LIZ NARRANDO.
O humor de Thales é ácido, sabe aquele tipo de brincadeira com maldade, era o dele, algo me diz que isso vai ser complicado. O carro parou em frente a uma mansão enorme, rosa clara, com pilastras na frente e uma porta branca de quase 8 metros de altura.
— Bem-vinda a sua nova casa. — Thales fala, e em seguida abre a sua porta do carro e desce.
Da a volta no carro e abre a minha porta.
— Anda, desce, não tenho o tempo todo. - Fala de forma ríspida. Pego a minha mochila que esta no chão do carro próximo ao meu pé e desço do carro.
— Você precisa dar um jeito nessas suas roupas, são muito velhas. E para ser minha esposa precisar andar bem vestida, esse cabelo também precisa arruma. - Ele sai na minha frente e começa a subir a escadaria que tem em frente a casa. E sigo atrás de cabeça baixa.
— Mamãe e papai que ótimo encontrar vocês aqui. — Ele fala ao abrir a enorme porta da sala onde vemos um casal bem aparentados.
— Vamos entre, quero que você conheça os meus pais. — Ele fala e eu engulo aquilo seco, afinal o pai dele é um dos maiores mafiosos que tem na cidade. E aquilo por si só já era motivo do medo vir a tona em todos os níveis.
— Conhecer quem dessa vez Thales? — Uma voz grave masculina fala.
— A minha noiva papai, você não queria que eu me casasse, pois então, irei me casar. E aqui está ela. - Eu passei pela enorme porta e deparei-me com o Sr. David e a sua esposa em pé numa sala gigantesca.
— Conheçam a sua nova nora. — Thales fala e ri.
— Que palhaçada é essa Thales? — A mãe dele pergunta com a voz alterada, e pelo tom dela as coisas não serão nada boa.
— Mamãe, seja gentil com a sua nora, Liz essa é a minha mãe a Sra. Bernadete.
— Você ficou louco de vez Thales. — David fala.
— Chega, chega de falar que estou louco, estou fazendo o que vocês queriam, agora mamãe eu quero que essa cerimonia aconteça o mais rápido possível. — Thales grita de forma altiva, bem irritado com os questionamentos dos pais.
— Vem minha doce Liz, vou te mostrar o seu quarto. — Ele fala e em seguida me puxa pelo braço. só não entendi bem o DOCE, afinal desde que saiu da minha casa vem me tratando com grosseria. Para completar os pais não aceitaram bem o noivado. Ai meu Deus, o que será de mim nessa casa e na vida deles.
A casa realmente era enorme, muito luxuosa e ele me arrastou para a parte de trás da casa, passamos pela piscina e entramos em área que tinha uma edícula, que é uma pequena construção anexada ao fundo da mansão.
— Aqui é o meu lugar preferido, eu moro aqui. — Ele fala ao abrir a porta.
Era um quarto enorme, com um guarda roupa na cor branca, uma cama de casal e outra de solteiro perto da janela. Tinha uma porta do outro lado, deduzi que fosse o banheiro.
— Fique a vontade, aqui agora é a sua casa. — Ele fala e acende outro cigarro.
A minha casa? Como em questão de poucas horas tudo isso foi acontecer? o meu mundo virou de ponta cabeça, como entender isso tudo tão rápido? se eu nunca nem namorei e em breve estarei casada.
— Fica com a cama de solteiro, mas não fique triste em poucos dias iremos dormir juntos nessa aqui cama aqui. — Ele fala e em seguida solta a fumaça do cigarro no meu rosto, me fazendo tossir e apontando para a casa de casal.
— Que tosse chata, já te falei que você precisa acostumar.
— Desculpe. — Sussurro.
— Agora preciso sair para resolver algumas coisas, fique a vontade. — Ele fala e antes de sair do quarto o celular dele toca.
— Nicolas, aguenta ai, já estou chegando. — Ele grita no celular e sai do quarto me deixando sozinha.
