Enquanto Existir Nós Dois

4° Capítulo.

BEIJAR BEM

Ok: a gente quer encontrar alguém bonito, inteligente e espirituoso, alguém que não seja muito exibido nem vaidoso demais, que tenha um papo cativante e esteja parado na nossa. Mas e se beijar m*l? Sem chance. Tem que beijar bem, tanto eles quanto elas.

Quando escuto alguém dizendo que Fulano beija bem e Sicrano beija m*l, quase volto a acreditar em histórias da carochinha. Beijo é a sorte de duas bocas entrarem em comunhão. Pode um Rafael beijar uma Ana e ser uma explosão vulcânica, e o mesmo Rafael beijar uma Cristina e ser um encontro labial de dar sono. Pessoas não beijam bem ou m*l: casais se beijam bem ou m*l. Há sempre dois envolvidos.

A definição de um beijo bom é que pode ser questionável, mas quem está no meio do entrevero quase sempre reconhece o ósculo sublime.

Beijo bom é beijo decidido, mesmo que a decisão seja levá-lo devagar ao longe.

Beijo bom é beijo molhado, em que os beijadores doam tudo o que há para doar na cavidade bucal, sem assepsia, entrega absoluta.

Beijo bom é beijo sem pressa, que não foi condenado pelos ponteiros do relógio, que se perde em labirintos escuros já que, é bom lembrar, estamos de olhos fechados.

Beijo bom é beijo que você não consegue interromper nem que quisesse.

Beijo bom é beijo que não permite que seu pensamento tome forma e voe para outro lugar.

E, por fim, beijo bom é o beijo que está sendo dado na pessoa por quem você é completamente apaixonada.

Existe beijo r**m? Existe. Beijo sem alma, beijo educado demais, beijo cheio de cuidados, beijo curto, beijo seco. Mas uma coisa é certa: precisa dois para torná-lo frio ou torná-lo quente. Todo mundo pode beijar bem, basta nossa boca encontrar com quem.

Martha Medeiros.

(...)

Gabriella Torres:

Hoje começa meu primeiro dia de trabalho na RBR, mas confesso que minha emoção maior é saber que vou trabalhar com aquele pedaço de m*l caminho, e ainda vou ficar na sala dele, vai ser difícil trabalhar assim, tão pertinho assim do meu chefe delicioso hoje até sonhei com ele e que sonho.

Tomei um banho bem demorado, lavei bem os meus cabelos, coloquei um roupão, e fui secar e escovar meus cabelos.

Sair do banheiro e fui pra cozinha, pois iria tomar café antes de me vesti.

Estou tomando café e imaginando como será meu dia hoje ao lado dele, assim que termino, eu volto para o meu quarto e escolho uma roupa pensando nele, pois quero arrasar o meu chefe

"Gabriella se comporte" Tudo bem, sempre meu inconsciente fica me lembrando quando viajo na maionese, com muito custo decido ir com um vestido preto e cabelo solto e maquiagem leve com um batom na cor nude.

Quando fico pronta eu pego minha bolsa, pois não quero chegar atrasada justo no meu primeiro dia, chamo um táxi e assim que chego na empresa, subo logo para 21° andar, chegando lá sou recebida por Renata a secretária da presidência que diz que minha mesa já está pronta dentro do escritório do senhor Rivera, nesta hora minhas pernas ficam mole será que ele já chegou? Gabriella se concentra!

-Renata o senhor Rivera já chegou? Pergunto disfarçando meu interesse.

-Eu ainda não o vi, senhorita Torres, mais você já pode ir para a sua mesa, pois daqui a pouco eu te entrego a agenda dele. Agradeço a ela e vou para o escritório do chefe, quando entro lá dentro, eu vejo uma coisa na minha mesa, pego o cartão que estava entre as flores e eu não acredito que meu chefe deixou isso para mim!

Quando leio o cartão meu coração quase para, a caligrafia perfeita do meu chefe estava ali naquele cartão, nossa que atencioso da parte dele ter feito isso, quando ainda estou nas nuvens com seu gesto de carinho, lendo o que estava escrito ali.

*Seja bem-vinda a Rivera Bordeaux Real, Gabriella, espero que goste de trabalhar aqui conosco.

A/R.

Ele entra no escritório com seu cheiro delicioso de perfume amadeirado e seu terno Armani feito sobre medida e bem alinhado "Será que esse homem não cansa de ser bonito não"? Pergunto mentalmente enquanto babo no meu chefe irresistível.

