Nicolas
Fico pensando ainda nela e o que eu acabei de dizer a mim mesmo,e só um pensamento vem agora ,que preciso esquecer esse sentimento.
Quando penso em se retirar,vejo o seu João:
— seu João,porque não está no refeitório com os outros?
— porque parei no caminho e vi o doutor pensativo,e algo que pensei é o que preciso lhe dizer.
Sorrir porque esse velho gosta de ser um observador,ele só não observa a vida dele.
— então diga seu João o que pensou?
— se está apaixonado por ela ,lute por ela ,porque Ana é uma mulher maravilhosa,nunca conheci na minha vida alguém como ela, o destino nos prega pesas doutor e por mas que o medo nos faça querer dizer não, o amor nos faz querer olhar pra frente e seguir.
Estou suando frio porque se o seu João sabe que estou apaixonado por ela ,outros já perceberam também.
— não deixe o medo tirar ela dos seus braços! E não se preocupa isso é segredo nosso.
Seu João segui para o refeitório, e eu penso em tudo que ele me disse ,será que ele tem razão,e se ela está apaixonada por mim também? E se eu lutar contra o medo e querer ela o que poderá acontecer? São perguntas que fico me fazendo e lembro que já deu a minha hora e preciso ir.
Quando chego no meu consultório,ouso gritos.
— isso é a Ana!
Corro deixando a minha bolsa cair pelo o corredor,e ao abrir a porta do museu dela vejo ela gritando sem parar e encolhida no chão,corro até ela e segurei ela nos meus braços.
—esta tudo bem Ana ,preciso que mantém a calma!
Infelizmente ela não para com os seus gritos de desespero,e é quando Tatá chega!
— Tatá preciso que me traga um pequena dosagem!
— vai dopar ela?
Diz Tatá surpresa,mas a forma que ela está ,preciso fazer algo,ou ela pode se machucar.
— vai Tatá!
— posso chamar os outros enfermeiros pra segurar ela.
Apertei ela forte e as minhas lágrimas queria sair mas me segurei,nunca pensei que iria ver ela assim!
— não, eu seguro ela sozinha , não precisamos mas assusta ela.
Tatá sai, e fico segurando ela forte ainda,e tentando imaginar que dor é essa que fez ela ficar assim!
— doutor aqui!
Eu seguro ela e Tatá aplicar de uma só vez ,e é quando ela vai adormecendo em meus braços,agora sim as minhas lágrimas sai,sem controle,estou com ela em meus braços e não quero soltar.
—doutor vamos colocar ela na cama!
Tatá fala mas eu não queria soltar ela, só que não posso deixa ela aqui no chão,levantei peguei ela no colo e coloquei na cama,mas deitei ao lado dela.
— não pode ficar aqui doutor ,ela já está dopada
Eu só disse:
— fecha a porta quando sair!
Tatá balançou a cabeça e saiu...
Passo a minha mão retirando os cabelos dela do seu rosto e olhando ela sinto que preciso está aqui com ela.
— quem fez isso com você?
Olho envolta e vejo tudo quebrado até os quadros que ela fez nas nossas consultas que sempre foram de sorrisos,estou chorando novamente e passo o meu braço por volta dela e abraço ela forte e sinto o perfume dela que é maravilhoso que acabo adormecendo.
Sinto leves toques em meu rosto,mas o meu sono e cansaço não me deixa acordar, continuo com os meus olhos fechados,e ainda sinto o perfume e uma respiração quente,e as batidas de um coração acelerado,o medo de abrir os olhos toma conta de mim,que seguro na leve mão que me toca o meu corpo muda de temperatura e minha respiração é forte ,meu peito doe e quando abro os meus olhos sinto o leve toque em meus lábios não resisti e pedir passagem com a minha língua que é recebida pela a dela ,que aperta a minha mão em sinal de desejo,sinto as nossas línguas se encontrarem e puxo ela contra o meu corpo e não quero parar esse beijo que me faz viajar,mas tudo para quando ela se afasta e quando abro os meus olhos só sei:
— desculpa!
Estou me levantando da cama quando ela puxa o meu braço:
— desculpa doutor,mas não posso te desculpa!
Estou de costas pra ela que vem e fica em pé na minha frente e coloca a minha mão no peito dela.
— está sentindo?
Fala ela das batidas do seu coração que está forte
— sinto!
— eu nunca sentir isso, e você me faz sentir, o seu beijo me levou a outro lugar onde eu ficaria e nem pensaria em voltar.
Ela diz isso e puxo ela pra um abraço e as minhas lágrimas sai sem controle.
— não podemos,sou o seu médico! Se souberem perco a minha licença de médico!
Ela se afasta
— Ana mas estou apaixonado isso eu sei.
Seguro em seus braços e digo baixinho em seu ouvido.
—o meu peito chegou a dor, só em sentir a sua respiração!
Ela vira sem eu esperar e me beija,e novamente sinto o meu coração sair pela a boca as minhas mãos estão livres pelo o corpo dela que desliza acariciando como ela merece ser acariciada,e ao paramos porque estamos sem ar!
— já está claro lá fora preciso ir.
Estou meio perdido,mas com a mão na maçaneta da porta ouso:
— será um segredo nosso!
Dou um sorriso e sair do quarto suspirando
—o que eu fiz?
Digo isso caminhando até o meu consultório pego a minha bolsa e preciso ir em casa tomar um banho e voltar.
Pareço um i****a sorrindo pra todos que vejo na rua, até no metrô estou sorrindo e lembrando do beijo que recebi dela.
Nesse momento só quero pensar nisso e em mas nada, mas quando chego em casa tenho uma surpresa.
— doutor Federico,o que faz aqui essa hora?
— isso é jeito de falar Nicolas!
Diz minha mãe brava ,mas garanto a vocês que o meu sorriso sumiu assim rapidinho será que é medo?
— queria ir na clínica, então pensei em passar aqui pra irmos juntos.
— eu falei que você não havia dormido em casa.
Diz dona Val ,e eu aperto a mão do doutor sem graça,na verdade eu não sei onde enfiar a minha cara.
—desculpa doutor irei tomar um banho e claro que podemos ir juntos.
Ele bate na minha mão,que está suada e trêmola.
— espero aqui ,pode ir tranquilo e rapaz pode dormir onde quiser, não precisa ficar nervoso, afinal só preciso saber da minha clínica, só ela que me interessa!
Me retiro da sala e minha mãe me olha envergonhada,e sinceramente eu só queria o sorriso que eu estava agora a pouco.