✔ 2. Falcão

656 Words
✔ 2. Falcão: O dia foi atribulado e tudo o que Martín, desejava e precisava naquele momento era relaxar. Esquecer os problemas. Ele estava em seu cassino, observava a jogatina enquanto tomava seu whiskey. Como em toda noite alguns sairão mais ricos, outros mais pobres e alguns falidos, devendo até a alma. Era comum alguns apostadores, apostarem tudo o que tinham e ainda saírem devendo. Acreditavam na sorte que não vinha. O jogo de fato somente é bom para o dono do cassino. Martín aprendeu cedo essa lição, tanto que raramente jogava. O fato de raramente jogar não estava ligado somente ao fato de evitar o vício e se colocar em risco. Ele era conhecido como aquele que nunca perdeu um jogo, o que deixava temeroso aquele que ousasse o desafiar para uma partida. Ninguém o queria como oponente. Quando Martín decidia jogar os demais jogadores paravam para o assistir. Era um verdadeiro show. Não podia se dizer que a sorte o acompanhava, era muito mais que sorte, ele era brilhante. Todos queriam descobrir qual era o segredo que fazia com que ele não perdesse uma única partida que fosse. Quem o desafiava poderia ser definido como corajoso ou louco. Entrar em um jogo sabendo que vai sair derrotado não é para qualquer um. Martín fazia jus ao apelido de Falcão. Uma ave associada a vitória, forte, superior, imponente, livre. A sua liberdade era algo que ele prezava, odiava sentir-se preso, controlado. Mas era esse o desejo do conselho da máfia, o prender em um casamento arranjado. Os membros do conselho não esperavam que Martín, fosse se opor a um casamento arranjado para fortalecer alianças. Foi exatamente o que aconteceu, ele se opôs. Sua avó Luzia, teve um papel fundamental em sua educação. Ela conseguiu o convencer a somente se casar com uma mulher que o amasse. Não desejava para o neto um casamento triste como foi o do seu filho. Martín assim como um Falcão não era agressivo, mas não era homem para aceitar um casamento arranjado com uma mulher por quem ele não tivesse interesse, por imposição de um conselho. Se casaria com a mulher que escolhesse. Caso alguém tentasse o obrigar, deixaria seu lado predador agir, e está pessoa com certeza estaria com sérios problemas. Era um homem pacífico, mas que nos momentos certos liberava seu lado predador. _ Casa cheia! Martín apenas fez um gesto positivo com a cabeça. Estava sério o que fez Fabrizio perceber que o amigo estava irritado com algo. Martín estava sentado em um banco alto encostado no balcão, de costas para o bar do cassino, bebendo seu whisky, quando Fabrizio chegou. Fabrizio fez sinal para o barman vim atende-lo. _ Um whisky! Fabrizio esperou ser servido e o barman se retirar para perguntar o que estava acontecendo com o amigo. _ Agora pode dizer o que está acontecendo. Os dois eram amigos de infância, muitas vezes não era preciso uma única palavra para que um soubesse o que o outro estava pensando. _ O conselho está pressionando por um casamento. _ Você é o chefe, mas sabe que não pode fugir de se casar. _ O problema não é casar. Bebeu um pouco do whisky. _ O problema é encontrar a noiva. _ Entendo. Espero que não aconteça com você, o mesmo que aconteceu comigo. Disse Fabrizio triste. Fabrizio é apaixonado por Fiorella, estava pronto para a pedir em casamento, quando ela ficou comprometida com outro homem. _ Sinto muito. Estou de olho em Giancarlo, um passo em falso dele, Fiorella se torna sua esposa. Como tudo estava tranquilo no cassino, decidiram aproveitar o resto da noite na boate de Valentim. Martín era cuidadoso com sua imagem, mas não deixava de aproveitar os prazeres da vida. E nesta noite mais que em qualquer outra, precisava relaxar. No outro dia tinha reunião com o conselho, sabia bem que ficaria estressado com a possibilidade de um casamento arranjado.
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