Sinopse
1229 Words
António Lopes segurou a mão da sua esposa pois esta não parava de passar uma na outra por conta do seu nervosismo.
- Se acalme querida! Vai ficar tudo bem.
- Você acha meu bem? E se eles desistirem agora? Não vou aguentar.
- Já chegamos até aqui. Não tem como desistir. Mantenha a calma por favor.
- Está bem. Me de água por favor.
António deu a águapara a sua esposa e mesmo antes dela terminar a porta da sala foi aberta e duas mulheres entraram. Uma delas estava com um bebê nos braços.
- Senhores António e Joana Lopes?
- Sim. Somos nós.
- Por favor sentem - se! O meu nome é Marta Lynn. Esta é a Lídia minha assistente. Ainda estão dispostos a ir em frente com isso?
- Claro que sim Senhora Lynn. Apenas não desejamos ter problemas legais.
- Isto não vai acontecer. Para todos os efeitos está criança foi gerada por vocês.
- Entendemos Senhora. Assim será.
- Óptimo. Leiam e assinem para acabarmos logo com isso.
O casal assinou os papéis, recebeu uma cópia e então a bebê lhes foi entregue.
- Ela é linda Tony. Olhe só para estes olhos tão azuis.
- Verdade meu amor. Esta será uma semelhança inegável entre vocês.
- Eu vou embora. E sugiro que vocês jamais citem o meu nome para ela.
Esqueçam o dia de hoje.
A mulher foi embora e subiu no seu caríssimo carro sem olhar para trás.
O casal pegou na bolsa da bebê e foi embora. Prometeram manter o segredo sobre a origem da menina entre eles.
Mesmo sendo melhor dizer a verdade, neste caso seria apenas uma forma de proteger.
17 anos depois
A menina tornou-se uma linda jovem.
O cabelo ruivo e lindos olhos despertavam a atenção e interesse de quem a conhecia. Registada como Sandra Safira Lopes, ela cresceu na Mansão Rossinni, e tornou-se inseparável companheira de brincadeiras do seu único herdeiro Emílio Rossini.
Marcella Rossini nunca gostou da menina, mas disfarçava sempre que a via perto do seu filho, com quem também não tinha muita afinidade maternal.
- Joana! Eu não quero mais a tua filha andando pela mansão, a não ser que seja para trabalhar.
- Não se preocupe Senhora. Mas a minha menina terá um futuro melhor. Ela não tem que trabalhar aqui.
- É mesmo?!
- Sim. Juntamos o suficiente para pagar a Universidade dela. E ela está de acordo.
- Muito bem. E para onde a vão mandar?
- Para a São Luís de Brás em Londres. É a melhor e tem o Curso que ela deseja. Designer de Interiores.
- Está bem. Eu estou surpresa e te dou os parabéns. Hoje dou a vocês a noite livre. Assim podem ter um agradável jantar em família.
- Muito Obrigada Senhora. Faremos Isso.
Marcella saiu e Joana seguiu terminando o seu trabalho. Não suportava a mulher por ser mesquinha e arrogante, mas ela e o marido pagavam muito bem os funcionários, e eles puderam poupar o suficiente para garantir a melhor formação para a filha, que até ao momento só tinha frequentado as melhores escolas.
Sandra sempre demonstrou imenso talento para o designer. Ela fez curso de línguas, e também uma breve formação intensiva de Arquitectura.
Tinha também talento para a Culinária, e até mesmo de jardinagem ela entendia muito bem. Faltavam apenas para ela ir á Universidade, e o seu nervosismo só aumentava.
Por outro lado, o jovem Emílio também não via a hora de ir para Universidade, e desta forma se livrar do controle excessivo da mãe.
Ele a ouviu proibir Sandra de entrar na casa, e isto o deixou bastante chateado.
Durante o jantar, Emílio decidiu expôr aos pais a sua nova decisão.
- Emílio! Você parece preocupado.
Aconteceu alguma coisa?
- Sim Papai. Eu tomei uma decisão e quero comunicar a vocês.
- Fale por favor.
- Eu vou estudar em Londres. Na São Luís de Brás.
- O quê?! Nem penses nisso filho.
Não vamos permitir.
- Eu não quero a vossa permissão Mamãe. A São Luís é uma Universidade de prestígio. Tem diversos Cursos e isto inclui o que eu desejo que é Gestão Empresarial.
- Não era Direito?
- Não Mamãe. Eu não pretendo seguir direito. Esta sempre foi a sua vontade, mas não a minha.
- E podes nos dizer o verdadeiro motivo de teres escolhido a Brás?
- Sim. É para onde a Sandra vai. Ela é a minha melhor amiga. Prometemos que estaríamos sempre juntos.
- Filho! Eu entendo que gostes dela e respeito a vossa amizade. Mas, não tens que a seguir. Vocês são de mundos diferentes, e está na hora de aceitar isso.
- Sim! Somos diferentes. É por isso que gosto dela. Ela não me vê apenas como um herdeiro. Ela vê quem eu sou, e não se importa com luxo e riqueza.
- Por favor parem com isso os dois.
Marcella! O nosso filho não é mais uma criança. Ele tem o direito de fazer as suas escolhas.
- Obrigado Papai. Eu peço licença. Vou encontrar com o Paulo. Até mais tarde.
Marcella estava furiosa, mas teve a decência de manter a calma. Sabia que o seu filho estava crescido. Não tinha mais influência sobre ele, pois Emílio tinha uma personalidade forte, e não se deixava manipular pelos caprichos da Mãe.
Já a família Lopes saiu para comemorar.
Sandra faria a viagem em 3 dias, e mesmo tentando esconder estava bastante ansiosa.
- Nós sentiremos muito a tua falta filha.
Mas, sabendo que ficarás com a minha irmã, isto me deixa mais calma.
- Não se preocupe Mamãe. A Tia Laura vai cuidar bem de mim. E ela também é a Vice - Reitora da Universidade, então tudo vai ficar bem.
- Tens razão. O meu coração de mãe não aceita que já estás crescida. Um dia quando fores mãe, vais me entender.
- Eu já entendo Mamãe.
A família seguiu com a conversa animada. Emílio juntou - se a eles e Joana notou uma mudança na postura da filha.
- Seja bem-vindo menino Emílio.
- Obrigado Joana. O ar lá em casa estava pesado demais. Estava mesmo a precisar de sair um pouco.
- Brigaste outra vez com a sua mãe?
- Sim António. Ela é controladora demais, e ainda espera que eu faça todas as suas vontades. Deixei claro que não pretendo ser um fantoche como o meu pai.
- Você não será fantoche de ninguém Emílio. Isto seria impossível...- Sandra disse segurando a mão dele.
Depois do jantar os pais de Sandra foram para casa, mas ela ficou com Emílio.
- Querido! Quando vamos contar a eles que estamos juntos?
- Em breve meu amor. Tenho medo que por causa disso os teus pais te impeçam
de ir para Londres.
- Eles não fariam isso. A minha Tia é óptima. Ela vai nos ajudar. Mas, nós não podemos nos exceder e muito menos deixar os estudos de parte.
- Isto não vai acontecer. Nós faremos a nossa formação sem obstáculos.
Mas eu não pretendo desistir de você.
Trocaram um beijo apaixonado, e então foram embora por estar um pouco tarde.
O futuro reservava muitas surpresas para o casal. E entre elas a mais difícil seria superar mágoas e decepções do passado.
Seria um amor tão bonito capaz de resistir aos testes e ameaças do destino?
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