Capitulo 2

1038 Words
Theo Windsor Hoje é meu primeiro dia na nova escola e não estou ansioso, provavelmente vai ser a mesma coisa das outras escolas em que já estudei. Paro meu Audi na entrada da escola e chamo atenção de muitas garotas e confesso que não esperava ver tantas olhando pra mim já de início, mas é um talento natural dos Windsor. Me dirijo a entrada recebendo olhares maliciosos dos quais já estou acostumado e procuro a diretoria. Depois de andar em voltas, decido parar alguém e perguntar onde fica. — Com licença, eu sou novo e não sei onde fica a diretoria, você poderia me dizer? – Pergunto a uma garota aleatória, ela tem cabelos ruivos tingidos e um corpo voluptuoso, me analisa e abre um belo sorriso. — Claro, eu vou te mostrar onde fica – Pisca para mim e pede que eu a siga, percebo que ela exagera na rebolada de proposito pra chamar minha atenção e funciona muito bem, estou olhando e muito. Depois de muitos corredores e salas, paramos em frente a uma porta que dizia DIRETORIA. — Obrigada... – Dou uma pausa esperando que ela me diga seu nome. — Leticia. – Diz lambendo os lábios e vejo que já marquei pontos na escola nova. — Sou Theo, obrigada pela ajuda, nos vemos por aí. – Digo e ela sai rebolando, acho que vou gostar daqui. Entro na sala do diretor, o mesmo pergunta o que eu desejo e logo lhe respondo. — Sou o aluno transferido de Seattle, vim para pegar meus horários. – Eu lhe explico. — Claro, só um momento. – Diz e vai até sua secretaria. Depois de alguns minutos de espera ele pede que eu o acompanhe até a minha primeira aula, bate na porta e uma professora abre, então ele anuncia — Turma, conheçam Theo Windsor, ele veio transferido de Seattle, espero que o tratem bem. Com licença. – Pede para que eu entre e se retira, entro e analiso a turma e reconheço Leticia. — Olá, é um prazer conhecer todos vocês. – Digo com o meu melhor sorriso e posso jurar que ouvi a professora suspirar. Me dirijo ao único lugar disponível que é na frente de uma garota ruiva bonita, mas ela não parece saber dessa informação já que está soterrada em roupas grandes demais pra ela. A aula transcorre sem grandes eventos e eu presto atenção na aula, só porque sou bonito não quer dizer que eu não seja inteligente. Meu pai sempre me ensinou que beleza não é tudo, apesar de eu achar que ele está errado. Ao fim da aula, as garotas me cercam por todos os lados e fazem perguntas e eu respondo todas, afinal eu sempre adorei essa atenção do público feminino. A garota ruiva é a única que não vem falar comigo e isso me deixa curioso, já que todas sempre me querem. Ela passa direto e vai em direção a saída então obrigo meus pensamentos a deixa-la em paz, afinal é apenas uma desconhecida. Depois que as garotas se dispersaram, fui em direção ao ginásio olhar como é já que eu gosto muito de basquete e jogava na outra escola. Ao chegar lá, vejo que está rolando um treino e os caras são bons, me sento e fico observando- os jogarem até o fim do treino. Enquanto a maioria vai para o vestiário, três caras se aproximam de mim e um deles reconheço da sala de aula, Joshua o seu nome. — E aí, cara. Seja bem-vindo a nossa escola, sou Joshua e esses são Nikolay e Akio. – Se apresentam para mim e eu os cumprimento. — Obrigada, sou Theo. – Cumprimento. — Vai entrar para o time? – Pergunta Joshua. — Vocês estão aceitando? – Pergunto, já que é provável que eu entre e modéstia parte eu sou muito bom no basquete. — Sim, início de aulas estamos sempre aceitando gente nova, você sabe jogar? – Pergunta Akio, ele tem cabelos pretos e olhos azuis. Decido não mostrar todos os meus talentos e fazer mistério. — Sei o básico. – Digo mentindo descaradamente já que na outra escola eu era o capitão. — Vou te ensinar algumas jogadas e depois você me mostra o que sabe. – Diz Nikolay. Ele começa a explicar as jogadas, regras e como fazer as cestas e eu finjo que estou prestando atenção até porque já conheço tudo que ele está falando. Joshua apenas me observa com um ar de quem é muito superior e eu realmente não estou gostando nem um pouco disso. — Agora vamos ver se você presta pra alguma coisa. – disse Joshua presunçosamente e me entregou a bola. Decidi que ia mostrar pra ele como é que joga basquete de verdade. Peguei a bola como se não soubesse, mas a sensação já era muito conhecida por mim e me dei conta que com a mudança não tinha tido tempo pra sentir saudade do basquete. Sai quicando a bola pela quadra e olhei para os três que me observavam e especialmente Joshua que me fitava com ar superior, vi que era hora do show e de mostrar toda a minha confiança. Corri pela quadra e fiquei atrás da linha de três pontos marcando uma cesta impecável, e assim fiz dez cestas. Olhei para eles e vi que o ar superior tinha sido substituído por outro sentimento que não pude identificar. — Você é muito bom. – Elogiou Nikolay e sei que seu elogio é sincero. — Está bom pra você? – Perguntei me dirigindo a Joshua. Não gostei do jeito dele desde o início, não tem modos de um capitão. Nikolay e Akio me trataram bem, decido que não gosto de Joshua e quando eu decido esse tipo de coisa é muito difícil tirar ela da minha cabeça. — Não está r**m. – Diz como se houvesse algo amargo em sua boca, mas ele sabe que eu mandei bem, apenas não reconhece. — Eu era capitão na outra escola, então eu sei que jogo muito bem e não preciso do seu elogio forçado. – Digo indo embora. Não tenho que aguentar esse tipo de coisa, tudo o que você me dá receberá em dobro. Grande primeiro dia.  
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