NICOLAS NARRANDO.
— E então Nicolas, você aceita ser o meu sócio? — Thales pergunta.
— É uma boa proposta meu caro amigo, analisei muito bem, mais infelizmente não posso aceitar.
— Como assim não pode aceitar? — Thales pergunta alterado, como de costume.
— Não posso, eu tenho algumas viagens marcadas e tenho o Lucas agora, sem babá tem ficado difícil deixar ele com a minha avó sozinho. Eu não sou mais solteiro eu tenho alguem que depende de mim Thales.
— c*****o Nicolas, essa é uma grande oportunidade. — Thales grita.
— Eu sei que sim, mais eu tenho as minhas prioridades no momento e não posso assumir outra coisa agora.
— Irei lhe dar mais alguns dias para pensar, você só pode estar ficando louco, como irá recusar essa oportunidade.
— Eu já lhe dei a minha resposta, agora preciso ir, tenho algumas candidatas para entrevistar hoje cedo. — Respondo e me levanto da mesa.
Levanto e vou me despedindo dos meus tios e de Thales, o falecido pai do tio David era amigo do meu avô e por esse motivo eu e o Thales nos conhecemos desde pequeno e de uns 3 anos para cá se tornamos ainda mais próximos.
Vou direto para casa, a minha esperança de encontrar uma pessoa para essa vaga hoje está muito grande, eu preciso de alguém para cuidar do Lucas o quanto antes, isso já está me deixando nervoso. Assim que entro em casa, escuto o choro dele e em seguida alguns gritos da minha vó.
— Seu menino mimado.
— O que está acontecendo aqui? — Pergunto ao me aproximar deles.
— Esse moleque jogando bola dentro de casa, olha ali o que ele fez, era um dos vasos que o seu avô mais gostava.
O Lucas estava chorando com medo, ele não me olhava nos olhos, a nossa relação não era das melhores.
— Ele é apenas uma criança e está sem supervisão de uma baba. - Falo para minha avó.
— Criança precisa de regras e limites, desse jeito ele será apenas um jovem delinquente. — Ela grita e o Lucas corre para o quarto dele.
— Se continuar desse jeito Nicolas, ele vai ser como a mãe dele. - Como ela consegue dizer coisas para alterar o meu humor, é impressionante.
— Não abre a boca para falar dela, eu já te avisei sobre isso.
— Só você que era cego que não conseguia perceber o quanto aquela mulher era interesseira.
Eu não suportava ouvir alguém falar da Manu, principalmente a minha avó.
— CALA ESSA MALDITA BOCA. — Grito com ela, onde a paciência já tinha se esgotado.
— O seu avô deve estar se revirando no túmulo de decepção de você, anos trabalhando para te tornar um homem forte, para ser um Dom de verdade e agora fica aí chorando pelos cantos por causa de uma mulher.
— Ele não está mais aqui, então quem manda aqui sou eu e dentro dessa casa você está proibida de falar da Manoela, entendeu? que fique bem claro isso.
Viro as costas para ela e subo até o quarto do Lucas, eu errei tanto com esse menino, mais eu não consigo olhar para ele e não lembrar da mãe, da falta que ela me faz, eu sei que ele não tem culpa, mais eu não consigo, eu juro que não consigo. Bato na porta e em seguida entro.
— Lucas. — Falo.
— Fala.
— Nada de jogar bola dentro de casa.
— Como sempre nunca pode fazer nada nessa casa.
— Olhe como fala com o seu pai, você tem apenas 5 anos, me respeite. - Falo irritado, mas tendo a total certeza que ele é o que menos tem culpa.
— Você não se importa comigo, a sua vida é trabalhar, eu queria que a minha mãe não tivesse morrido. — Ele grita e corre para o banheiro. Sempre acho que a morte da mãe dele, foi pior para mim. Preciso questionar-me e perceber que ele sente muito mais por ser filho que eu. Ele é só uma criança.
Eu respiro fundo e saio do quarto, ele tem o meu gênio afrontoso e com isso fica cada vez mais difícil lidar com ele.
— Senhor Nicolas, algumas candidatas chegaram. — A Edith uma das funcionárias aqui de casa fala.
— Pedem para aguardar na sala, irei chamar uma por uma, no meu escritório.
— Sim senhor. — Ela responde e se retira.
Eu entrevistei cada uma, no total foram 8 e nenhuma delas tinham experiência com criança, algumas velhas demais para acompanha o ritmo do Lucas e outras não sabiam absolutamente nada sobre criança, não que eu soubesse, mais eu precisava de alguém que entendesse sobre isso.
Já eram quase 14:00 da tarde, eu não tinha almoçado, chamo a Edith do escritório e ela vem.
— Chamou-me senhor? — Ela fala aparecendo na porta.
— O Lucas almoçou? — Pergunto e ela n**a com a cabeça.
— Ele se recusa a sair do quarto senhor Nicolas, ele sente muita falta da Joaninha.
— Eu preciso encontrar alguém para cuidar desse menino, alguém que ele goste.
— Se o senhor me permite, esse menino precisa do senhor, a Dona Blanca é muito dura com ele.
— Chame ele para mim.
— Sim senhor.
Até quando Nicolas você irá permitir que essas coisas continuem acontecendo, ele é fruto de um amor, sangue do seu sangue.
— Me chamou? — Ele pergunta parado na porta do escritório.
— Porque você não almoçou?
— Não estou com fome.
— Você precisa se alimentar, vai acabar ficando doente. — Eu falo e ele abaixa a cabeça.
— Com licença senhor, chegou mais uma candidata. — Edith fala.
— Mais uma? Que estranho pensei fossem somente as que vieram mais cedo.
— Ela disse que se chama Rosa.
— Rosa? — Pego o meu celular e vejo na lista de nomes das que marcaram comigo hoje.
— Na minha lista não tem nenhuma Rosa, por favor mande-a entrar e leve o Lucas para comer algo.
— Sim, senhor, vamos menino Lucas. — Ela responde e pega na mão dele.
Uma moça bate na porta e eu levanto o rosto olhando para a mesma.
— Rosa?
— Sim, sou eu.
— Como ficou sabendo da vaga?
Quem vocês acham que é essa Rosa hein? Essa história está começando a ter os seus mistérios....
Vocês já me seguem no i********:?
Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam
Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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