Capítulo 4

859 Words
Theo Windsor Ao chegar na escola na manhã de sexta-feira, nem faço ideia de tudo que me reserva esse grande dia. Cumprimento algumas pessoas que já fiz amizade e sigo a procura de um lugar no qual eu possa pensar com calma e clareza, hoje a minha irmã Haley se muda para cá e sei que vou ter trabalho pois ela é fogo na roupa. Avisto um banco embaixo de uma arvore, mas infelizmente já está ocupado pela garota ruiva. Essa garota é diferente das outras, consigo sentir e quando vejo já estou indo em direção ao banco. Quando estou perto o suficiente, vejo que ela chorou. — Esse lugar está ocupado? – poderia apenas me sentar, mas prefiro perguntar. — Está, minha alma está aí. – Percebo que está de mau humor, mas não ligo. — Tudo bem, adoro sentar no colo das pessoas. – Digo com meu melhor sorriso e ela me observa. Realmente gosto de sentar no colo de mulheres, mas prefiro mais ainda que elas sentem no meu. – Porque parece que você estava chorando? – Me julgue, sou curioso demais para controlar minha boca grande. — Um cisco caiu no meu olho. – Mente descaradamente. — Conta outra, essa já está muito usada. – Eu digo porque não é a primeira vez que usam essa comigo e ela ri, sua risada é contagiante e eu amei seu sorriso alinhado. Que diabos estou pensando admirando um simples sorriso? — Meu namorado terminou comigo a dois dias atras e hoje eu o vi beijando a menina que me odeia. – Fala com expressão melancólica. — Que barra, justo com a que você odeia? Tem certeza que ele não estava com vocês duas ao mesmo tempo? – Falo brincando, mas parece que ela leva a sério e faz uma cara pensativa. Me estapeio ao perceber que estou piorando as coisas. — Se serve de consolo, você parece uma garota legal e ele é um grande b****a. Se quiser eu posso dar um soco nele por você. – Abro um sorriso e brinco sobre a possibilidade de bater no ex dela, ela parece adorável e não entendo porque alguém a trocaria. Estranho, nunca tive esses pensamentos, devo estar enlouquecendo. — Adoraria, mas você iria se encrencar já que ele é capitão do time de futebol. – Ela se diverte sobre a possibilidade do soco e eu faço cara de nojo ao descobrir que o namorado dela é o Joshua. — Aquele b****a era o seu namorado? Conheci ele ontem e pra mim ele é um lixo, eu nem te conheço, mas sei que você consegue coisa melhor. – Digo com sinceridade sem conseguir esconder minha cara de nojo. – A propósito, sou Theo. – Falo e estendo a mão. — Hannah. – Ela pega minha mão suavemente e aperta. Sinto uma sensação estranha ao apertar sua mão, é algo que eu nunca senti na vida. Alguns instantes depois o sinal toca e ela se despede indo em direção a escola. Fico lá parado tentando entender qual o meu problema hoje, e depois vou em direção a escola. Olho minhas aulas e percebo que hoje antes do intervalo teremos basquete e isso me anima muito. As primeiras aulas passam voando e logo chega a hora do basquete, sei que não estou no time oficialmente, mas hoje vai ter uma partida para ver quem é bom e merecedor de entrar no time. Vou provar que mereço estar tanto quanto os outros jogadores. Entro no vestiário e vou trocar de roupa, vejo de longe Akio e cumprimento-o com um aceno fraco de cabeça, ainda não tenho amigos aqui e espero ser amigo deles pois parecem gente boa. Vou em direção a quadra e vejo que já estão todos reunidos lá, menos Joshua. A cara do treinador entrega seu desapontamento pois o capitão tem que dar o exemplo para os outros jogadores e o exemplo que ele está dando é péssimo. Reparo que Akio está me chamando para onde ele, Nikolay e outros estão então vou até lá. Depois de ser apresentado, o treinador começa a explicar o que é esperado de nós se entrarmos no time, explica as regras e todos prestam atenção. Depois de cinco minutos de atraso, Joshua chega e sem o uniforme. — Está atrasado, Trent. Qual justificativa dessa vez? – Pergunta o treinador e sei que está bravo e com motivos, por causa de seu atraso perdemos dez minutos que já poderíamos estar jogando. — Treinador, eu... – ele começa a se justificar e é interrompido pelo treinador. — Depois você dá suas desculpas, você tem um minuto para vestir seu uniforme e estar aqui. – Ele nem responde, corre para o vestiário e volta segundos depois com a roupa meio torta. — Comecem a jogar e lembrem-se que eu estou avaliando. – Começamos o jogo e tem muitos caras bons entre nós, mas também tem caras que nem sabem o que estão fazendo. É um jogo novatos versus veteranos, apenas para conhecer nossa jogabilidade. Jogo com todo meu empenho, afinal eu adoro jogar basquete e domino o esporte a muitos anos. Se eu não estivesse destinado a assumir o império do meu pai no futuro, com certeza seria jogador profissional. Faço muitas jogadas boas e o treinador me observa a cada minuto enquanto anota em sua prancheta.
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