Eu infelizmente tive que negar e deixar pra outro dia, pois meus inimigos estavam prestes a capturar pessoas em baixo do meu nariz.
Cheguei em casa toda ferida e fui cuidar dos meus ferimentos, Taki e Mina me ajudaram a cuidar de todas as feridas e cicatrizes para poder trabalhar na floricultura no dia seguinte sem nenhuma marca do que eu fazia às noites.
- nossa essas suas feridas estão difíceis de curar dessa vez... Dizia Mina cuidando das feridas.
Mina tinha o poder da cura e ilusão, ela era a mais velha e esteve comigo desde a infância me ajudando e dando sermões. É praticamente minha irmã mais velha, pois temos quase dez anos de diferença. Mina tem uma fada, que era uma bonequinha que ganhou vida, e também tinha poder de cura.
— hoje foi um pouco mais difícil que o normal... Eles estão pegando o jeito com minhas técnicas... não importa oque eu faça eles estão sempre melhores! Analisei a situação.
— Samyia acho melhor você parar um pouco sabe assim? Vamos pro grupo de dança, precisa relaxar. ou ao menos natação. Dizia Taki.
Está por sua vez meses mais nova é super extrovertida e animada, age de forma infantil as vezes mas é bem mais responsável e tranquila do que eu.
— Taki... Sabe que não posso relaxar... Vocês se lembram de como cheguei no orfanato não é? Dois anos em um laboratório, e quando enfim consegui fugir eles ficaram usando outras pessoas pra projetos malucos. Akemi se levantou e pegou mais ataduras pra Mina a enfaixar.
— e já falei pra me chamar de Akemi... Se tentar esconder meu primeiro nome podem desconfiar! Disse akemi paciente.
Mina se levantou e abraçou Akemi forte, sua fadinha a circulou e terminou de curar suas feridas profundas.
— não tenha medo Akemi... Se você tiver medo eu vou ter também... Precisamos acabar com eles logo. Mina falou e a deu um apertão nas bochechas.
Pela manhã seguinte Akemi foi para a floricultura cuidar de tudo, entusiasmada vendeu tudo que podia e no almoço fez uma pausa pra comprar sorvete.
— hey ursinho!
— olha ela se não é a garota de ontem! Como foi sua prova? Disse o ursinho panfleteiro.
— prova? Ah sim é verdade, falando em prova tem um daqueles cupons de sorvete? Estou no horário de almoço me concede a honra? Disse Akemi entusiasmada.
— ah desculpe eu já comi mel! Pegue seu cupom e aproveite! Disse ele acenando.
— aaah, obrigada! E a prova foi ótima, saí meio ferida mas estou pronta pra outra. Até mais ursinho. Disse ela indo pegar seu sorvete.
Outros ursinhos se aproximaram dele e caçou conversa com o ursinho amarelo.
— não se cansa de bater papo com as garotas sem elas saber quem você é? Essa aí te conta tudo da vida dela todo o fim de semana. Hahahah e essa história de prova? Corta essa bacana. Disse o urso vermelho.
— ah eu gosto de ouvir histórias! Acho que toda garota gosta de conversar com um ursinho. Disse o amarelo.
— aposto que elas não contariam se soubesse quem é você! Hahahahah disse o azul e se afastou.
— fica na sua! Irei mudar de sala e assim ninguém vai desconfiar da voz do ursinho e a minha. não precisarei me preocupar com isso. Vai saber se uma dessas garotas não vai ser minha colega de classe. O urso amarelo falou.
Taki passou correndo e roubou um cupom saiu correndo e alcançou Akemi.
— Hey! Pede primeiro garotinha levada!
— me desculpaaa! Disse Taki correndo. — vamos comer sorvete juntas! Como está se sentindo hoje?
— bem melhor. Só estou cansada mas segunda nossas férias de verão acaba e não vou poder me dar a esse luxo. Disse Akemi comendo.
O ursinho amarelo a observava de longe e se perguntava sobre de onde ela era e qual era seu nome.
Ao fim do dia Akemi passou pelo ursinho e se despediu:
— bem... Ursinho amarelo, segunda às férias de verão acaba e... Bem eu... Não vou mais estar aqui no horário de almoço... Eu só quero agradecer a todos os bons cupons que me deu e todas as vezes que me deu ouvido.... Acho que toda garota gosta de falar com pelúcias.
Todos os ursos ouviram ela dizer, e o urso quase gritou aos outros que ele estava certo sobre garotas, mas se conteve.
— oh eu entendo garotinha, então se cuide e fique bem. Vou guardar segredo sobre todas as provas que me contou, e espero que um dia destrua o mestre do seu jogo. Disse o ursinho.
Mina e Taki olharam para Akemi suspeitando que ela podia ter falado mais doque devia.
— a...até mais ursinho amarelo... Se um dia me encontrar na rua ou na escola, fale comigo... Vai ser legal ter um amigo com quem posso sempre contar minha vida sem ser julgada. Minhas amigas já fazem isso mas você será sempre bem vindo. Até mais! Disse akemi se despedindo.
O ursinho ficou sem jeito e sem palavras e logo deixou a garota partir com suas amigas, e elas logo a arrastaram pra igreja e lhe deram boas e grandes broncas por ter aberto a boca a um desconhecido.
— é só um ursinho! Tenho certeza que por trás daquele ursinho tinha uma garota ou uma senhora super compreensiva que—
— Akemi está delirando... Só jovens trabalham daquele modo! Nunca mais faça isso ou pode por nossas vidas normais em risco. Disse Taki calmamente.
— não só isso mas todos estariam em risco! Por favor entenda. Disse Mina paciente.
Após o sermão Akemi foi pra casa preparar todo o material para segunda feira. Por algum motivo ela sempre queria conversar mais com o ursinho amarelo que sempre a escutava.
— se for um rapaz acho que vou ficar muito envergonhada quando o conhecer. Mas será uma boa experiência.... Só espero não ter falado demais.
Ela pensou e continuou arrumando suas coisas, se deitou e ficou pensando em inúmeras aparências por debaixo da pelúcia até que adormeceu.
Nunca foi fácil aceitar que não sou mais totalmente humana, eu sou perigosa, mas ao mesmo tempo sou frágil, eu precisava cuidar de tudo e todos pra que não acontecesse com outras pessoas oque aconteceu comigo.
Uma infância tranquila até o meteoro cair na nascente e eu beber água dele na fazenda, eu realmente estava no lugar errado e hora errada, mas se o destino quiz assim eu já não posso fazer nada.