-Bom dia senhorita Torres. Acabo me assustando com aquela voz grossa e rouca já que não percebido a sua entrada, e confesso que mesmo sendo virgem eu molhei a minha calcinha toda.

-Bom dia senhor Rivera, não tinha ouvido o senhor entrar no escritório, mas pode me chamar de Gabriella. Tenho certeza que fiquei vermelha igual pimentão.

-Tudo bem Gabriella, você também pode me chamar de Andrew. Seu pedido me pega de surpresa, porque não imaginava que ele me pediria para chamá-lo pelo nome.

-Desculpe senhor Rivera, mas o senhor é o meu chefe, não ficará bem eu te chamar apenas pelo seu nome. Digo porque não quero que ninguém pense que estou de i********e com o chefe para obter algum benefício ou algo mais, principalmente por ser a mais nova funcionária da empresa.

-Me chame apenas de Andrew, isso é uma ordem, Gabriella. Eu olho para ele chocada, mas seu sorriso lindo demonstra que ele apenas está brincando comigo.

-Tudo senhor Rivera, desculpe Andrew, obrigado pelas flores, foi muito delicado da sua parte fazer isso, mas não precisava. Esse pequeno gesto significou muito pra mim, penso comigo.

-Que bom que gostou Gabriella, e não precisa agradecer, na verdade eu tenho um pedido pra te fazer. Meu coração está na boca em expectativa.

-O que você quer me pedir? Pergunto baixinho e já sem fôlego.

-Que tal nós dois tomarmos essa champanhe no final do expediente para comemorar seu primeiro dia de trabalho aqui na RBR? Fiquei sem palavras.

-Claro senhor... quer dizer Andrew, eu adoraria dividir esse champanhe com você. Eu devo estar sonhando acordada, alguém me belisque.

-Então está combinado. Vai ser difícil trabalhar agora.

-Podemos começar o nosso trabalho? Digo para me distrair e não pular no colo do meu chefe.

-Claro que sim Gabriella.

Ele liga para Renata, enquanto eu me sento na minha mesa.

Renata entra e logo depois que Andrew fala com ela, ela me entrega a agenda dele pra mim já que agora eu serei responsável pelos compromissos dele aqui na empresa e fora dela também, assim que ela sai então começamos o trabalho, eu vejo que o senhor Rivera tem muito compromissos e eu passo o dia todo com ele nas suas reuniões, tomando o cuidado de não ficar suspirando toda vez que ele fala meu nome.

Finalmente o meu primeiro dia de trabalho chegou ao fim, meu chefe saiu do escritório, quando retornou ele estava com duas taças na mão, foi ai que eu percebi que ele falava sério em comemorar meu primeiro dia aqui na sua empresa.

Ele me serve uma taça com champanhe e pega a sua.

-Um brinde ao seu primeiro dia aqui na minha empresa, também quero brindar a mulher linda que está aqui na minha frente e que mandou muito bem hoje aqui no seu primeiro dia como minha assistente. Ele disse me deixando encabulada com as suas palavras.

Minhas mãos estão suando, pois ele não tira os olhos de mim, e uma pontinha de esperança surge dentro de mim, será que ele também se interessando por mim?

-Gabriella não precisa ficar envergonhada, eu só disse a verdade. Ele diz com a sua voz rouca, molhando a minha calcinha.

Acabamos tomando a garrafa toda, ele pega a taça da minha mão e coloca na mesa, e vai se aproximando até ficar bem pertinho, quando eu vejo que ele vai me beijar eu tento me desvencilhar, mas ele me segura pela cintura e seus lábios tocam o meu, eu tento não corresponder afinal isso só pode ser um engano, até que ele insiste no beijo, eu acabo correspondendo.

Andrew enfia a língua na minha boca e ficamos assim num beijo muito quente, até que nós nos separamos por falta de ar, e quando eu começo a querer falar:

-Andrew acho que isso não deveria ter acontecido, afinal você é o meu chefe e...

Ele me silenciou com mais um beijo, mas de repente barulho de porta se abrindo e um grito nos tira da nossa bolha, quem será que entrou assim sem bater na porta?

Quando olhamos para a porta, eu vejo uma mulher loira muito bonita que grita o nome do Andrew e me chama de vagabunda, perguntando aos berros o que estamos fazendo, como se ela não soubesse?

-Andrew? QUEM É ESSA VAGABUNDA QUE VOCÊ ESTÁ BEIJANDO?

Será que ela é namorada do meu chefe? Mas eu vou tirar isso a limpo agora, porque ele não vai brincar comigo assim dessa maneira, só porque é o meu chefe.

Continua. . . . . . . . . . .