Ando até a minha cama, coloco a minha mochila em cima e me sento olhando tudo ao meu redor. Tudo o que eu queria agora era a minha casa, a minha vida sem graça de antes, mas era a minha vida.
Dobro os joelhos, coloco o meu rosto entre eles e começo a chorar, chorar de tristeza, de angústia, de saber que fui trocada por um dívida por pessoas que deveriam me amar, cuidar de mim. E agora estou eu aqui perdida sem conseguir assimilar direito toda essa mudança feita em minha vida.
O meu coração estava em pedacinhos, então só me restava chorar e chorei, chorei, tentando colocar para fora toda a dor que tomava conta de mim, todo o medo pelo que vinha pela frente, toda decepção causada pelos meus pais, até que peguei no sono. Não sei por quanto tempo dormi, acordei num sobressalto com alguém batendo a porta.
— Você ainda não se arrumou para o jantar. — Thales grita como sempre, esse homem não tem educação, como pode ser tão grosso.
— Desculpe acabei dormindo. - Respondo ao sentar na cama e coçar os olhos, estava meio atordoada.
— Preguiçosa, anda vá se arrumar. — Ele grita mais uma vez, parecia que eu era surda, faço então o que ele falou.
Pego a minha mochila, vou até o banheiro e fecho a porta. Com os olhos cheios de lágrimas novamente, engulo meu choro e tiro a minha roupa e entro para tomar banho. O chuveiro tinha uma enorme vazão de água, tão diferente do que eu tinha na minha casa. Lá era tão pouca agua que saia, além disso, a água quase sempre era fria, que as vezes eu dava uns pulos para me aquecer antes de entrar no banho. Tomo um susto quando ele dá um murro na porta e grita.
— Não demore, vai logo que não temos todo tempo do mundo.
Rapidamente eu tomei banho, sequei-me, coloquei uma roupa e sai do banheiro de cabeça baixa.
— Estou pronta. - Noto o olhar dele reprovador para mim e aquilo me deixa m*l.
— Não tinha uma roupa melhor não? Pelo visto você só tem trapos que chama de roupa.
Estou vestida com uma calça jeans velha, uma camiseta preta e um par de sapatilhas.
— Infelizmente essas são as roupas que tenho. - E realmente era verdade.
— Estão mais para pano de chão, mas mesmo assim, a sua beleza é única. — Ele fala e passa a mão no meu rosto.
— Ande, vamos, estou faminto. - Ele me puxa pelo braço novamente e saímos daquela edicula em que ele "mora".
Fomos para parte principal da mansão, onde as luzes estavam todas acessas, ele foi me guiando para uma sala e quando entramos tinha uma mesa gigante com mais de 20 cadeiras. Os pais dele estavam sentados lá e quando me viram respiraram fundo.
— Thales, essa brincadeira não tem graça, deixe essa moça ir embora. — A mãe dele fala com ar muito reprovador e parecia muito impaciente.
— Não tem nenhuma brincadeira, nós iremos nos casar e eu quero que seja o mais rápido possível.
— Eu quero poder jantar em paz. — O pai fala irritado.
A mesa tinha muitas opções de comida, muitas mesmo, para ser sincera a minha barriga já estava doendo de tanta fome, e ver tudo aquilo só fazia aumentar a minha vontade.
— Pode se servir Liz, fique a vontade. — Thales fala.
Com muita vergonha eu peguei um pedaço de um peixe que tinha na minha frente e um pouco de arroz.
— Só isso? Vai ficar doente, coma mais. — Ele fala e começa colocar um monte de comida dentro do meu prato.
— Não, eu não como tudo isso. — Respondo, mas ele continua a colocar comida no meu prato.
— A moça já falou que não quer. — O pai dele fala interfere.
Ele para de colocar a comida, olha para o pai e começa a rir.
— Vai me ensinar como tratar a minha esposa agora papai?
Sejam bem vindas a mais uma história da Gabi Reis.
E então me conte o ranço pelo Thales já nasceu? Se preparem porque ele será muito pior do que isso...
Vocês já me seguem no i********:?
Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam
Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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